Voluntariado, trabalho na Caridade (9 de dezembro)

"...que a vossa mão esquerda não veja o que dá a mão direita..."
                                                                                 Mateus, VI:1 a 4 
Nesta época de proximidade com o Natal, ao falarmos de Caridade, de dar, de nos darmos ao próximo, falamos de Voluntariado.
O Voluntariado necessita hoje de disciplinar a sua acção.
Os últimos anos têm sido caracterizados pelo crescimento ao nível da solidariedade mundial e no envolvimento de pessoas em acções de promoção do bem-estar comum ou público - as acções voluntárias.
Na concepção tradicional do voluntariado, esta actividade era normalmente associada à caridade, ao altruísmo e à boa vontade, à religião, encontrando-se quase sempre desligada de comprovação ao nível da eficácia da sua acção.
A natureza do voluntariado sofre alterações, surgindo novas necessidades sociais, justificando-se a qualificação do voluntariado. Podemos assim afirmar que o voluntário, como factor social e agente de transformação, é aquele que presta uma actividade pessoal, caracterizada pela gratuitidade e pelas suas próprias motivações, ao serviço de outrem ou do bem comum. Atendendo tanto ás necessidades do próximo como aos imperativos de uma causa.

Quando analisamos o trabalho do ponto de vista interior, percebemos que ele é individual e que depende, única e exclusivamente, de cada um de nós. Este trabalho consiste, basicamente, em nos conhecermos melhor através de uma análise sincera e corajosa das virtudes e dos vícios que ainda carregamos. Detectando nossos pontos positivos e negativos fica mais fácil trabalharmos a nossa individualidade. No que tange às conquistas que já efetuamos é necessário darmos mais vazão a elas, potencializando-as ao máximo em nossa vida. Já com relação aos valores que ainda não adquirimos, é imprescindível que comecemos um trabalho prático no nosso quotidiano com o objetivo de exercitarmos as virtudes que Jesus e os Espíritos Superiores tanto nos ensinam: caridade, fraternidade, humildade, tolerância, abnegação e tantas outras que conhecemos de cor, mas que ainda não vivemos integralmente.

Na outra vertente do trabalho, podemos vê-lo como um importante instrumento de progresso da humanidade em todas as suas esferas. Analisando a história das civilizações percebemos claramente que o homem é um ser que foi feito para viver em sociedade e, consequentemente, trabalhar em equipa. Neste aspecto o homem que trabalha sozinho, seja por opção ou por certas circunstâncias, tem mais oportunidade de ver as suas iniciativas fracassarem, embora existam exceções.

Atualmente a maioria das pessoas procura um objetivo e um sentido para a vida, mas dificilmente encontram e acabam por desperdiçar potencial e oportunidades. O Espiritismo oferece duas vantagens àqueles que estão nesta procura:
Primeiro: trata-se de uma doutrina que esclarece, instruí e consola, fornecendo as respostas para as questões mais instigantes da humanidade.
Segundo: propicia aos interessados a tarefa espírita com base no voluntariado. A pessoa que abraça uma tarefa espírita descobre, com o tempo, que dedicar parte de sua vida à causa de servir ao próximo é mais do que uma simples obrigação, é realização pessoal.

É imperioso que nas nossas ações sociais, na nossa vontade de prestar auxilio, não nos esqueçamos do verdadeiro sentido da palavra Caridade...

Qual é o verdadeiro sentido da palavra Caridade, como a entende Jesus?
Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas.
                                                                                                                     (Livro dos Espíritos qt. 886)
Sejamos também caridosos connosco!!!


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