Força de Vontade: Impulso para a Evolução (10 de abril)
“...foi
tocado no coração, e por isso a sua fé é inabalável.(...)Reconhece-se o verdadeiro
Espírita por sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más
inclinações. (...)compreende a existência de alguma coisa melhor, esforça-se para
se libertar, e sempre o consegue, quando dispõe de uma vontade firme.” E. S. E.
Cap. XVII, item 4
Essa
faculdade de representar um ato que pode ou não ser praticado, como definem os
bons dicionários. A vontade, tem que ser orientada mediante a disciplina
mental, trabalhada com exercícios de meditação, através de pensamentos
elevados, de forma que gerem condicionamento novo, estabelecendo hábito diferente
do comum.
Necessariamente
são indispensáveis vários recursos que auxiliam a montagem dos equipamentos da
vontade, a saber: paciência, perseverança, autoconfiança.(...)
Como
qualquer outra conquista, a paciência exige treinamento, constância e fé na
capacidade de realizar o trabalho, como requisitos indispensáveis para ser
alcançada. Evita exorbitar nas exigências do crescimento íntimo, no começo,
elaborando um programa que deve ser aplicado sem saltos, passo a passo, o que contribui
para os resultados excelentes, que abrirão oportunidade a outras possibilidades
de desenvolvimento pessoal.(...)
Surge,
então, a perseverança como fator imprescindível à disciplina da vontade. A
perseverança se apresenta como pertinácia, insistência no labor que se está ou
se pretende executar, de forma que não se interrompa o curso programado. Mesmo
quando os desafios se manifestam, a firmeza da decisão pela consciência do que
se vai efetuar, faculta maior interesse no processo desenvolvido, propondo
levar o projeto até o fim, sem que o desânimo encontre guarida ou trabalhe
desfavoravelmente. Somente através da perseverança é que se consegue amoldar as
ambições aos atos, tornando-os realizáveis, materializando-os, particularmente
no que diz respeito àqueles de elevada qualidade moral, que resultam em bênçãos
de qualquer natureza em favor do Espírito.(...).
Da
conquista da paciência, em face da perseverança que a completa, passa-se à
autoconfiança, à certeza das possibilidades existentes que podem ser aplicadas
em favor dos anseios íntimos. Desaparecem o medo e os mecanismos autopunitivos,
autoafligentes, que são fatores dissolventes do progresso, da evolução do ser. Mediante essa conquista, a vontade passa a ser
comandada pela mente saudável, que discerne entre o que deve e pode fazer, quais
são os objetivos da sua existência na Terra e como amadurecer emocional e
psicologicamente, para enfrentar as vicissitudes, as dificuldades, os problemas
que fazem parte de todo o desenrolar do crescimento interior.
Nesse
trabalho, a criança psicológica, adormecida no ser e que teima por ser
acalentada, cede lugar ao adulto de vontade firme e confiante, que programa os
seus atos trabalhando com afinco para conseguir resultados satisfatórios. Nessa
empreitada ele não deseja triunfar sobre os outros, conquistar o mundo,
tornar-se famoso, conduzir as massas, ser deificado, porque a sua é a luta para
conquistar-se, realizar-se interiormente, de cujo esforço virão as outras
posses, essas de secundária importância, mas que fazem parte também dos
mecanismos existenciais, que constituem o desenvolvimento, o progresso da
sociedade, o surgimento das suas lideranças, dos seus astros e construtores do
futuro.
Todo
esse empreendimento resulta da vontade disciplinada, que se torna o mais
notável instrumento de trabalho para a vitória da existência física do ser
pensante na Terra.Equipado por esses instrumentos preciosos, começa o novo ciclo
de amadurecimento da criatura humana, que agora aspira à conquista do Universo,
porquanto o seu cosmo íntimo já está sendo controlado." Livro " Vida
Desafios e soluções" de Joanna de Angelis psicografia de Divaldo Pereira
Franco
“O
homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher a sua vida com
nobres e belas ações, tira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a
força necessária, e ainda nesse caso se realizam os milagres da caridade, do
sacrifício e da abnegação. Por fim, não há más inclinações que, com a fé, não
possam ser vencidas." E. S. E. Cap. XIX, item 12
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