Espiritismo e Ciência (25 de novembro)

No percurso evolutivo do Homem, diferentes foram os lugares ocupados pela religião e pela ciência no coração dos homens.
A cada nova época a humanidade faz novas descobertas criando em si melhores condições para a compreensão e progresso, desta forma, hoje, vemos uma ciência que se abre às questões da alma e não apenas ao corpo.

O Espiritismo e a Ciência se completam, os princípios do mundo espiritual e as leis do mundo material são faces de um evento comum. A Ciência necessita do Espiritismo, tanto quanto o Espiritismo precisa da Ciência; isolados, não chegarão a um saldo final e submergirão no labirinto de suposições arriscadas. A neurociência é essencialmente mecanicista, e logicamente, nesse caso, há uma diferença basilar entre uma ciência materialista e a ciência espírita, pois, enquanto a primeira faz do cérebro o excretor da habilidade e inteligência, a segunda faz do encéfalo apenas um instrumento do espírito, que é o ente inteligente individualizado.

As Ciências Naturais, com o passar do tempo, deixaram de ser dogmáticas para serem teóricas experimentais. Elas tornam-se positivas, ou seja, baseiam-se em fatos. Uma determinada teoria só existirá como lei se comprovada pelos fatos. O Espiritismo não foge a essa regra e age da mesma sorte. Assim:


Ciência Natural: o conhecimento é fundamentado na observação e experiência. Formulam-se HIPÓTESES baseadas na percepção sensorial. Sobre as hipóteses estabelecem-se, dedutivamente CONSEQUÊNCIAS. As conseqncias serão aceitas como verdadeiras, se confirmadas pela observação e experiência pela percepção sensorial.

Ciência Espírita: o conhecimento é fundamentado na observação e expêrincia mediúnicas. Formulam-se HIPÓTESES baseadas na mediunidade. Sobre as hipóteses estabelecem-se, dedutivamente CONSEQUÊNCIAS. As consequências serão aceitas como verdadeiras, se confirmadas pela observação e experiência mediúnicas pela mediunidade.

O procedimento é idêntico. A diferença consiste na natureza das percepções consideradas. Desde que fique certificado que as percepções sensoriais e as percepções mediúnicas têm a mesma validade, o conhecimento é igualmente válido.

A ciência aumentou sobremaneira a capacidade de instrumentalização do homem. Desenvolvendo tecnologias avançadas, liberou a mão de obra para atuar na área de serviços e pesquisas científicas. À medida que a ciência avança, o indivíduo fica com mais tempo livre. Os princípios espíritas auxiliam não só a dar uma direção ao tempo livre do homem como também na criação e na utilização da nova tecnologia. Sem uma clara distinção entre o bem e o mal, podemos enveredar todo o nosso progresso científico para a destruição do nosso planeta.


O Espiritismo surgiu no momento oportuno, quando as ciências já tinham desenvolvido o método teórico-experimental, facilitando a sua aceitação com mais naturalidade. Sabe-se que cada um deve progredir por si mesmo, descobrindo as suas próprias verdades. Porém, a presença de um professor diminui o tempo que levaríamos, caso quiséssemos descobrir tudo por nós mesmos. O Espiritismo é esse professor que nos estimula o pensamento na procura da verdade e na prática da caridade como meio de salvação de nossas almas.

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