Liberdade e Livre arbítrio (26 de abril)
"A passagem dos Espíritos pela vida
corpórea é necessária, para que eles possam realizar, com a ajuda do elemento
material, os propósitos cuja execução Deus lhes confiou. É ainda necessária por
eles mesmos, pois a atividade que então se vêem obrigados a desempenhar
ajuda-os a desenvolver a inteligência. Deus, sendo soberanamente justo, deve
aquinhoar equitativamente a todos os seus filhos. É por isso que Ele concede a todos
o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a
mesma liberdade de ação." (E. S. E. Cap. IV, item 25)
– Não, porque vós todos necessitais uns
dos outros, os pequenos como os grandes.
Q. 826.
Qual seria a condição com que o homem pudesse gozar de liberdade absoluta?
-A
do eremita no deserto. Desde que haja dois homens juntos, há direitos a
respeitar e não terão eles, portanto, liberdade absoluta."(L.E. Cap. 10,
Lei de Liberdade, item I, Liberdade Natural)
" Todo privilégio seria uma
preferência, e toda preferência uma injustiça. Mas a encarnação, para todos os
Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, no
princípio da existência, como primeira prova do uso que farão do seu livre
arbítrio. "(E. S. E. Cap. IV, item 25)
"Q. 843. O homem tem
livre-arbítrio nos seus atos?
— Pois que tem a liberdade de pensar, tem
a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem seria uma máquina.
Q.
844. O homem goza do livre-arbítrio desde o nascimento?
— Ele tem a liberdade de agir, desde que tenha
a vontade de o fazer. Nas primeiras fases da vida, a liberdade é quase nula;
ela se desenvolve e muda de objeto com as faculdades. Estando os pensamentos da
criança em relação com as necessidades da sua idade, ela aplica o seu
livre-arbítrio às coisas que lhe são necessárias."(L.E. Cap. 10, Lei de Liberdade,
item V, Livre arbítrio)
"Os que executam essa tarefa com zelo,
sobem rapidamente, e de maneira menos penosa, os primeiros degraus da iniciação,
e gozam mais cedo o resultado do seu trabalho. Os que, ao contrário, fazem mau uso
da liberdade que Deus lhes concede, retardam o seu progresso. E é assim que por
sua obstinação, podem prolongar indefinidamente a necessidade de se reencarnarem.
E é então que a encarnação se torna um castigo. " (E. S. E. Cap. IV, item 25)
"Q. 847. A alteração das faculdades
tira do homem o livre-arbítrio?
— Aquele cuja inteligência está perturbada
por uma causa qualquer perde o domínio do seu pensamento e desde então não tem
mais liberdade. Essa alteração é frequentemente uma punição para o Espírito
que, numa existência, pode ter sido vão e orgulhoso, fazendo mau uso de suas
faculdades. Ele pode renascer no corpo de um idiota, como o déspota no corpo de
um escravo e o mau rico no de um mendigo. Mas o Espírito sofre esse
constrangimento, do qual tem perfeita consciência: é nisso que está a ação da
matéria. (Ver item 371 e seguintes.)
Q. 848, A alteração das faculdades
intelectuais pela embriaguez desculpa os atos repreensíveis?
— Não, pois o ébrio voluntariamente se
priva da razão para satisfazer paixões brutais: em lugar de uma falta, comete
duas."(L.E. Cap. 10, Lei de Liberdade, item V, Livre arbítrio)
"Q. 828 – a) Os princípios que
professaram nesta vida lhes serão levados em conta na outra?
—
Quanto mais inteligência tenha o homem para compreender um princípio, menos
escusável será de não o aplicar a si mesmo. Na verdade, vos digo que o homem
simples, mas sincero, está mais adiantado no caminho de Deus do que aquele que
aparenta o que não é."(L.E. Cap. 10, Lei de Liberdade, item I, Liberdade Natural)
"Q. 850. A posição social não é, às
vezes, um obstáculo à inteira liberdade de ação?
