Orgulho e vaidade (16 de maio de 2023)


Aprender a respeitar as nossas Imperfeições:
Orgulho e Vaidade
Os defeitos que mais comumente se manifestam em nós, são o orgulho e a vaidade.
Cabe a cada um, aprender a identificar esses defeitos em nós, aceitar que ainda somos orgulhosos e vaidosos e aprender a ser mais humildes.
Não conseguimos fazer uma transformação de um dia para o outro, mas se nos aceitarmos como somos, já estamos a dar o primeiro passo para uma aprendizagem continua no caminho do Bem.
Mais uma vez a “Doutrina Espírita nos traz ensinamentos, ferramentas de Amor para trabalhar em nós, a nossa própria transformação interior Orgulho e vaidade, tema á Luz do espiritismo, esta terça-feira na Associação Espírita de Évora a partir das 21h.
A entrada é livre e gratuita.

Esperamos por si...

“O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, tão acima dós vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera.”
“A Cólera” do E. S. E. Capítulo IX. Bem-aventurados os Brandos e Pacíficos

“As vicissitudes da vida são de duas espécies, ou, se quisermos, tem duas origens bem diversas, que importa distinguir: umas têm sua causa na vida presente; fora desta vida.
Remontando à fonte dos males terrenos, reconhece-se que muitos são as consequências naturais do caráter e da conduta daqueles que os sofrem. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem, de perseverança, por mau comportamento ou por terem limitado os seus desejos!
Quantas uniões infelizes, porque resultaram dos cálculos do interesse ou da vaidade, nada tendo com isso o coração! Que de dissensões de disputas funestas, poderiam ser evitadas com mais moderação e menos suscetibilidade! Quantas doenças e aleijões são o efeito da intemperança e dos excessos de toda ordem!
Quantos pais infelizes com os filhos, por não terem combatido as suas más tendências desde o princípio. Por fraqueza ou indiferença, deixaram que se desenvolvessem neles os germes do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que ressecam o coração. Mais tarde, colhendo o que semearam, admiram-se e afligem-se com a sua falta de respeito e a sua ingratidão. Que todos os que têm o coração ferido pelas vicissitudes e as deceções da vida, interroguem friamente a própria consciência. Que remontem passo a passo à fonte dos males que os afligem, e verão se, na maioria das vezes, não podem dizer: “Se eu tivesse ou não tivesse feito tal coisa, não estaria nesta situação”.
A quem, portanto, devem todas essas aflições, senão a si mesmos? O homem é, assim, num grande número de casos o autor de seus próprios infortúnios. Mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, e menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a falta de oportunidade, sua má estrela, enquanto, na verdade, sua má estrela é a sua própria incúria.
Os males dessa espécie constituem, seguramente, um número considerável das vicissitudes da vida. O homem os evitará, quando trabalhar para o seu adiantamento moral e intelectual.”
E. S. E. Capítulo V. Item nº 4 - Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.

“Jesus assentou o princípio da caridade, da igualdade e da fraternidade, fazendo dele uma condição expressa para a salvação; porém, estava reservado à terceira manifestação da vontade de Deus, ao Espiritismo, pelo conhecimento que faculta da Vida Espiritual, pelos novos horizontes que desvenda e pelas leis que revela, sancionar esse princípio, provando que ele não encerra uma simples doutrina moral, mas uma Lei da Natureza que o homem tem o máximo interesse em praticar. Ora, ele a praticará desde que, deixando de encarar o presente como o começo e o fim, compreenda a solidariedade que existe entre o presente, o passado e o futuro. No campo imenso do infinito, que o Espiritismo lhe faz entrever, anula-se a sua importância pessoal; compreende que, por si só, nada é e nada vale; que todos necessitam uns dos outros e não são mais do que os outros: duplo golpe no seu orgulho e no seu egoísmo.
Para isso, porém, ele precisa da fé, sem a qual permanecerá na rotina do presente; não a fé cega, que foge da luz, restringe as ideias e, por isso mesmo, alimenta o egoísmo, mas a fé inteligente, racional, que procura a claridade, e não as trevas, que rasga com destemor o véu dos mistérios e alarga o horizonte. É essa fé, elemento básico de todo progresso, que o Espiritismo lhe proporciona, fé robusta, porque baseada na experiência e nos fatos, porque lhe fornece provas palpáveis da imortalidade da sua alma, lhe mostra de onde ele vem, para onde vai e por que está na Terra; finalmente, porque lhe firma as ideias, ainda incertas, sobre o seu passado e o seu futuro.
Uma vez que haja entrado decisivamente por esse caminho, o egoísmo e o orgulho, por já não terem o que os incite, se extinguirão pouco a pouco, por falta de objetivo e de alimento, e todas as relações sociais se modificarão sob o influxo da caridade e da fraternidade bem compreendidas. Poderá isso dar-se por efeito de brusca mudança? Não; isso seria
impossível, visto que nada se opera bruscamente na natureza; jamais a saúde volta de súbito a um enfermo; entre a enfermidade e a saúde, há sempre a convalescença. O homem não pode mudar instantaneamente o seu ponto de vista, volvendo o olhar da Terra para o céu, pois o infinito o confunde e deslumbra; ele precisa de tempo para assimilar as novas ideias.
O Espiritismo é, sem contestação, o mais poderoso elemento de moralização, porque mina pela base o egoísmo e o orgulho, facultando um ponto de apoio à moral; tem feito milagres de conversão, embora sejam apenas curas individuais, e não raro parciais. Entretanto, o que ele tem produzido com relação a indivíduos constitui garantia do que produzirá um dia sobre as massas. Não lhe é possível arrancar de um só golpe as ervas daninhas. Ele dá a fé e a fé é a boa semente, mas é preciso que esta tenha tempo de germinar e de frutificar; eis a razão por que nem todos os espíritas já são perfeitos.”
Revista Espírita de julho de 1869
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”
Chico Xavier

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