Arquivos da Alma (27 de fevereiro)

         "Se bem que os primeiros homens devessem ser pouco adiantados, pela mesma razão que os fazia encarnarem-se em corpos muito imperfeitos, devia haver entre eles diferenças sensíveis nos seus caracteres e aptidões. Os Espíritos semelhantes naturalmente se agruparam pela analogia e pela simpatia. A Terra achou-se assim povoada por diferentes categorias de Espíritos, mais ou menos aptos ou rebeldes ao progresso. Os corpos recebem a característica do Espírito, e esses corpos se procriam segundo seu tipo respectivo; daí resultaram diferentes raças, no físico como no moral (nº 11). Os Espíritos semelhantes, continuando a se encarnar de preferência no meio de seus semelhantes, perpetuaram o caráter distintivo físico e moral das raças e dos povos, o qual não se perde senão após muito tempo, pela sua fusão e pelo progresso dos Espíritos (`Revue Spirite', julho de 1860, pág. 198: Frenologia e fisiognomonia)."
Livro "A Génese" Cap. XI, item 30

     
   "O Espírito renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se nelas reconhecesse as mesmas que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse. De qualquer modo, ficaria humilhado perante aquelas pessoas que tivesse ofendido.
            Deus nos deu, para nos melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas; e nos tira o que poderia prejudicar-nos.
            O homem traz, ao nascer, aquilo que adquiriu. Ele nasce exatamente como se fez. Cada existência é para ele um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi: se estiver sendo punido, é porque fez o mal, e suas más tendências atuais indicam o que lhe resta corrigir em si mesmo. É sobre isso que ele deve concentrar toda a sua atenção, pois daquilo que foi completamente corrigido já não restam sinais. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, que o adverte do bem e do mal e lhe dá a força de resistir às más tentações.
            De resto, esse esquecimento só existe durante a vida corpórea. Voltando à vida espiritual, o Espírito reencontra a lembrança do passado. Trata-se, portanto, apenas de uma interrupção momentânea, como a que temos na própria vida terrena, durante o sono, e que não nos impede de lembrar, no outro dia, o que fizemos na véspera e nos dias anteriores." E. S. E. Cap. V, item 11
        "Considerai, ao contrário, que as almas de hoje já viveram em tempos recuados; que elas puderam ter sido bárbaras, como era seu século, mas que progrediram; que a cada nova existência, elas trazem a aquisição das existências anteriores; que, por conseguinte, as almas dos tempos civilizados são almas não criadas mais perfeitas, mas que se aperfeiçoaram elas mesmas, com o tempo, e tereis a única explicação plausível da causa do progresso social.
O Livro dos Espíritos, Caps. IV e V)." A Génese, Cap. XI, item 34
      
    "Desde que o Espiritismo deve marcar um progresso da Humanidade, por que os Espíritos não apressam esse progresso através de manifestações tão gerais e patentes que pudessem levar a convicção aos mais incrédulos?
      — Desejaríeis milagres, mas Deus os semeia a mancheias nos vossos passos e tendes ainda homens que os negam. O Cristo, ele próprio, convenceu os seus contemporâneos com os prodígios que realizou? Não vedes ainda hoje os homens negarem os fatos mais patentes que se passam aos seus olhos? Não tendes os que não acreditariam, mesmo quando vissem? Não, não é por meio de prodígios que Deus conduzirá os homens. Na sua bondade, ele quer deixar-lhes o mérito de se convencerem através da razão."
Livro dos Espíritos, Q. n 802


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