Adoção à luz do Espiritismo (28 de novembro)

 "Não é  o  sangue que  nos  irmana, mas  o  Espírito. Os  laços  consanguíneos são  ilusórios  e efémeros.  Kardec  explica no  item  8 do  capítulo  XIV de  O  Evangelho Segundo  o  Espiritismo: “O  corpo procede  do  corpo, mas  o  Espírito não  procede  do Espírito,  pois  já existia  antes  da formação do  corpo.  Os pais  não  geram o  Espírito  do filho.  Fornecem-lhe  apenas o  envoltório  corporal, mas  devem  ajudar o  seu  desenvolvimento  intelectual e  moral,  para fazê-lo progredir”.  Filhos  de outros  pais,  procedentes de  outro  sangue, podem  ser  muito mais  ligados  aos pais  adotivos  que os  filhos  consanguíneos. Essa  é  uma  das razões  por  que os  pais  adotivos geralmente  não  querem revelar  a  verdade aos filhos  que  adotaram. O  amor  paterno e  materno  ressurge ante  o  filho que  volta  ao  seu convívio.  Mas  Emmanuel revela  um  dos aspectos  da  lei da  reencarnação  que exige  atenção e  respeito. Os  filhos  que voltam  ao  lar por  vias  indiretas são  Espíritos  em prova  e,  portanto, em fase  de  correção moral.  Precisam  conhecer a  sua  verdadeira situação  para  que a  medida  corretiva atinja  a  sua eficiência.  E  se quisermos  burlar  a lei  só  poderemos acarretar-lhes maiores sofrimentos. São  muitos  os dramas  e  muitas as  tragédias  ocasionadas pela  imprudência  dos pais  que mentiram  piedosamente aos  filhos  adotivos. Quando  a  verdade os  surpreende,  o choque emocional  pode  transtorná-los,  fazendo-os perder  a  oportunidade de  aprendizado  que muitas  vezes  solicitaram com  ardor  na vida  espiritual.  Esta é  uma  razão nova  que  o Espiritismo apresenta  aos  pais adotivos,  quase  sempre apegados  apenas  às razões  mundanas. Aprendendo  desde cedo  a  se acomodar  à  situação de  prova  em  que  se encontra,  o  filho adotivo  resigna-se  a ela  e  aproveita a  lição  de reajustamento  afetivo.  Amanhã voltará  de  novo como filho  legítimo,  mas já  em  condições de  compreender  os deveres  da  filiação. A  vida  aplica sempre  com  precisão os  seus  meios corretivos,  mas  nós nem  sempre  a ajudamos,  esquecidos  de que  os  desígnios de  Deus  têm razões  profundas  que nos  escapam  à compreensão.  Se  Deus nos  envia  um filho  por  via indireta,  devemos  recebê-la como  veio  e  não  como desejaríamos  que viesse."  Irmão  Saulo,  A ILUSÃO DO SANGUE, do livro "Astronautas do Além" de Chico Xavier

"Nossos filhos não são nossos filhos, são antes, irmãos. Os corpos que têm são filhos dos nossos corpos, nada mais. Os chamados filhos adotivos são os filhos do coração, estão unidos à nos por indestrutíveis laços espirituais. Somos todos filhos uns dos outros."  Lições de
sabedoria - Marlene Nobre - FE

"Para  isso, recorda  que,  em última  instância,  seja qual  seja  a nossa  posição  nas equipes familiares  da  Terra, somos,  acima  de tudo,  filhos  de  Deus."
Do livro "Astronautas do Além" de Chico Xavier

"Meus irmãos, amai os órfãos! Se soubésseis quanto é triste estar só e abandonado, sobretudo quando criança! Deus permite que existam órfãos, para nos animar a lhes servirmos de pais. Que divina caridade, a de ajudar uma pobre criaturinha abandonada, livrá-la da fome e do frio, orientar sua alma, para que ela não se perca no vicio! Quem estende a mão a uma criança abandonada é agradável a Deus, porque demonstra compreender e praticar a sua lei. Lembrai-vos também de que, frequentemente, a criança que agora socorreis vos foi cara numa encarnação anterior, e se o pudésseis recordar, o que fazeis já não seria caridade, mas o cumprimento de um dever. Assim, portanto, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade."E. S. E. Cap. XIII, item 18

Recomendação do Mestre Jesus: "Amai muito para que possais ser amados."

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