Emoções e Sentimentos (13 de fevereiro)

Sentimentos e Afetividade
"A expressiva maioria da sociedade encontra-se desassisada, especialmente pela falta de amor.
Assevera-se que o amor não conseguiu sobreviver à época da ciência de pesquisas frias e da tecnologia, tornando-se uma vaga sensação de prazer, que se experimenta nos encontros momentâneos.
Informa-se, ainda, que a convivência consegue destruí-lo, produzindo a rotina, o desinteresse, sendo ideal, portanto, que os relacionamentos da afetividade ocorram sem a contínua convivência.
Como efeito, as pessoas que se dizem amar, residem em locais diferentes, encontrando-se, sem maiores responsabilidades para os prazeres do repasto, das festas, do teatro e do cinema, dos períodos de férias, sobretudo, para a união sexual…(...)
O amor é uma emoção profunda, que merece considerações especiais, caracterizando-se por valores significativos.
Ele inspira a amizade sem jaça, o apoio incondicional, o respeito contínuo, a dedicação integral, porque é fator de imensurável significado para a existência humana. Mesmo entre os animais, o instinto que se transforma em afetividade no processo da evolução, é responsável pela preservação da prole e sua preparação para os enfrentamentos da sobrevivência.
Pessoas imaturas, sonhadoras e fantasistas mantêm o sentimento de amor dentro do padrão lúdico, vivendo em busca da sua alma gêmea, a fim de completar-se, como se os indivíduos fossem metades aguardando a outra parte.(...)
Os sentimentos são conquistas valiosas do curso evolutivo, que se vão aprimorando através das vivências, das longas reencarnações.
Viajando do instinto, aprimora-se e pode apresentar-se de formas variadas: a atração, que pode ser física, social, econômica, na qual o aspecto externo do outro exerce papel preponderante; a mental, que se expressa como de natureza intelectual, em razão da lucidez e da vivacidade que são detectadas noutrem e, por fim, aquela de natureza espiritual, que transcende aos interesses imediatos, facultando bem-estar, alegria na convivência, sentimento de companheirismo.
As emoções, no entanto, estão sempre variando, não raro, de acordo com as circunstâncias,as reações fisiológicas, transformando o sentimento de afeto em antipatia, após certo período de descobrimento da outra pessoa.
Essa ocorrência é comum quando o amor se manifesta numa das duas primeiras expressões a que nos referimos.
No sentimento profundo, mesmo havendo variação de emoções, o amor se torna mais significativo, capaz de resistir e supe rar as alterações que venham a ocorrer.
Quando se manifestam as expressões do amor, quase sempre aqueles que não têm maturidade para a vivência expressiva do sentimento enobrecido, logo pensam em adaptar-se àquele por quem se sentem atraídos, alterando a programação existencial.
O amor não necessita que ocorram mudanças de compromissos, antes, pelo contrário, é um dínamo de forças e dispensador de energias para que se levem adiante as tarefas abraçadas, impulsionando ao crescimento interior e ao desenvolvimento da sabedoria.
É compreensível que esse sentimento não atrela uma a outra pessoa, gerando dependência de qualquer matiz. Ao invés, liberta os que se envolvem, dando-lhes um encantamento especial que, na esfera física se traduz como contínuas descargas de adrenalina invadindo a corrente sanguínea e proporcionando estímulos renovados.
Por outro lado, estimula a produção equilibrada da dopamina, a denominada substância responsável pela alegria, entre outras finalidades especiais, facultando júbilo, mesmo quando sem a presença física do ser amado.
É comum dizer-se que a distância esfria o amor, apaga-o. Essa ocorrência tem lugar quando é fruto do entusiasmo, da paixão, e arde como labareda que rapidamente consome…
O amor a outrem, desse modo, é também resultado do autoamor, quando o indivíduo se pode relacionar bem consigo, sustentando-se e possuindo as valiosas energias da saúde que pode esparzir.
Normalmente, quando se fala em amor e se o confunde com sexo, o pensamento reveste-se do interesse de fruir-se, de utilizar-se do outro, de receber benefícios. E como o fenômeno é recíproco, a aparente união mantém dois solitários sob o mesmo sentimento, distante dos benefícios que devem resultar quando a afeição é verdadeira.
Indispensável, portanto, nas tentativas de aprimorar-se os sentimentos e a afetividade, investir-se no autoaprimoramento, no esforço de tornar-se melhor, dessa maneira, podendo ser feliz com aquele a quem se elege para companhia.(...)
É necessário que o amor eleve aquele que se lhe entrega, e não se constitua uma base para segurança pessoal, para fruição, porquanto sempre se recebe conforme se doa.
Se alguém espera receber é frágil ou fragiliza-se, tornando o outro seu protetor, que também tem necessidade de beneficiar-se, e não encontrando esse concurso na pessoa com quem se relaciona, consciente ou inconscientemente parte em busca de outrem.
No enfraquecimento, as emoções inferiores aparecem e transtornam a afetividade.
Ama, portanto, deixando que os teus sentimentos nobres governem a tua existência, e poderás fruir os benefícios que defluem dessa conduta."  

De Joanna de Angelis. Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã do dia 21 de maio de 2010, no G-10, em Zurique, Suíça, Em 29.12.2010

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