Morro de Medo de Morrer (31 de outubro)

Morro de Medo de Morrer...

Por que é que a morte sendo um fenómeno natural ainda é considerada sinistra e tão misteriosa?
Por que é tão incompreendida e provoca tanto sofrimento, sobretudo, quando surpreende os nossos seres amados?

São algumas das questões que nos visitam. Ainda que procuremos afastá-las, como se ignorando o fim da Vida terrena ele não acontecesse.

A presença da morte, natural no Ciclo da Vida, torna-se pouco natural quando bate à nossa porta ou à porta daqueles que amamos.

Felizmente Kardec matou a morte, mostrando que a morte de natureza humana é a libertação do ser Espiritual. O Espiritismo, considerado o Consolador prometido, tem neste aspeto um papel fundamental no esclarecimento e pacificação dos nossos corações, quando nos ajuda a compreender que a morte não é o fim, mas uma transição, que ninguém perde aqueles que ama, pois os laços que nos unem duram para sempre e o reencontro será uma certeza.

Na Codificação podemos encontrar, no Livro dos Espíritos, Evangelho segundo o Espiritismo, Céu e Inferno,..., maravilhosos e completos esclarecimentos acerca deste tema que nos toca a todos.

Aqui fica algo verdadeiramente consolador:

Os Laços de Família são Fortalecidos pela Reencarnação e Rompidos pela Unicidade da Existência
18 – Os laços de família não são destruídos pela reencarnação, como pensam certas pessoas. Pelo contrário, são fortalecidos e reapertados. O princípio oposto é que os destrói.
Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias, unidos pela afeição, pela simpatia e a semelhança de inclinações. Esses Espíritos, felizes de estarem juntos, procuram-se. A encarnação só os separa momentaneamente, pois que, uma vez retornando a erraticidade, eles se reencontram, como amigos na volta de uma viagem. Muitas vezes eles seguem juntos na encarnação, reunindo-se numa mesma família ou num mesmo círculo, e trabalham juntos para o seu progresso comum. Se uns estão encarnados e outros não, continuarão unidos pelo pensamento. Os que estão livres velam pelos que estão cativos, os mais adiantados procurando fazer progredir os retardatários. Após cada existência terão dado mais um passo na senda da perfeição.
Cada vez menos apegados à matéria, seu afeto é mais vivo, por isso mesmo que mais purificado, não perturbado pelo egoísmo nem obscurecido pelas paixões. Assim, eles poderiam percorrer um número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum acidente perturbe sua afeição comum.
Estenda-se bem que se trata aqui da verdadeira afeição espiritual, de alma para alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, pois os seres que se unem na Terra apenas pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se preocuparem no mundo dos Espíritos. Só são duráveis as afeições espirituais. As afeições carnais extinguem-se com a causa que as provocou; ora, essa causa deixa de existir no mundo dos Espíritos, enquanto a alma sempre existe. Quanto às pessoas que se unem somente por interesse, nada são realmente uma para outra: a morte as separa na Terra e no Céu.
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.IV - item18
O que verdadeiramente importa não é a quantidade de tempo que vivemos mas a qualidade, desta forma podemos ainda encontrar no Evangelho:
"Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana; e eis que, de além túmulo, que acreditáveis vazios, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os vencedores da impiedade!"
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.VI - item5



Lembremos sempre aqueles que amamos independentemente de se encontrarem ou não na Terra. O amor, o carinho, a gratidão não dependem de um corpo mas de um sentimento verdadeiro.

Uma prece sentida, envolta em amor leva conforto e auxilio aqueles que nos são queridos e que neste momento se encontram do outro lado da Vida.

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