Não vim trazer a paz mas a espada...(22 de outubro)
“Não vim trazer a paz, mas a espada”. (Lc, XII: 49-53 e Mt,
X: 35-36)
Ensinamento que se refere ao resultado
que adviria do estabelecimento de sua doutrina.
Joanna de Ângelis diz-nos que a estranha
moral de Jesus veio como uma espada, para separar a mentira da verdade; a posse
violenta da conquista honrosa; nos lares, veio para derrubar as construções
rígidas do egoísmo, do patriarcado sombrio, do orgulho de clã e de raça; que a
espada veio ferir, fortemente, a ignorância, o orgulho, os preconceitos de cada
novo adepto, com lutas íntimas, pela não aceitação por parte dos entes mais
queridos, da nova escolha feita.
Exemplo disso foi Paulo de Tarso,
rejeitado pela família e tido como louco pelos antigos companheiros de tribuna.
A doutrina de Jesus não trouxe mesmo a
paz, pois surgiram opositores ferrenhos, ontem e hoje, tais os detentores do
poder, os exploradores da credulidade geral, os usurpadores de bens e de
recursos, os perseguidores dos ideais de elevação humana (dentro dos próprios
lares). Entretanto, os maiores opositores estão no íntimo de cada um de nós.
São os mais difíceis, pois é necessária a espada da decisão para superá-los e
deles nos libertarmos.
É verdade que Jesus separou pais e filhos,
cônjuges, irmãos, por fazerem oposição à decisão daqueles que se entregaram às
transformações morais, mas também os transformou em ponte para tocar outros
corações, pelos exemplos que dão ainda hoje.
Concluindo: A nova e estranha moral minava
as bases do status quo dos poderosos – como ainda hoje. Morto Jesus,
morta a ideia. Mas Jesus sabe que a paz virá, que a fraternidade se consolidará
através da fé esclarecida. Por isso prometeu e cumpriu enviando-nos O Consolador,
o Espiritismo, para nos ensinar o que Ele não pôde fazer antes, por causa do nosso pouco entendimento,
e para nos lembrar daquilo que já havia nos ensinado e que, por causa do nosso
egoísmo e orgulho, esquecemos.
Comentários
Enviar um comentário