Dia da Mulher — Lei da Igualdade (12 de março de 2019)




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Dia da Mulher — Lei da Igualdade, Palestra pública do dia 12 de março de 2019


Dissertação Espírita

INSTRUÇÃO DAS MULHERES

(Joinville, Haute-Marne, 10 de março de 1868 – Médium: Sra. P...)

         “Neste momento a instrução da mulher é uma das mais graves questões, porque não contribuirá pouco para realizar as grandes ideias de liberdade, que dormitam nos fundos dos corações.

Honra aos homens corajosos que tomaram a sua iniciativa! eles podem, de antemão, estar certos do sucesso de seus trabalhos. Sim, soou a hora da libertação da mulher; ela quer ser livre e para isto deve libertar a sua inteligência dos erros e dos preconceitos do passado. É pelo estudo que ela alargará o círculo de seus conhecimentos estreitos e mesquinhos. Livre, ela fundará a sua religião sobre a moral, que é de todos os tempos e de todos os países. Ela quer ser, ela será a companheira inteligente do homem, sua conselheira, sua amiga, a instrutora de seus filhos, e não um joguete, do qual se servem como uma coisa, e que depois deixam de lado para tomar uma outra.

Ela quer trazer a sua pedra ao edifício social, que se ergue neste momento ao poderoso sopro do progresso.

É verdade que, uma vez instruída, ela escapa das mãos daqueles que dela fazem um instrumento. Como um pássaro cativo, ela quebra a sua gaiola e voa para os vastos campos do infinito. É verdade que, pelo conhecimento das leis imutáveis que regem os mundos, ela compreenderá Deus de modo diferente do que lhe ensinam; não acreditará mais num Deus vingador, parcial e cruel, porque sua razão lhe dirá que a vingança, a parcialidade e a crueldade não podem conciliar-se com a justiça e a bondade; o seu Deus – dela – será todo amor, mansuetude e perdão.
Mais tarde ela conhecerá os laços de solidariedade que unem os povos entre si, e os aplicará em seu redor, espalhando com profusão tesouros de caridade, de amor e de benevolência para todos. Seja qual for a seita a que pertença, saberá que todos os homens são irmãos, e que o mais forte não recebeu a força senão para proteger o fraco e o elevar na sociedade ao verdadeiro lugar que deve ocupar.

Sim, a mulher é um ser perfectível como o homem, e suas aspirações são legítimas; seu pensamento é livre e nenhum poder do mundo tem o direito de a escravizar ao sabor de seus interesses ou de suas paixões. Ela reclama sua parte de
atividade intelectual, e a obterá, porque há uma lei mais poderosa que todas as leis humanas: a do progresso, à qual toda a Criação está submetida.
Um Espírito

Observação – Temos dito e repetido muitas vezes: a emancipação da mulher será a consequência da difusão do Espiritismo, porque ele funda os seus direitos, não numa ideia filosófica generosa, mas sobre a própria identidade do Espírito. Provando que não há Espíritos homens e Espíritos mulheres, que todos têm a mesma essência, a mesma origem e o mesmo destino, ele consagra a igualdade dos direitos. A grande lei da reencarnação vem, além disso, sancionar este princípio. Desde que os mesmos Espíritos podem encarnar, ora como homens, ora como mulheres, disso resulta que o homem que escraviza a mulher poderá ser escravizado por sua vez; que, assim, trabalhando pela emancipação das mulheres, os homens trabalham pela emancipação geral e, por conseguinte, em proveito próprio. As mulheres têm, pois, um interesse direto na propagação do Espiritismo, porque ele fornece em apoio de sua causa os mais poderosos argumentos que jamais foram invocados. (Vide a Revista Espírita, janeiro de 1866; junho de 1867).”
Allan Kardec

Revista Espírita de Abril de 1868


“Q. 817. 0 homem e a mulher são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos?
Deus não deu a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?

Q. 818. De onde procede a inferioridade moral da mulher em certas regiões?
Do domínio injusto e cruel que o homem exerceu sobre ela. Uma consequência das instituições sociais e do abuso da força sobre a debilidade. Entre os homens pouco adiantados do ponto de vista moral a força é o direito.”
Livro Dos Espíritos

       "O Espiritismo vem confirmar a teoria pelo exemplo, ao mostrar que os grandes no mundo dos Espíritos são os que foram pequenos na Terra, e que frequentemente são bem pequenos os que foram grandes e poderosos. É que os primeiro levaram consigo, ao morrer, aquilo que unicamente constitui a verdadeira grandeza no céu, e que nunca se perde: as virtudes; enquanto os outros tiveram de deixar aquilo que os fazia grandes na Terra, e que não se pode levar: a fortuna, os títulos, a glória, a linhagem. Não tendo nada mais, chegam ao outro mundo, desprovidos de tudo, como náufragos que tudo perderam, até as roupas. Conservam apenas o orgulho, que torna ainda mais humilhante a sua nova posição, porque veem acima deles, e resplandecentes de glória, aqueles que espezinharam na Terra.

O Espiritismo nos mostra outra aplicação desse princípio nas encarnações sucessivas, onde aqueles que mais se elevaram numa existência, são abaixados até o
último lugar na existência seguinte, se se deixaram dominar pelo orgulho e a ambição. Não procureis, pois, o primeiro lugar na Terra, nem queirais sobrepor-vos aos outros, se não quiserdes ser obrigados a descer. Procurai, pelo contrário, o mais humilde e o mais modesto, porque Deus saberá vos dar um mais elevado no céu, se o merecerdes.”
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VII, item 6

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