Eutanásia (22 de maio)
"É permitido abreviar a vida de um doente que sofre sem esperança de cura?
- Quem vos daria o direito de julgar antecipadamente os desígnios de Deus?
(...)
Amenizai os últimos sofrimentos o quanto puderes, mas livrai-vos de abreviar a vida, nem que seja por um minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro."
ESE, cap V-item 28
O termo Eutanásia é de origem grega e significa "boa morte" (eu=boa e thanatos=morte). Em medicina, quer dizer abreviar a vida dos pacientes terminais ou incuráveis, que estão em grande sofrimento. Neste sentido considera-se eutanásia tanto o uso da medicação que provoque a morte, como o desligar do aparelho que mantenha o doente vivo.
Classificam este ato como "morte assistida", o que podia ser chamado mais propriamente de "suicídio assistido", pois a vida é um dom de Deus e só a Ele cabe extingui-la, mediante as suas leis sábias e justas.
Este tema é abordado no Livro dos Espíritos, pergunta 953, onde Kardec interroga:
- Quando uma pessoa vê à sua frente o fim inevitável e horrível, será culpada se abreviar por alguns instantes os seus sofrimentos, apressando voluntariamente a sua morte?
R: Quem não espera pelo termo que Deus marcou para a sua existência, é sempre culpado. E quem poderá ter a certeza de que, apesar das aparências, o termo tenha chegado? De que não chegue no último instante um socorro inesperado?
953a) - Em circunstâncias normais, concebe-se que o suicídio seja condenável; mas estamos a falar dos casos em que a morte é inevitável e em que a vida só é encurtada por alguns instantes.
R: É sempre uma falta de resignação e de submissão à vontade do Criador.
O laço cortado antes do tempo, prolonga a ligação do espírito ao corpo, ao passo que na morte natural, tal laço vai-se enfraquecendo gradualmente, ajudando à separação do corpo físico.
"(...)ninguém corte onde pode desatar..."
(instrutor Jerónimo, narrado por André Luiz, no caso de Cavalcante)
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