Diferentes estados de Alma e diferentes Mundos (24 de janeiro)
“Que... vosso coração não se turbe. Crede
em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim
não fosse, eu já vos teria dito, porque eu me vou para vos preparar o lugar e
depois que eu tenha ido e que vos tenha preparado o lugar, eu voltarei e vos
retomarei para mim, a fim de que lá onde eu estiver aí estejais também. (São
João, cap.XIV, v.1,2,3).”
E. S. E. Cap. III, item 1
"Q. L. E. 172. Nossas diferentes
existências corpóreas se passam todas na Terra?
— Não mas nos diferentes mundos. As deste
globo não são as primeiras nem as últimas, mas as mais materiais e distanciadas
da perfeição.
Q.
L. E. 173 —Pode reviver muitas vezes num mesmo globo, se não estiver bastante
adiantada para passar a um mundo superior.
"A
Casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no
espaço infinito, oferecendo aos Espíritos desencarnados estações apropriadas ao
seu adiantamento. "
E. S. E. Cap. III, item 2
"Comentário de Kardec: À medida que o
Espírito se purifica, o corpo que o reveste, aproxima-se igualmente da natureza
espírita. A matéria se torna menos densa, ele já não se arrasta penosamente
pelo solo, suas necessidades físicas são menos grosseiras, os seres vivos não
têm mais necessidade de se destruírem para se alimentar. O Espírito é mais
livre e tem, para as coisas distanciadas, percepções que desconhecemos: vê
pelos olhos do corpo aquilo que só vemos pelo pensamento.(...) A purificação dos Espíritos reflete-se na
perfeição moral dos seres em que estão encarnados. As paixões animais se
enfraquecem, o egoísmo dá lugar ao sentimento fraternal. É assim que, nos
mundos superiores ao nosso, as guerras são desconhecidas, os ódios e as
discórdias não têm motivo, porque ninguém pensa em prejudicar o seu semelhante.
A intuição do futuro, a segurança que lhes dá uma consciência isenta de
remorsos fazem que a morte não lhes cause nenhuma apreensão: eles a recebem sem
medo e como uma simples transformação." L. E.
"Não vemos na Terra tantos animais
adquirirem em poucos meses um desenvolvimento normal? Porque não poderia dar-se
o mesmo com o homem, em outras esferas? Notemos, por outro lado, que o
desenvolvimento alcançado pelo homem na Terra, na idade de trinta anos, talvez
não seja mais que uma espécie de infância comparado ao que ele deve atingir. É
preciso ter uma visão bem curta para nos considerarmos os protótipos da
criação, e seria rebaixar a Divindade, acreditar que, além de nós, ele nada
mais poderia criar. "Nota da Q. 188 do L. E
"Conforme for ele mais ou menos puro
e liberto das atrações materiais, o meio em que estiver, o aspecto das coisas,
as sensações que experimentar, as percepções que possuir, tudo isso varia ao infinito.
Enquanto uns, por exemplo, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros
se elevam e percorrem o espaço e os mundos. Enquanto certos Espíritos culpados
erram nas trevas, os felizes gozam de uma luz resplandecente e do sublime
espetáculo do infinito. Enquanto, enfim, o malvado, cheio de remorsos e
pesares, freqüentemente só, sem consolações, separado dos objetos da sua
afeição, geme sob a opressão dos sofrimentos morais, o justo, junto aos que
ama, goza de uma indizível felicidade. Essas também são, portanto, diferentes
moradas, embora não localizadas nem circunscritas." E. S. E. Cap. III, item 3
"Acostumados, como estamos, a julgar das
coisas pela nossa insignificante e pobre habitação, imaginamos que a Natureza não
pode ou não teve de agir sobre os outros mundos, senão segundo as regras que lhe
conhecemos na Terra. Ora, precisamente neste ponto é que importa reformemos a nossa
maneira de ver.
Lançai por um instante o olhar sobre uma região
qualquer do vosso globo e sobre uma das produções da vossa natureza. Não reconhecereis
aí o cunho de uma variedade infinita e a prova de uma atividade sem par?
Apliquem-se aos seres que adejam nos ares os
vossos estudos, desçam eles à violeta dos prados, mergulhem nas profundezas do oceano,
em tudo e por toda a parte lereis esta verdade universal: A Natureza onipotente
age conforme os lugares, os tempos e as circunstâncias; ela é una em sua harmonia
geral, mas múltipla em suas produções; brinca com um Sol, como com uma gota d´agua;
povoa de seres vivos um mundo imenso com a mesma facilidade com que faz se abra
o ovo posto pela borboleta."
Livro "A Gênese"(1868), capítulo VI - página 137 item 60 de Allan Kardec
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