Voluntariado - Ações que mudam o Mundo (1 de dezembro)
Ter fé em Deus e em Jesus não é,
somente, conhecer os seus ensinamentos, acima de tudo é vivencia-los, praticá-los.
Demonstração de Fé é dar a Deus o que é
de Deus, é edificar o amor no coração, é expandir esse amor para as criaturas,
é doar-se com alegria e dedicação para que a dor e o sofrimento sejam afastados
do nosso meio. Só isso bastaria para realizarmos o nosso trabalho com alegria,
sem falar da imensa felicidade de podermos contar com o amparo dos benfeitores
espirituais que impulsionam todos os trabalhos no bem.
"Tendes razão, entretanto, ao
afirmar que a felicidade está reservada ao homem neste mundo, se a procurardes
antes na prática do bem do que nos prazeres materiais. A história da
cristandade nos fala dos mártires que caminhavam com alegria para o suplício.
Hoje, na vossa sociedade, para se ser cristão já não se precisa enfrentar a
fogueira dos mártires, nem o sacrifício da vida, mas única e simplesmente o
sacrifício do egoísmo, do orgulho e da vaidade. Triunfareis, se a caridade vos
inspirar e fordes sustentados pela fé."(E. S. E. Cap. XI item 13)
Doarmo-nos ao próximo é fulcral no
processo evolutivo, já que nos ajuda a vencer o orgulho e o egoísmo.
Ressaltou Jesus sobre o grande
mandamento: “Amar ao próximo como a si mesmo” e Adverte-nos a Doutrina Espírita:
“Fora da caridade não há salvação”.
"Mas
essa caridade austera, que só pode ser exercida pela abnegação, pelo sacrifício
constante de todo o interesse egoísta, nada a não ser a fé poderá inspirá-la, porque
nada além dela nos faz carregar com coragem e perseverança a cruz desta vida."(E.
S. E. Cap. XI item 13)
O Espiritismo também nos ajuda a
compreender que é possível a todos praticar boas ações, ou seja, exercitar a
caridade.
Q. n°643 - " Há pessoas que, por sua
posição, não tenham possibilidade de fazer o bem?"
“Não há quem não possa fazer o Bem.
Somente o egoísta nunca encontra ensejo de o praticar. Basta que se esteja em
relações com outros homens para que se tenha ocasião de fazer o Bem, e não há
dia da existência que não ofereça, a quem não se ache cego pelo egoísmo,
oportunidade de praticá-lo. Porque, fazer o Bem não consiste, para o homem,
apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes
que o seu concurso venha a ser necessário”.(Livro Dos Espíritos)
É fundamental que desenvolvamos uma
postura amorosa. O amor é gerado pelo dever consciencial, que é o resultado do
esforço de desenvolvimento do amor incondicional, gerador da compaixão e da
solidariedade. Esse movimento que nos leva a auxiliar as pessoas dentro da
realidade delas momentaneamente.
A prática do amor, da caridade, da
misericórdia e de outras virtudes é independente da condição social, de etnia, de
sexo, etc, basta que sejam virtudes do coração. O trabalho voluntário realizado
de forma consciente gera prazer de servir, de ser útil à comunidade, e deve ser
feito espontaneamente e com amor, devido à autoconsciência do nosso dever
social, dando o sentido a nossa vida de sermos úteis a nós mesmo.
Quando o Tédio Apareça
“Quando o desalento te ameace o caminho,
pensa nos outros, naqueles que não dispõem de tempo para qualquer entrevista
com o tédio.
Se te acreditar amargurando lições
demasiado severas no educandário da vida, frequenta, de quando em quando, a
escola das grandes provações, onde os aprendizes se acomodam na carteira das
lágrimas.
Muitos jazem na rua, estendendo mãos
fatigadas aos que passam com pressa...
Em maioria, são doentes que a onda
renovadora do grupo social atirou à praia da assistência pública ou mães
aflitas a quem as exigências de filhos pequeninos ainda não permitem a
liberalidade de uma profissão...
Provavelmente, alguém dirá que entre
eles se encontram oportunistas e malfeitores que se fantasiam de enfermos para
te assaltarem a bolsa em nome da piedade.
Compreendemos semelhante alegação e
justificamo-la, porque o mal existe sempre onde lhe queiramos destacar a
presença e, conquanto te roguemos o benefício da prece, em favor dos que agem
assim, mais por ignorância que por maldade, apelamos para que consultes ainda
aquelas outras salas de aula que se enfileiram no recinto dos hospitais e nos
albergues esquecidos.
Acompanha os estudos daqueles cujo corpo
se carrega de feridas dolorosas para agradeceres a pele sadia que te veste a
figura ou segue a cartilha de agoniadas emoções dos que se recolhem nos
manicómios, sorvendo angústia e desespero nos resvaladouros da loucura ou da
obsessão, a fim de valorizares o cérebro tranquilo que te coroa a existência...
Visita os asilos que resguardam a sucata
do sofrimento humano e observa as disciplinas dos que foram entregues às
meditações da penúria, para quem um simples sanduíche é um brinde raro e
partilha os exercícios de saudade e de dor dos que foram abandonados pelos
entes que mais amam, a fim de abençoares o pão de tua casa e os afetos que te
enriquecem os dias.
Quando o tédio te procure, vai à escola
da caridade... Ela te acordará para as alegrias puras do bem e te fará luz no
coração, livrando-te das trevas que costumam descer sobre as horas vazias."
(Emmanuel/Chico Xavier, do livro "Coragem")
Contudo, meditemos:
Voluntariado nem sempre é Caridade, mas a Caridade, essa, é sempre voluntária...
Quais as diferenças? O que precisamos mudar?
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