Ressentimento, onde me levas? (15 de outubro)

Do Ressentimento ao Ódio, do Ódio ao Amor...

Viagens que fazemos mais vezes do que gostaríamos, mas se chegarmos ao Amor, aí valeu a pena. Valeu a pena cada tombo, cada lágrima, cada dor no fígado, cada noite sem dormir...valeu a pena, porque não chega quem não caminha e quando chegarmos ao Amor, ao Amor de que Jesus nos falou, seremos livres, livres do egoísmo e do orgulho. Capazes de ver o outro, no outro e não em nós, capazes de fazer mais e melhor.

Podemos ler no Evangelho Segundo o Espiritismo, cap IX:                                           
            10 – Segundo a ideia muito falsa de que não se pode reformar a própria natureza, o homem se julga dispensado de fazer esforços para se corrigir dos defeitos em que se compraz voluntariamente, ou que para isso exigiriam muita perseverança. É assim, por exemplo, que o homem inclinado à cólera se desculpa quase sempre com o seu temperamento. Em vez de se considerar culpado, atribui a falta ao seu organismo, acusando assim a Deus pelos seus próprios defeitos. É ainda uma consequência do orgulho, que se encontra mesclado a todas as suas imperfeições.
            Não há dúvida que existem temperamentos que se prestam melhor aos atos de violência, como existem músculos mais flexíveis, que melhor se prestam a exercícios físicos. Não penseis, porém, que seja essa a causa fundamental da cólera, e acreditai que um Espírito pacífico, mesmo num corpo bilioso, será sempre pacífico, enquanto um Espírito violento, num corpo linfático, não seria mais dócil. Nesse caso, a violência apenas tomaria outro carácter. Não dispondo de um organismo apropriado à sua manifestação, a cólera seria concentrada, enquanto no caso contrário seria expansiva.
            O corpo não dá impulsos de cólera a quem não os tem, como não dá outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. Sem isso, onde estariam o mérito e a responsabilidade? O homem que é deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nada tem com isso, mas pode modificar o que se relaciona com o Espírito, quando dispõe de uma vontade firme. A experiência não vos prova, espíritas, até onde pode ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que se operam aos vossos olhos? Dizei, pois, que o homem só permanece vicioso porque o quer, mas que aquele que deseja corrigir-se sempre o pode fazer. De outra maneira, a lei do progresso não existiria para o homem.
HAHNEMANN, Paris, 1863

Na próxima terça-feira, 15 de outubro, abordaremos este tema que toca a todos, em tantos momentos da vida.

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