Vicios. Quem não tem? (15 de setembro)
Dos vícios que o homem carrega, embora alguns possam parecer físico como: fumar, beber, usar drogas, a gula, o jogo, o sexo, na realidade todos são vícios morais, o corpo não tem vícios, vicioso é o espírito, pois que sem corpo físico ele continua a padecer dos mesmos males.
Interessante salientar também outros vícios, talvez menos visíveis à sociedade, pois não implicam o corpo físico, porém podem ser bem mais nefastos, falamos do egoísmo, orgulho, vaidade, inveja, ciúme, avareza, ódio,
personalismo, maledicência, intolerância, impaciência, negligência, ociosidade.
Dentro da Doutrina Espirita, procuramos compreender porque é que esses vícios existem em nós, que prejuízos nos podem trazer, como podemos deles nos livrar...
“Consistirá a
perfeição espiritual na maceração do corpo? Para resolver esta questão, apoio-me
em princípios elementares, e começo por demonstrar a necessidade de cuidar do
corpo, que, segundo as alternativas de saúde e doença, influi sobre a alma de
maneira muito importante, pois temos de considerá-la como prisioneira na carne.
Para que esta prisioneira possa viver, movimentar-se, e até mesmo conceber a
ilusão da liberdade, o corpo deve estar são, disposto e vigoroso.” (E. S. E.
Cap. XVII item 11)
“O engano de
considerar-se invencível, superior, provando o desconhecimento da fragilidade e
da impermanência do conjunto que o constitui, especialmente de seu corpo,
faculta, ao ser, prazer mentiroso, que o desperta sob grande sofrimento. Ninguém
escapa às conjunturas que constituem a vida.” (Joanna de Ângelis)
Q.909. Poderia sempre o homem, pelos seus
esforços, vencer as suas más inclinações?
“Sim, e, frequentemente,
fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! Quão
poucos dentre vós fazem esforços!” (L. E. , “Das Leis Morais”, Paixões)
911. Não haverá paixões (vícios) tão vivas e irresistíveis,
que a vontade seja impotente para domina-las?
“Há muitas pessoas
que dizem: Quero, mas a vontade só lhes está nos lábios. Querem, porém muito
satisfeitas ficam que não seja como “querem”. Quando o homem crê que não pode
vencer as suas paixões, é que seu Espírito se compraz nelas, em consequência da
sua inferioridade. Compreende a sua natureza espiritual aquele que as procura
reprimir. Vencê-las é, para ele, uma vitória do Espírito sobre a matéria.” (L. E.
, “Das Leis Morais, Paixões)
“[…] Todas as virtudes e todos os vícios
são inerentes ao Espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a
responsabilidade? O homem deformado não pode tornar-se direito, porque o
Espírito não tem nenhuma ação sobre isso; mas, pode modificar o que é do
Espírito, quando tem vontade firme para isso. A experiência não vos mostra,
espíritas, até onde é capaz de ir o poder da vontade, pelas transformações
verdadeiramente miraculosas que se operam aos vossos olhos. Dizei, pois, que o
homem só se conserva vicioso, porque quer permanecer vicioso; que aquele que
queira corrigir-se sempre o pode. De outro modo, a lei do progresso não existiria
para o homem.” (E.S.E. Cap. 9, item 10.)
“Amai, pois, a
vossa alma, mas cuidai também do corpo, instrumento da alma; desconhecer as
necessidades que lhe são peculiares por força da própria natureza, é
desconhecer as leis de Deus. Não o castigueis pelas faltas que o vosso livre
arbítrio o fez cometer, e pelas quais ele é tão responsável como o cavalo mal
dirigido o é, pelos acidentes que causa. Sereis por acaso mais perfeitos, se,
martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, menos orgulhosos e mais
caridosos? Não, a perfeição não está nisso, mas inteiramente nas reformas a que
submeterdes o vosso Espírito. Dobrai-o, subjugai-o, humilhai-o, mortificai-o: é
esse o meio de o tornar mais dócil à vontade de Deus, e o único que conduz à perfeição.”(E.
S. E. Cap. XVII item 11)
“O rio”
“Excelentes
ensinamentos nos oferece o trabalho da corrente fluvial que avança vencendo
distâncias e empeços variados. A partir de suas nascentes, o rio tudo supera,
tudo vence, sem deter-se, em face do objetivo a atingir, que é alcançar o
oceano, integrando-se no grande mar.
Seja o leito rochoso, barrento ou arenoso,
esteja margeado por fertilidade abundante com ervas luxuriante ou por pélreas
muralhas, segue para o seu desiderato: o mar. Não há detritos que resistam a
sua força. Nenhuma sujidade é respeitada por seu caudal.
Atendendo aos que dele dependem, os humanos,
os animais e as plantas, abençoa as paragens onde transita, reverdecendo tudo.
Sentindo a formidável
lição do rio, encontramos o incentivo para que, igualmente, a pessoa não se
detenha diante dos desafios e óbices que se anteponham a sua marcha. Busque
compenetrar-se, amigo, da corajosa atuação do rio, e viva assim, arrostando
suas dificuldades, sem abatimento, sem esmorecimento, lutando por ultrapassar a
si mesmo a cada dia, onde quer que esteja, pois além de tudo isso, quando tudo
isso, quando um ingente esforço do exterior consegue cercear as águas fluviais,
represá-las, desrespeitando-lhes o fluxo livre, nem aí o rio de detém. Converte
a sua prisão em força hidráulica, porque tem que atingir o seu destino,
transforma-se em luz, retirando da sombra cidades inteiras, iluminando a vida
dos povos.
Ao meditar
sobre isso, refletindo o Criador na própria alma, faça o mesmo, porque você
também tem o destino dos rios: alcançar o mesmo oceano da evolução, superando
os limites que o cercam, com disposição, empenho e ousadia.” (Livro “Rosângela”
de J. Raul Teixeira, por Rozângela)
"A
batalha mais difícil de ser travada ocorre no teu mundo íntimo. Ninguém a vê, a
aplaude ou a censura. É tua. Vitória, ou derrota, pertencerá a ti em silêncio.
Nenhuma ajuda exterior poderá contribuir para o teu sucesso, ou conjuntura alguma
te levará ao fracasso." (Joanna de Ângelis)
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