Amar o próximo como a si mesmo... (18 de junho)
O Cristianismo,
fundamentado no conceito sublime do "amar ao próximo como a si
mesmo", abriu as primeiras portas da compaixão e da misericórdia aos
portadores de lepra, nos dias difíceis dos séculos passados. Proliferaram,
assim, os lazaretos, onde cada recém-chegado era considerado como "se
fosse o próprio Cristo que ali se hospedava", passando a receber a
caridade da assistência e o socorro do amor fraterno. Muito deve a Humanidade a
esses primeiros hospitais, se levarmos em consideração a época de ignorância e
promiscuidade, de imundície e indiferença humana, em que se multiplicaram.
Se o passado é nossa
sombra de dor, o futuro significa a nossa primavera de bênçãos, conforme o
presente ao nosso alcance. As trevas cedem ante a luz, e o sofrimento
desaparece em face à alegria da esperança e ao consolo da consciência em tranquilidade.
Ninguém paga além do débito a que se vincula. O amor, porém, é o permanente
haver, em clima de compensação de todas as desgraças quer por acaso hajamos
semeado, recompensando-nos o espírito pelo que fizermos em nome do bem e
realizarmos em prol de nós mesmos.
Não receies, nem temas,
nunca! O pântano desprezível é
desafio ao nosso esforço para mudar-lhe o aspecto, e a aridez do deserto é
incitação à nossa capacidade de transformá-la em jardim de esperanças e em
pomar de bênçãos...Imprescindível começar agora a nossa obra de aprimoramento
interior, enquanto surge a oportunidade favorável. Amanhã, talvez seja tarde
demais, e o minuto valioso já se terá esvaído na ampulheta do tempo. Cada
coração é nosso momento de produzir. Cada sofrimento é a nossa quota de
reparação. O adversário significa o solo a trabalhar, esperando por nós,
enquanto o amigo é dádiva de que nos devemos utilizar com respeito e elevação."
(Victor
Hugo, por meio de psicografia de Divaldo Franco; em "Sublime
Expiação", livro editado pela Feb).
Em verdade, porém, nascemos para amar e sermos
amados, como nos diz Emmanuel, e essa inclinação natural nos faz buscar a
aceitação e o afeto do outro, nos diversos grupos sociais onde transitamos.
Cuidemos por isso, da nossa alma, de fazer a nossa reforma intima, pois ensina-nos o mestre Jesus, "AMA MUITO PARA QUE POSSAS SER AMADO".
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