Ressurreição e Reencarnação: Lição da Pascoa (31 de Março)
Segundo a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, não há nenhuma espécie de culto a simbologias ou rituais. No entanto para as sociedades, em grande parte marcadas na história pela vida de Cristo, a maneira de viver a vida é regulado anualmente pelo calendário cristão, que convida a momentos de reflexão e pausa para amar ao próximo, como o Natal e a Páscoa.
No E.S.E. Allan Kardek explica-nos que a reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Porém, como ele próprio nos diz, as idéias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não estavam ainda claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções do que era a alma e da sua ligação com o corpo.

"A idéia de que João Batista era Elias, e de que os profetas podiam reviver na Terra, encontra-se em muitas passagens dos Evangelhos. Se essa crença fosse um erro, Jesus não deixaria de combatê-la, como fez com tantas outras. Longe disso, porém, ele a sancionou com toda a sua autoridade, e a transformou num princípio, fazendo-a condição necessária, quando disse: Ninguém pode ver o Reino dos Céus, se não nascer de novo. E insistiu, acrescentando: Não te maravilhes de eu ter dito que é necessário nascer de novo."(E. S. E. Cap. IV item 6)
"Esta interpretação justifica-se, aliás, por estas outras palavras: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito”. Jesus faz aqui uma distinção positiva entre o Espírito e o corpo. “O que é nascido da carne é carne”, indica claramente que o corpo procede apenas do corpo, e que o Espírito é independente dele." (E. S. E. Cap. IV item 8)
A Doutrina Espirita ajuda-nos a compreender a Reencarnação e a impossibilidade, à luz da razão e das leis da natureza, da ressurreição.
A Páscoa para os espíritas realiza-se na transformação e melhoria de cada um, pois simboliza o derradeiro ensinamento de Jesus...a vida continua além do corpo físico. Daí a importância da reforma intima e evolução espiritual na transformação das relações humanas, levando-nos a atingir a verdadeira felicidade, através da Lei Divina da Evolução, à qual todos estamos fadados a seguir.
Os símbolos do coelho, dos ovinhos de Páscoa, o vinho, o peixe, são, à luz da Doutrina, apenas formas concretas e materializadas encontradas pelo homem para representar o seu desejo
de vida, de renovação, de resignação e fé em Deus, nosso pai, e Cristo, nosso irmão, modelo e mestre.
Aproveitemos esta Páscoa não só para conviver, mas para refletir e se possível mudar...
Saudações Fraternas
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