Violência Doméstica (19 de maio)



Este momento de pandemia e de confinamentos trouxe ao de cima o que há de melhor e pior no ser humano, imagens que nos comovem, outras que nos chocam. Vivemos hoje uma oportunidade singular de aprendizagem, mas que só será verdadeiramente aproveitada por quem se dispuser a tal. Não basta refletir sobre as nossas necessidades, saúde, economia,..., é necessário refletir sobre tudo o que nos rodeia. As situações não são novas, não nos são desconhecidas, mas hoje com o mundo a meio gás temos mais tempo para observar, ponderar, avaliar...mas não julgar, pois este, não se prende com o tempo, mas com o facto de não nos caber esses papel. 

Uns viveram a quarentena sozinhos, outros em família no lar, outros simplesmente juntos em casa...e foi neste ultimo contexto, que à gravidade da situação que vivemos acresce o drama de muitas pessoas que se viram obrigadas a conviver 24 sobre 24 horas com desafetos familiares, o que gerou um terrível aumento da violência doméstica.

De toda a violência doméstica que constrange o nosso coração destacamos aquela que é exercida sobre as crianças, tornando todo este quadro ainda mais doloroso, uma vez que deverá ser na figura materna e paterna que a criança encontra segurança e alegria, afinal os pais assumiram um compromisso da mais alta importância com Deus.

"(...)compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes."
ESE, Cap. XIV, item 9

Este tipo de violência não é um problema familiar, é um problema social. Pois na sua maioria, o criminoso violento, foi uma criança violentada nas mais diversas forma.
Quando somos confrontados com situações de violência e nos sentimos chocados, por vezes até nauseados, isso é indicio de uma certa evolução moral, que será confirmada se acompanhada de uma atitude correta de pensamento, a Caridade e não o julgamento...o que ainda nos é difícil. 
Assim, para subsidiar aqui fica a palavra do Evangelho Segundo o Espiritismo:

"14. A verdadeira caridade constitui um dos mais sublimes ensinamentos que Deus deu ao mundo. Completa fraternidade deve existir entre os verdadeiros seguidores da sua doutrina. Deveis amar os desgraçados, os criminosos, como criaturas, que são, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como também a vós, pelas faltas que cometeis contra sua Lei. Considerai que sois mais repreensível, mais culpados do que aqueles a quem negardes perdão e comiseração, pois, as mais das vezes, eles não conhecem Deus como o conheceis, e muito menos lhes será pedido do que a vós.(...)
A caridade sublime, que Jesus ensinou, também consiste na benevolência de que useis sempre e em todas as coisas para com o vosso próximo.(...)
Estão próximos os tempos, repito-o, em que nesse planeta reinará a grande fraternidade, em que os homens obedecerão à lei do Cristo, lei que será freio e esperança e conduzirá as almas às moradas ditosas. Amai-vos, pois, como filhos do mesmo Pai; não estabeleçais diferenças entre os outros infelizes, porquanto quer Deus que todos sejam iguais; a ninguém desprezeis. Permite Deus que entre vós se achem grandes criminosos, para que vos sirvam de ensinamento.(...)
Deveis, àqueles de quem falo, o socorro das vossas preces: é a verdadeira caridade."
ESE, Cap. XI, item 

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