Mortes Coletivas (4 de abril)

Nada acontece por acaso...e a Doutrina Espirita ajuda-nos a compreender a justiça de Deus onde por vezes só se vê caos, fatalidade e aparente injustiça.

É lei da Natureza a destruição?
“Preciso é que tudo se destrua para renascer e se regenerar. Porque, o que chamais destruição não passa de uma transformação, que tem por fim a renovação e melhoria dos seres vivos.”
(Pergunta 728. Livro dos Espíritos)

Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?
“Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados.
Somente do vosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são frequentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.” 
(Pergunta 737 Livro dos Espíritos)


"Propósito de Deus nas mortes coletivas"
P: Periodicamente a humanidade é surpreendida com acontecimentos que causam a morte de muitas pessoas, algumas decorrem de eventos da natureza como tsunamis, terremotos ou desabamento de terra, outras já decorrem da ação do homem, como o acidente de avião (...). Qual o propósito da Divindade nessas mortes coletivas?

R (Divaldo): O egrégio codificador da Doutrina Espírita Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, na sua terceira parte, a Lei de destruição*, faz uma análise dessas tragédias coletivas e interroga aos benfeitores da humanidade o que pretende a divindade com essas desencarnações coletivas. E, para surpresa de Allan Kardec e nossa, os benfeitores disseram que era para fazer a sociedade progredir. O comentário é vasto, e nessa mesma questão, o codificador pergunta se não teria a divindade outros recursos para promover o progresso dessas pessoas. Os espíritos informaram que sim, e isso acontece através de fenómenos naturais, como epidemias, insucessos de vária ordem, fenómenos sísmicos e outros.
Então, Allan Kardec volve à questão, indagando que, se num caso desses, muitos inocentes não seriam vítimas dos infelizes acontecimentos. Os benfeitores espirituais assinalam que não, porque dentro do código das soberanas leis, somente nos acontece aquilo de que temos necessidade para evoluir. A Lei de causa e efeito estabelece os parâmetros não somente dos resgates coletivos, como também das técnicas que induzem os indivíduos a esses resgates calamitosos.
Observamos, por exemplo, que nos acidentes aéreos, pessoas chegam num momento e resolvem mudar a viagem, desenvolvendo um esforço tremendo, enquanto outros lutam para poder ser incluídos naquele voo e, como resultado, padecem essas consequências que estão dentro da sua programação evolutiva.
É sempre providencial, portanto, que se mantenha a confiança em Deus, quando acontece algo lamentável e doloroso, especialmente os familiares, que ficam embrulhados nos mantos sombrios da saudade, e talvez também para alguns desencarnados, porque, surpreendidos de maneira inesperada, experimentam grande choque ao despertar no além, considerando que todas essas ocorrências estão dentro dos códigos da Soberana Justiça.

“Na provação coletiva, verifica-se a convocação dos Espíritos encarnados, participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro.
O mecanismo da justiça, na lei das compensações, funciona então espontaneamente, através dos prepostos do Cristo, que convocam os comparsas na dívida do pretérito para os resgates em comum, razão por que, muitas vezes, intitulais “doloroso acaso” às circunstâncias que reúnem as criaturas mais díspares no mesmo acidente, que lhes ocasiona a morte do corpo físico, ou as mais variadas mutilações, no quadro de seus compromissos individuais.”
(Emmanuel, sob a psicografia de Chico Xavier, livro " O Consolador", qt.250)

P: E os familiares, eles se vêem repentinamente afastados daqueles entes queridos. Eles também estão vinculados às leis de causa e efeito?

R (Divaldo): Com certeza que sim. Imaginemos que em uma programação bélica sempre há aqueles que são os construtores intelectuais da calamidade, os programadores que ficam na retaguarda (…). Através das bênçãos da reencarnação, voltam a nascer dentro do impositivo biológico, para que haja uma afinidade característica, e, então, com a partida de um ou outro, que seriam talvez os mais responsáveis, a dor atinge também aqueles que foram os antigos programadores intelectuais. Sob qualquer ponto de vista, todos são dignos da nossa ternura, de compreensão e de preces, tanto os que viajaram para o Grande Lar, como os que ficaram na Terra dominados pelo sofrimento da saudade. 
(Trecho de uma entrevista com Divaldo Franco sobre o assunto, do livro "Divaldo Franco Responde")

"Criaturas humanas, são nisto que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade. Por que medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontraria nela a razão divina, razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam umas considerações secundárias, que relegaríeis ao último plano."
(E. S. E. Cap. V, item 21)

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