Ainda Carnaval - Uma questão de evolução (9 de fevereiro)

"Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que empreende para hoje ser melhor do que ontem, e amanhã melhor do que hoje, sempre domando as suas más inclinações"
(E. S. E. Cap. XVII, item 4)

"SOBRE O CARNAVAL

Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.
É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização.
Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.
Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.
Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.
Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.
Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretenciosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.
É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superficialidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloquente atestado de sua miséria moral".
( Psicografia de Francisco C. Xavier pelo espírito de Emmanuel, em Julho de 1939)


"O Espírita (cristão) deve afastar-se de festas lamentáveis, como aquelas que assinalam a passagem do carnaval, inclusive as que se destaquem pelos excessos de gula, desregramento ou manifestações exteriores espetaculares. A verdadeira alegria não foge da temperança".
( Do livro "Conduta Espirita" psicografado por Waldo Vieira pelo espirito André Luiz)


"Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.
(Paulo de Tarso -I Coríntios. 6,12.)

Ao nos transformarmos aprendemos a amar, não só os outros mas a nós próprios, quebrando as correntes do passado e dos prazeres efémeros, O nosso olhar tornasse mais abrangente, deixando de contemplar apenas o agora, a satisfação imediata. 
Não mais precisaremos de máscaras nem de dias em que tudo parece permitido...pois a fatura chega sempre...mesmo que mais tarde...
Amarmo-nos é sabermos escolher aquilo que nos convem mais do que o que nos agrada hoje!

Saudações fraternas

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