St. António e Homem e o Médium (13 de junho)

O dia 13 de Junho é dia de Santo António de Pádua, um dos Santos mais populares de Portugal.
   À Luz da Doutrina Espírita, os Santos nada mais são que Espíritos mais Evoluídos, e, ou de Luz, conforme os seus esforços e reforma íntima, alcançaram um maior Grau Evolutivo.

Assim também se caracteriza Santo António, que inclusive, era um Médium com muitas faculdades mediúnicas, de fenómenos inteligentes como os físicos, sendo mencionado por Allan Kardec no Livro dos Médiuns, na parte 2, cap. 7, que trata justamente da Bicorporiedade e transfiguração:


 "Santo António de Pádua estava na Espanha e no tempo em que ali pregava, seu pai, que se encontrava em Pádua (Lisboa), ia sendo levado ao suplício, acusado de assassinato. Nesse momento Santo António aparece, demonstra inocência do pai e dá a conhecer o verdadeiro criminoso que, mais tarde sofreu o castigo. Constatou-se que naquele momento Santo António não havia deixado a Espanha. Santo Afonso, evocado e interrogado por nós sobre o fato referido, deu as seguintes respostas:
1. Poderias dar-nos a explicação desse fenómeno?
— Sim. Quando o homem se desmaterializou completamente por sua virtude, tendo elevado sua alma a Deus, pode aparecer em dois lugares ao mesmo tempo. Eis como: o Espírito encarnado, sentindo chegar o sono, pode pedir a Deus para se transportar a algum lugar. Seu Espírito ou sua alma, como quiseres, abandona então o corpo, seguido de uma porção do seu perispírito, e deixa a matéria imunda num estado vizinho da morte. Digo vizinho da morte porque o corpo permanece ligado ao perispírito e a alma à matéria, por um liame que não pode ser definido.O corpo aparece então no lugar pedido. Creio que é tudo o que desejas saber."

Um dos aspetos encantadores da Doutrina Espirita é o conhecimento que nos proporciona para compreendermos tudo o que acontece dentro das Leis da Natureza que mais são que as Leis de Deus.
No Livro dos Médiuns, obra que trata a parte cientifica da Doutrina podemos encontrar resposta para tantas situações que chegam ao nosso conhecimento ou que até constituem experiências pessoais e dessa forma entende-las com a razão tal como Kardec nos recomendou - Fé raciocinada "crede, mas sabei no que credes"

"Para algumas pessoas, a fé parece de alguma forma inata: basta uma faísca para desenvolvê-la. Essa facilidade para assimilar as verdades espíritas é sinal evidente de progresso anterior. Para outras, ao contrário, é com dificuldade que elas são assimiladas, sinal também evidente de uma natureza em atraso. As primeiras já creram e compreenderam, e trazem, ao renascer, a intuição do que sabiam. Sua educação já foi realizada. As segundas ainda têm tudo para aprender: sua educação está por fazer. Mas ela se fará, e se não puder terminar nesta existência, terminará numa outra.
A resistência do incrédulo, convenha, quase sempre se deve menos a ele do que à maneira pela qual lhe apresentam as coisas. A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender. A fé cega não é mais deste século(1) . É precisamente o dogma da fé cega que hoje em dia produz o maior número de incrédulos. Porque ela quer impor-se, exigindo a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: a que se constitui do raciocínio e do livre-arbítrio. É contra essa fé, sobretudo, que se levanta o incrédulo, o que mostra a verdade de que a fé não se impõe. Não admitindo provas, ela deixa no espírito um vazio, de que nasce a dúvida. A fé raciocinada, que se apoia nos fatos e na lógica, não deixa nenhuma obscuridade: crê-se, porque se tem à certeza, e só se está certo quando se compreendeu. Eis porque ela não se dobra: porque só é inabalável a fé que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade.

É a esse resultado que o Espiritismo conduz, triunfando assim da incredulidade, todas as vezes em que não encontrar a oposição sistemática e interessada." 
E. S. E. Cap.XIX, item 7

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