— O mundo tem, sem duvida, as suas
exigências. Deus é justo e tudo leva em conta, mas vos deixa a responsabilidade
dos poucos esforços que fazeis para superar os obstáculos."(L.E. Cap. 10, Lei
de Liberdade, item V, Livre arbítrio)
"Teriam sofrido sem qualquer
proveito, nem para elas nem para os outros? Deus, cujas leis são todas
soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pelas reencarnações no mesmo globo,
quis que os mesmos Espíritos se pusessem de novo em contato, tendo assim
ocasião de reparar as suas faltas recíprocas. E tendo e conta as suas relações
anteriores, quis, ainda, fundar uma base espiritual os laços de família,
apoiando numa lei natural os princípios de solidariedade, fraternidade e
igualdade." (E. S. E. Cap. IV, item 26)
Joanna de Angelis pela psicografia de Divaldo Franco traz-nos a seguinte reflexão:
"É
perfeitamente normal o empenho do cidadão em favor da sua libertação total,
passo esse valioso na conquista de si mesmo. Todavia, pouco esclarecido e
vitimado pelas compressões que o alucinam, utiliza-se dos instrumentos da rebeldia,
desencadeando lutas e violência para. lograr o que aspira como condição
fundamental de felicidade.
A violência porém, jamais oferece a
liberdade real.
Somente mediante a responsabilidade, o
homem se liberta, sem tornar-se libertino ou insensato.
A sociedade, que fala em nome das pessoas de
sucesso, estabelece que a liberdade é o direito de fazer o que a cada qual
apraz, sem dar-se conta de que essa liberação da vontade, termina por
interditar o direito dos outros, fomentando as lutas individuais, dos que se
sentem impedidos, espocando nas violências de grupos e classes, cujos direitos
se encontram dilapidados.
Se cada indivíduo agir
conforme achar melhor, considerando-se liberado, essa atitude trabalha em favor
da anarquia, responsável por desmandos sem limites.
Em nome da liberdade, atuam
desonestamente os vendedores das paixões ignóbeis, que espalham o bafio
criminoso das mercadorias do prazer e da loucura.
A denominada liberação
sexual, sem a correspondente maturidade emocional e dignidade espiritual,
rebaixou as fontes genésicas a paul venenoso, no qual, as expressões aberrantes
assumem cidadania, inspirando os comportamentos alienados e favorecendo a
contaminação das enfermidades degenerativas e destruidoras da existência
corporal. Ao mesmo tempo, faculta o aborto delituoso, a promiscuidade moral,
reconduzindo o homem a um estágio de primarismo dantes não vivenciado.
A liberdade é um direito que
se consolida, na razão direta em que o homem se autodescobre e se conscientiza,
podendo identificar os próprios valores, que deve aplicar de forma edificante,
respeitando a natureza e tudo quanto nela existe.
A liberdade começa no
pensamento, como forma de aspiração do bom, do belo, do ideal que são tudo quanto
fomenta a vida e a sustenta, dá vida e a mantém.
Qualquer comportamento que
coage, reprimes viola é adversário da liberdade.
Examinando o magno problema
da liberdade, Jesus sistetizou os meios de consegui-la, na busca da verdade,
única opção para tornar o homem realmente livre.
A verdade, em síntese, que é
Deus — e não a verdade conveniente de cada um, que é a forma doentia de
projetar a própria sombra, de impor a sua imagem, de submeter à sua, a vontade
alheia — constitui meta prioritária.
Livre, é o Espírito que se domina e se
conquista. movimentando-se com sabedoria por toda parte, idealista e amoroso,
superando as injunções pressionadoras e amesquinhantes.
Nenhuma pressão de fora pode
levar à falta de liberdade, quando se conseguir ser lúcido e responsável
interiormente, portanto, livre.
Não se justifica, deste modo,
o medo da liberdade, como efeito dos fatores extrínsecos, que as situações
políticas, sociais e económicas estabelecem como forma espúria de fazer que
sobrevivam as suas instituições, subjugando aqueles que vencem. O homem que as
edifica, dá-se conta, um dia, que dominando povos, grupos, classes ou pessoas
também não é livre, escravo, ele próprio, daqueles que submete aos seus
caprichos, mas lhe roubam a opção de viver em liberdade.
Não há liberdade quando se
mente, engana, impõe e atraiçoa.
A liberdade é uma atitude
perante a vida.
Assim, portanto, só há
liberdade quando se ama conscientemente."
(Do livro: O Homem Integral –
Divaldo Pereira Franco/Joanna Di Ângelis)
"Todas as coisas me são lícitas,
mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas
as coisas edificam." (Apostolo Paulo,
I Coríntios, 10: 23)
Comentários
Enviar um comentário