Até que algo nos separe... (11 de outubro)
Indissolubilidade do casamento
Na jornada evolutiva unimo-nos em laços de afeição que tem a força e a durabilidade resultantes da evolução feita por cada um de nós.
O Espiritismo convida ao autodescobrimento, ao autoamor, como condição primordial para que possamos amar respeitar e auxiliar os demais.
Na grande escola de crescimento interior que é a família, aprendemos a exercitar as mais nobres virtudes, paciência, humildade, tolerância, etc...
Tudo constitui para nós verdadeira oportunidade de crescimento, dos relacionamentos tranquilos aos conflituosos, todos se mostram na medida das necessidades da nossa alma, como valiosas oportunidades de aperfeiçoamento.
E quando pensamos em atribuir responsabilidades e culpas aos demais...paremos e analisemos o nosso procedimento, o nosso pensamento, as nossas palavras, pois é por eles que somos responsáveis.
Cultivar o Amor, a Harmonia e a Concórdia parte de cada um de nós e alimenta o nosso coração, mas o casamento é uma experiência conjunta que exige equilíbrio e cedência de ambas as partes para que resulte em harmonia.
Podemos encontrar na codificação as seguintes orientações:
Livro dos Espíritos, Lei de reprodução, Cap. IV, item IV – Casamento e
Celibato
Q. 695. O casamento, ou seja, a união permanente
de dois seres é contrária à lei da Natureza?
— É um progresso na marcha da Humanidade.
696. Qual seria o efeito da abolição do casamento sobre a sociedade
humana?
— O retorno à vida dos animais.

697. A indissolubilidade absoluta do casamento pertence à lei natural ou
apenas à lei humana?
— E uma lei humana muito contrária à lei natural. Mas os homens podem
modificar as suas leis; somente as naturais são imutáveis.
"Mas, na união conjugal, ao lado da lei divina material, comum
a todos os seres vivos, existe outra lei divina, imutável como todas as leis de
Deus, e exclusivamente moral, que é a lei do amor. Deus quis que os seres se
unissem, não somente pelos laços carnais, mas também pelos da alma, a fim de
que a mútua afeição dos esposos se estenda aos filhos, e para que sejam dois,
em vez de um, a amá-los, tratá-los e fazê-los progredir. Nas condições
ordinárias do casamento, é levada em conta a lei do amor? Absolutamente! Não se
consulta o sentimento mútuo de dois seres, que se atraem reciprocamente, pois
na maioria das vezes, esse sentimento é rompido. O que se procura não é a
satisfação do coração, mas a do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra:
todos os interesses materiais. Quando tudo corre bem, segundo esses interesses,
diz-se que o casamento é conveniente, e quando as bolsas estão bem
equilibradas, diz-se que os esposos estão igualmente harmonizados e devem ser
muito felizes.
Mas nem a lei civil, nem os compromissos que ela determina, podem suprir
a lei do amor, se esta não presidir à união. Disso resulta frequentemente, que
aquilo que se uniu à força, por si mesmo se separa, e que o juramento
pronunciado ao pé do altar se torna um prejuízo, se foi dito como simples
fórmula. São assim as uniões infelizes, que se tornam criminosas. Dupla
desgraça, que se evitaria se, nas condições do matrimónio, não se esquecesse à
única lei que o sanciona aos olhos de Deus: a lei do amor. Quando Deus disse:
“Serão dois numa só carne”, e quando Jesus advertiu: “Não separe o homem o que
Deus juntou”, isso deve ser entendido segundo a lei imutável de Deus, e não
segundo a lei instável dos homens."(E. S. E., Cap. XXII, item 3)
"Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."
(
Soneto de Felicidade de Vinicius de Moraes)
...TAIS SÃO AS NOSSAS PAIXÕES E NÃO O VERDADEIRO AMOR!!!
...TAIS SÃO AS NOSSAS PAIXÕES E NÃO O VERDADEIRO AMOR!!!
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