Atitudes: Eu e os Outros (23 de abril)
"O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo, e depois para com os
outros. O dever é a lei da vida: encontramo-lo nos mínimos detalhes, como nos atos
mais elevados. (...) Na ordem dos
sentimentos, o dever é muito difícil de ser cumprido, porque se encontra em
antagonismo com as seduções do interesse e do coração. Suas vitórias não têm
testemunhas, e suas derrotas não sofrem repressão. O dever íntimo do homem está
entregue ao seu livre arbítrio: o aguilhão da consciência, esse guardião da
probidade interior, o adverte e sustenta, mas ele se mostra frequentemente
impotente diante dos sofismas da paixão. O dever do coração, fielmente
observado, eleva o homem. Mas como precisar esse dever? Onde ele começa? Onde
acaba? O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a
tranquilidade do vosso próximo, e termina no limite que não desejaríeis ver
transposto em relação a vós mesmos."
E. S. E. Cap. XVII, item 7
Estabilidade
de comportamento
"O comportamento saudável segue uma linha de direcionamento equilibrado, sem os altibaixos constantes dos transtornos neuróticos que produzem instabilidade emocional. A escala de valores adquire inteireza e passa a comandar as atitudes em todos os momentos possíveis. O indivíduo permanece desperto, atento para as responsabilidades que lhe dizem respeito, no quadro de realizações humanas e não se apresenta assinalado pelas incertezas e limitações que antes lhe eram peculiares. Há uma lúcida integração nos compromissos que assume e um positivo relacionamento com todas as pessoas, que resulta da autoestima e da aloafeição. Desenclausurado da concha do ego enxerga o mundo de forma correta, compreendendo as suas imposições, mas, sobretudo descobrindo-se como ser eterno, cuja trajetória na Terra tem uma finalidade superior, que é a conquista dos recursos que lhe perduram latentes, herança divina aguardando desdobramento. A estabilidade do comportamento não fica adstrita a regras adrede estabelecidas, mas resulta de um amadurecimento íntimo, que ensina como agir diante dos desafios do quotidiano, a enfrentar as situações menos favoráveis, perceber o significado das ocorrências e a deixar-se preencher pela resultante dos valores do amadurecimento da afetividade. Com a mesma naturalidade com que enfrenta os momentos de júbilo, atravessa as horas de dificuldade, procurando descobrir a lição oculta em cada experiência, já que todo acontecimento é portador de uma mensagem que pode contribuir para o aprimoramento do ser. Por isso, a sua é uma forma agradável de viver, assinalada pela auto identificação e pela autorrealização. Isso não implica ausência de lutas, antes, pelo contrário, essas se fazem mais fortes, porque os horizontes a descortinar são mais amplos e os planos de conquistas são mais grandiosos. Surgem como desafios novos e geram dúvidas, confusões momentâneas, conflitos para a seleção de qualidade...
No entanto,
são diluídos com relativa
facilidade esses imperativos,
que cedem lugar
ao discernimento que seleciona
o que deve
e o que
pode ser executado, sem
espaço para aflições
desnecessárias, que poderiam perturbar
o comportamento habitual. As
tensões, que são
parte das lutas
humanas, não conseguem gerar estados
estressantes, mostrando-se momentâneas
e logo passando ao
equilíbrio e à
confiança na própria
capacidade de enfrentar problemas
e solucioná-los de forma saudável. A esse
indivíduo de comportamento
estável, se associam
as qualidades morais que
o tornam um
homem ou uma
mulher de bem, que se faz
portador de conquistas
interiores relevantes, que não
se confunde nem
se perturba nos
choques existenciais. Essa pessoa
de bem é
lúcida, porque sabe
reconhecer os seus limites,
porém conhece também
as infinitas possibilidades de crescimento e
se entrega à
tarefa de alcançar
os novos patamares que
vislumbra. Não se atemoriza
ante as propostas
de aperfeiçoamento, porque está
acostumada com as
realizações de todo
tipo, havendo transposto os
limites internos e
superado as barreiras
externas do convencionalismo, das
heranças míticas, das
suspeitas injustificadas, tornando-se parte
ativa do todo
universal, com desempenho individual
harmónico que proporciona
alegria de viver."
"Vida:
Desafios e soluções", Divaldo Pereira franco, pelo esp. Joanna de Ângelis.
"O
dever é o resumo prático de todas as especulações morais.(...)O homem que
cumpre o seu dever ama a Deus mais que as criaturas, e as criaturas mais que a
si mesmo; (...) O dever é o mais belo
galardão da razão; ele nasce dela, como o filho nasce da mãe. O homem deve amar o dever, não porque ele o
preserve dos males da vida, aos quais a humanidade não pode subtrair-se, mas
porque ele transmite à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento. O
dever se engrandece e esplende, sob uma forma sempre mais elevada, em cada uma
das etapas superiores da humanidade. A obrigação
moral da criatura para com Deus jamais cessa, porque ela deve refletir as
virtudes do Eterno, que não aceita um esboço imperfeito, mas deseja que a
grandeza da sua obra resplandeça aos seus olhos."
E. S. E. Cap. XVII, item 7
"O
verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e
caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios
atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem
que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se
ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros aquilo que queria
que os outros fizessem por ele."
E. S. E. Cap. XVII, item 3
Não podemos mudar as atitudes dos outros, mas temos obrigação de reformar as nossas!
A Harmonia e a Paz são conquistas pessoais. Qual o caminho?
Jesus ensinou "AMOR"
"Amai muito para que possas ser amado!"
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