Importância da paciência e do perdão para a saúde da alma (23 de junho)
"O que é saúde e o que é doença à
luz da doutrina espírita?
Doença e saúde referem-se ao estado em que se
encontram as pessoas e não ao estado de órgãos ou partes do corpo. O corpo
físico nunca está só doente ou só saudável, já que nele se expressam realmente
as informações da consciência. O corpo
de um ser humano vivo deve seu funcionamento ao espírito que o habita.
Quando as várias funções corporais se
desenvolvem em conjunto dentro de uma harmonia, ele se encontra num estado que
denominamos de saúde. Se uma função
falha, ela compromete a harmonia do todo e então falamos que ele se encontra em
um estado de doença. A doença é a perda relativa da harmonia. Esta
perturbação da harmonia acontece em nível de consciência, que é a parte
espiritual do ser, enquanto o corpo é a forma de apresentação desta desarmonia.
O nosso “não consciente” envia mensagens ao nosso “consciente”, sob a forma de
tensões ou sofrimentos físicos e emocionais. Procurando “silenciar” esta
tentativa de comunicação, utilizamos medicamentos para acabar com os sintomas,
sem perceber o que gerou os mesmos. Para se dar conta de onde está situada a causa
inicial, médicos e pacientes precisam aprender não apenas a perceber o que é
visível na luz, mas também identificar o que está escondido na sombra.ARTIGOS -
(A MEDICINA E O ESPIRITISMO - Dr. José Carlos Pereira Jotz)
"A dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos. Não vos
aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus todo
poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu.
Sede paciente, pois a paciência é também
caridade, e deveis praticar a lei de caridade, ensinada pelo Cristo, enviado de
Deus. A caridade que consiste em dar esmolas aos pobres é a mais fácil de
todas. Mas há uma bem mais penosa, e consequentemente bem mais meritória, que é
a de perdoar os que Deus colocou em nosso caminho para serem os instrumentos de
nossos sofrimentos e submeterem à prova a nossa paciência.(...)
Coragem, amigos: o Cristo é o vosso modelo. Sofreu mais que qualquer um
de vós, e nada tinham de que se acusar, enquanto tendes a expiar o vosso
passado e de fortalecer-vos para o futuro. Sede, pois, paciente, sede cristãos:
esta palavra resume tudo."(E.S.E. Cap. XI, 7)
"Quando perdoardes os vossos irmãos, não vos contenteis com
estender o véu do esquecimento sobre as suas faltas. Esse véu é quase sempre
muito transparente aos vossos olhos. Acrescentai o amor ao vosso perdão,
fazendo por ele o que pedis a vosso Pai Celeste que faça por vós. Substituí a
cólera que mancha, pelo amor que purifica. Pregai pelo exemplo essa caridade
ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou. Pregai-a como ele mesmo o fez por
todo o tempo em que viveu na Terra, visível para os olhos do corpo, e como
ainda prega, sem cessar, depois que se fez visível apenas para os olhos do
espírito. Segui esse divino modelo, marchai sobre as suas pegadas: elas vos
conduzirão ao refúgio onde encontrareis o descanso após a luta. Como ele, tomai
a vossa cruz e subi penosamente, mas corajosamente, o vosso calvário: no seu
cume está a glorificação."(E. S. E. Cap. X, 17).
"PARA VIVER MELHOR
A importância do perdão, de modo geral,
ainda não foi claramente compreendida pelos companheiros domiciliados no Plano
Físico. O espírito, em estágio na Terra,
é um inquilino do corpo em que reside transitoriamente. Imaginemos o usufrutuário da moradia a
martelar estruturas da sua própria casa, em momentos de revolta e azedume.
Quanto mais repetidos os acessos de
amargura e ressentimento, mais ampla a depredação em prejuízo próprio. Esse é o quadro exato da criatura, habituada
às reações negativas, nos instantes de prova ou desagrado.
Daí nascem muitas das moléstias
obscuras, diagnosticáveis ou não, agravando as condições do veículo físico, já
de si mesmo frágil e vulnerável, embora maravilhosamente constituído. Se tens mágoa contra alguém, observa que
esse alguém não terá agido com os teus conceitos e pensamentos.
O amor nos vinculará sempre a
determinado grupo de pessoas, entretanto, em nosso próprio benefício, são
alavancas de sustentação da nossa paz íntima.
Desculpar faltas e agravos será
libertar-nos de choques e golpes que vibraríamos sobre nós mesmos, criando em
nós e para nós, delapidações e doenças de resultados imprevisíveis.
Ensinou-nos o Cristo: - "Perdoa não
sete vezes, mas setenta vezes sete vezes".
Isso, na essência, quer dizer que não
somente nos cabe esquecer as ofensas recebidas em proveito próprio, mas também
significa que seria ilógico disputar atenção e carinho daqueles que porventura
nos agridam, já compromissados, por eles mesmos, nas equações infelizes das
atitudes a que se afeiçoem.

(Do livro "Amigo", pelo
Espírito Emmanuel, Francisco C. Xavier)
Amemos, sem exigir que nos
amem, sob pena de cairmos frequentemente em desequilíbrio e abatimento.
Doemos alma e coração aos seres
queridos, sem escravizá-los a nós e sem nos escravizarmos a eles.
Por muito se nos enlacem no mundo
físico, sob as teias da consanguinidade, saibamos deixá-los libertos de nós, a
fim de serem o que desejam, na certeza de que a escola da experiência não
funciona inutilmente.
A criança é responsabilidade nossa e
responderemos, ante as leis da vida, pela proteção ou pelo abandono que
estejamos devotando aos pequeninos confiados à nossa tutela temporária.
Os adultos, porém, são donos dos
próprios atos e, não será justo chamar a nós, a consequências da empresas a que
se adaptem ou dos caminhos que escolham, tanto quanto não seria razoável,
atribuir a eles os resultados de nossas próprias ações.
Perdão e tolerância
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