Atualidade da Revista e o Movimento Espirita em Portugal (29 de maio)

Neste ano em que se celebram os 160 anos da Revista Espirita, nada melhor que constatar a sua atualidade face ao que foi e é o percurso do Espiritismo em Portugal.

Kardec, homem de admirável envergadura moral, analisa de forma notável a divulgação da Doutrina dos Espíritos, contributos dos partidários e adversários à época, que cruzamos com os dias de hoje.

Para quem já afirma conhecer bem a Doutrina, por ter passado os olhos pela codificação...a Revista Espirita é sem duvida um riquíssimo instrumento de trabalho.

Para enquadrar...
 "O periódico, com a função de divulgação da doutrina espírita, foi lançado por Allan Kardec com recursos próprios, em 1 de janeiro de 1858 em Paris, com o nome de Revue Spirite. Tinha como subtítulo "Journal D'Études Psychologiques", uma vez que igualmente eram  publicados estudos sobre aspectos da psicologia humana. O seu primeiro número presentava 36 páginas. Kardec foi o diretor da revista até ao seu falecimento, em 31 de março de 1869. Ele utilizava a revista para o desenvolvimento e debate de ideias que seriam, muitas delas,  após consolidadas, transferidas para os livros da Codificação Espírita. Após o falecimento de Kardec a revista passou a ser dirigida por Pierre-Gaëtan Leymarie e depois pelos seus sucessores.

Antecedentes Em Portugal
"A génese do movimento espírita no país remonta a reuniões familiares de experimentação e a livros e revistas adquiridos por portugueses com contatos com a França desde a segunda metade do século XIX.
As primeiras edições dos primeiros livros da Codificação Espírita de Allan Kardec vieram a público em Portugal em 1882, como parte da "Biblioteca Ilustrada de Estudos Psichológicos", lançada pela Tipografia Modesto & C., na Calçada do Tijolo nº 39, em Lisboa.
No ano de 1896 já existiam associações nas cidades de Lisboa, Porto, Coimbra e Braga, e nas regiões do Alentejo e do Algarve. O primeiro periódico a circular no país foi a "Revista Espírita do Porto", editada naquela cidade entre 1896 e 1910, ano da Implantação da República Portuguesa."  
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Federação_Espírita_Portuguesa

"O Espiritismo vem, no tempo assinalado, cumprir a promessa do Cristo: o Espírito da Verdade preside ao seu estabelecimento. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas, fazendo compreender o que o Cristo só disse em parábolas. O Cristo disse: “que ouçam os que têm ouvidos para ouvir”. O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porque ele fala sem figuras e alegorias. Levanta o véu propositalmente lançado sobre certos mistérios, e vem, por fim, trazer uma suprema consolação aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, ao dar uma causa justa e um objetivo útil a todas as dores.
Disse o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados”. Mas como se pode ser feliz por sofrer, se não se sabe por que se sofre? O Espiritismo revela que a causa
está nas existências anteriores e na própria destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Revela também o objetivo, mostrando que os sofrimentos são como crises salutares que levam à cura, são a purificação que assegura a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer, e acha justo o sofrimento. Sabe que esse sofrimento auxilia o seu adiantamento, e o aceita sem queixas, como o trabalhador aceita o serviço que lhe assegura o salário. O Espiritismo lhe dá uma fé inabalável no futuro, e a dúvida pungente não tem mais lugar na sua alma. Fazendo-o ver as coisas do alto, a importância das vicissitudes terrenas se perde no vasto e esplêndido horizonte que ele abarca, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem, para ir até o fim do caminho.
Assim realiza o Espiritismo o que Jesus disse do consolador prometido: conhecimento das coisas, que faz o homem saber de onde vem, para onde vai e porque está na Terra, lembrança dos verdadeiros princípios da lei de Deus, e consolação pela fé e pela esperança."
ESE. Cap. VI, item 4






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