O Enigma das Parábolas de Jesus: Parábola do Semeador (17 de julho)
"Muitos
perguntam por que Deus, durante tanto tempo, teria ocultado aos homens um dogma
cujo conhecimento é útil à sua felicidade. Teria amado aos homens menos do que
agora?
O
amor de Deus é de toda a eternidade. Para os esclarecer enviou sábios, profetas
e Jesus-Cristo, o Salvador. Não é uma prova de seu infinito amor? Mas como
receberam os homens esse amor? Melhoraram?
O
Cristo disse: “Eu poderia ainda vos dizer muitas coisas, mas não seríeis
capazes de compreendê-las, devido à vossa imperfeição.” Se tomarmos as Santas
Escrituras no seu verdadeiro sentido intelectual, aí encontraremos muitas
citações que parecem indicar que o Espírito deve percorrer várias vidas antes
de chegar ao fim. Também não se encontram nas obras dos filósofos antigos as
mesmas ideias sobre a reencarnação dos Espíritos?
O
mundo progrediu bastante, sob o aspeto material, nas ciências, nas
instituições sociais; mas, do ponto de vista moral ainda está muito atrasado.
Os homens desconhecem a lei de Deus e não ouvem mais a voz do Cristo. Eis por
que, em sua bondade e como último recurso para chegar a conhecer os princípios
da felicidade eterna, Deus lhes dá a comunicação direta com os Espíritos e o
ensino da doutrina da reencarnação, palavras repletas de consolação e que
brilham nas trevas dos dogmas de tantas religiões diferentes.
À
obra! E que a busca se realize com amor e confiança. Lede sem preconceitos;
refleti sobre tudo quanto Deus, desde a criação do mundo, se dignou fazer pelo
gênero humano e sereis confirmados na fé que a reencarnação é uma verdade santa
e divina." Ensinos e Dissertações
Espíritas A REENCARNAÇÃO (Enviado de Haia – Médium: barão de Kock) Revista Espírita
de 1862, mês de Março.
"A parábola da semente representa
perfeitamente as diversas maneiras pelas quais podemos aproveitar os
ensinamentos do Evangelho. Quantas pessoas há, na verdade, para as quais eles
não passam de letra morta, que, à semelhança das sementes caídas nas pedras,
não produzem nenhum fruto!
Outra aplicação, não menos justa, é
a que se pode fazer às diferentes categorias de espíritas. Não nos oferece o
símbolo dos que se apegam apenas aos fenômenos materiais, não tirando dos
mesmos nenhuma consequência, pois que neles só veem um objeto de curiosidade?
Dos que só procuram o brilho das comunicações espíritas, interessando-se apenas
enquanto satisfazem-lhes as imaginações, mas que, após ouvi-las, continuam
frios e indiferentes como antes? Dos que
acham muito bons os conselhos, e os admiram, mas para aplicá-los aos
outros e não a si mesmos? Dos que, finalmente, para os quais essas instruções
são como as sementes que caíram na boa terra e produzem frutos?" E. S. E. Capa.
XVII, item 6
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