Provas de Riqueza e de Miséria (13 de agosto)
814. Por
que Deus concedeu a uns a riqueza e o poder e a outros, a miséria?
— Para
provar a cada um de uma maneira diferente. Aliás, vós o sabeis essas
provas são escolhidas pelos próprios Espíritos, que muitas vezes sucumbem ao
realizá-las.
815. Qual
dessas duas provas é a mais perigosa para o homem: a da desgraça ou a da
riqueza?
— Tanto
uma como a outra. A miséria provoca a lamentação contra
a Providência; a riqueza leva a todos os excessos.
816. Se o rico sofre mais tentações, não dispõe também de mais meios para fazer o bem?
— E justamente o que nem sempre faz; torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável; suas necessidades aumentam com a fortuna e julga não ter o bastante para si mesmo.
Comentário de Kardec: A posição elevada no mundo e a autoridade sobre os semelhantes são provas tão grandes e arriscadas quanto a miséria; porque, quanto mais o homem for rico e poderoso, mais obrigações tem a cumprir, maiores são os meios de que dispõe para fazer o bem e o mal. Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo uso que faz de seus bens e do seu poder.
A riqueza e o poder despertam todas as paixões que nos prendem à matéria e nos distanciam da perfeição espiritual. Foi por isso que Jesus disse: — “Em verdade, vos digo: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”.
Ao estudarmos o Cap.XVI do Evangelho Segundo o Espiritismo, podemos concluir que:
A riqueza e a miséria não são prémios nem castigos de Deus; são situações transitórias que o homem experimenta, no processo de evolução espiritual. Longe de ser um mal, a riqueza é fator de progresso material do planeta e de bem para a humanidade.
"Se a riqueza é a causa de muitos males(...), não é a ela que devemos culpar, mas ao homem que dela abusa."ESE, Cap.XVI-item7
Por
que todos os homens não são igualmente ricos?
É que os homens não são igualmente
inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem
sóbrios e previdentes para conservar. (ESE, Cap.XVI-item8)
Constatamos ainda ao estudar este capitulo, que a miséria de hoje é fruto do uso indevido das riquezas de ontem,porém isso não deve ser motivo para diminuir o nosso empenho na minoração das agruras dos menos afortunados.
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