As janelas da Alma (14 de julho)




"A Cada dia já basta o seu mal"(Mt, 6:34)
Ensinou-nos Jesus, a fim de que não antecipássemos sofrimentos, nem prolongássemos dificuldades, pois o Mestre ciente da nossa pouca fé sabia que com facilidade nos demoraríamos em telas de sofrimento.
De uma forma pouco refletida, que nos carateriza, assumimos o desejo pela alegria, pela felicidade, contudo, caminhamos em sentido contrário e sem que nos apercebamos distanciamo-nos do nosso propósito. Fazemo-lo sempre que escolhemos acolher em nós mágoas, dores, frustrações, intolerâncias, ausências de perdão e/ou aceitação, para connosco, para com o próximo e até mesmo para com Deus.
Adotamos tantas e tantas vezes a posição de coitadinhos, zangados com o mundo, injustiçados pela vida, sem compreendermos que nos estamos a deixar dominar pelo egoísmo e pelo orgulho. Não só nos vitimizamos como esperamos que os outros também se compadeçam de nós... E nisto a felicidade ficou lá atrás, é importante parar, avaliar onde nos encontramos, procurar as coordenadas corretas que nos conduzem a Deus, a nós próprios, ao que verdadeiramente desejamos para nós.
Na nossa alma há inúmeras janelas, pequenas, grandes e até de sacada. Vamos aprender a fechar aquelas cuja vista entorpece a nossa alma, aceitando que são nossas, mas que possuímos também outras janelas por onde entra luz, alegria, ...vida!
Abrir novas janelas é uma escolha nossa, coragem!

Partilhamos aqui algumas mensagens, contributo da Doutrina Espírita, que nos ajudam a compreender, pois só compreendendo podemos mudar, tornarmo-nos mais alegres, celebrar a VIDA!

(PELA SRA. LESC..., MÉDIUM)
É um erro ceder frequentemente à tristeza. Não vos enganeis. O pesar é o sentimento firme e honesto que fere o homem atingido no seu coração ou nos seus interesses, mas a vil tristeza não passa de manifestação física do sangue vagaroso ou precipitado em seu curso. A tristeza encobre com seu nome muito egoísmo e muita fraqueza. Debilita o espírito que a ela se abandona. Ao contrário, o pesar é o pão dos fortes; este amargo alimento nutre as faculdades do espírito e diminui a parte animal. Não busqueis o martírio do corpo, mas sede ávidos pelo martírio da alma. Os homens compreendem que devem mover pernas e braços para manter a vida do corpo, e não compreendem que devem sofrer para exercitar as faculdades morais. A felicidade, ou apenas a alegria, são hóspedes tão passageiros da Humanidade, que não podeis, sem ser por elas esmagados, suportar a sua presença, por mais ligeira que seja. Fostes feitos para sofrer e sonhar incessantemente com a felicidade, porque sois aves sem asas, pregadas ao solo, que olhais o céu e desejais o espaço.
GEORGE (Espírito familiar)
25. Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes.

Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra. – François de Genève. (Bordéus.)
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V - Melancolia


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