Espreitando o Espiritismo: As três revelações (16 de julho)



        “Os mandamentos de Deus, dados por Moisés, trazem o germe da mais ampla moral cristã. Os comentários da Bíblia reduziam-lhes o sentido, porque, postos em ação em toda a sua pureza, não seriam então compreendidos.
Mas os Dez Mandamentos de Deus nem por isso deixaram de ser o brilhante frontispício da obra, como um farol que devia iluminar para a humanidade o caminho a percorrer.” 


Q. nº 1.  “Em todas as comunicações feitas à Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas,
cita-se Jesus como sendo o que ensinou a mais bela moral. Que devo pensar disto? 

Resposta:  Sim, o Cristo foi o iniciador da moral mais pura, a mais sublime; a moral evangélica cristã, que deve renovar o mundo, aproximar os homens e os tornar a todos irmãos; a moral que deve fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade, o amor do próximo; que deve criar entre todos os homens uma solidariedade comum; enfim, uma  moral que deve transformar a Terra e dela fazer uma morada para Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do progresso, à qual está submetida a Natureza; e o Espiritismo é uma das forças vivas de que Deus se serve para fazer a Humanidade avançar na via do progresso moral.
       São chegados os tempos em que as ideias morais devem desenvolver-se para realizar o progresso que está nos desígnios de Deus; elas devem seguir a mesma rota percorrida pelas ideias de liberdade, das quais eram precursoras. Mas não se deve crer que esse desenvolvimento se fará sem lutas. Não; para chegar à maturidade, elas necessitam de abalos e  discussões, a fim de que possam atrair a atenção das massas; mas, uma vez fixada a atenção, a beleza e a santidade da moral impressionarão os Espíritos e estes se ligarão a uma ciência que lhes dá a chave da vida futura e lhes abre as portas da
felicidade eterna.”
N. do T.:Parte considerável das respostas obtidas neste questionário foi transcrita por Allan Kardec 
em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo I, item 9 – Instruções dos Espíritos: A nova era.”

Revista Espírita de março de 1861

“Da mesma maneira que disse o Cristo: “Eu não venho destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento”. Também diz o Espiritismo: “Eu não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe cumprimento”. Ele nada ensina contrário ao ensinamento do Cristo, mas o desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o que foi dito sob forma alegórica. Ele vem cumprir, na época predita, o que o Cristo anunciou, e preparar o cumprimento das coisas futuras. Ele é, portanto, obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que
igualmente anunciou: a regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a Terra."
A Nova Era, E. S. E. Cap. I, item 7


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