Perguntas e Respostas (7 de julho)


É necessário continuarmos a levantar questões, a perguntar por quê?
Quando não temos mais dúvidas...então não temos mais nada!

Independentemente de estarmos mais resguardados em casa ou tentarmos´retomar voluntária ou involuntariamente uma "normalidade" que ainda não pode existir, não deixemos de refletir sobre o que se passa ao nosso redor, entre o que os nossos olhos vêem, o nosso coração sente, ou simplesmente o que o bom senso dita. 
Não reclamemos se nos encontramos com saúde, não reclamemos se aqueles com que temos laços de profundo afeto estão com saúde, não reclamemos se não nos falta o teto, o pão, não reclamemos...
Sejamos Gratos!
O momento é de ação, não de queixume, somos chamados a intervir na dor, por meio da prece, da oração sincera crentes que ela será o socorro que aproximará muitos dos nossos companheiros de Deus.
Quanta luz será necessária partir dos nossos corações para iluminar tantos companheiros que diariamente estão a retornar à pátria espiritual?
Quanta luz será necessária partir de nós para dar força e coragem a todos os que estão a ser chamados ao serviço, no socorro físico?
É tempo de ação, arregacemos as mangas, elevemos o nosso pensamento a Deus e peçamos auxilio para todos os que se encontram perdidos, aturdidos, revoltados, se nos assumimos cristãos por palavras, que a nossa atitude mental sentida por todos os que nos acompanham seja testemunho vivo. Ser cristão não é somente crer em Cristo, mas viver segundo os seus ensinamentos.

A questão que partilhamos hoje é esta "O que devemos fazer nos momentos difíceis?", respondida pelo nosso querido amigo Divaldo Pereira Franco, uma autoridade moral, um exemplo.

E como o maior exemplo a que podemos recorrer na Terra é Jesus, partilhamos aqui uma pequena história "O valor do Serviço", convidando todos a uma profunda reflexão pois que ela se ajusta tão aos dias de hoje.

"Filipe, velho pescador de Cafarnaum, elevado com as explanações de Jesus sobre um texto de Isaías, passou a comentar a diferença entre os justos e injustos, de maneira a destacar o valor da santidade na Terra.

O Mestre ouviu calmamente, e, talvez para prevenir os excessos de opinião, narrou, com bondade:
— Certo fariseu, de vida irrepreensível, atingiu posição de imenso respeito público. Passava dias inteiros no Templo, entre orações e jejuns incessantes. Conhecia a Lei como ninguém. Desde Moisés aos últimos Profetas, decorara os mais importantes textos da Revelação. Se passava nas ruas, era tão grande a estima de que se fizera credor, que as próprias crianças se curvavam, reverentes. Consagrara-se ao Santo dos Santos e fazia vida perfeita entre os pecadores da época. Alimentava-se frugalmente, vestia túnica sem mancha e abstinha­se de falar com toda pessoa considerada impura. Acontece, todavia, que, havendo grande peste em cidade próxima de Jerusalém, um Anjo do Senhor desceu, prestimoso, a socorrer

necessitados e doentes, em nome da Divina Providência. Necessitava, porém, das mãos diligentes de um homem, através das quais pudesse trabalhar, apressado, em benefício de enfermos e sofredores. Lembrou-­se de recorrer ao santo fariseu, conhecido na Corte Celeste por seus reiterados votos de perfeição espiritual, mas o devoto se achava tão profundamente mergulhado em suas contemplações de pureza que não lhe sobrava o mínimo espaço interior para entender qualquer pensamento de socorro às vítimas da epidemia. Como cooperar com o emissário divino, nesse setor, se evitava o menor contacto com o mundo vulgar, classificado, em sua mente, como vale da imundície? O Anjo insistia no chamamento; contudo, a peste era exigente e não admitia delongas. O mensageiro afastou­-se e recorreu a outras pessoas amantes da Lei. Nenhuma, entretanto, se julgava habilitada a contribuir. Ninguém desejava arriscar­se. Instado pelas reclamações do serviço, o Enviado de Cima encontrou antigo criminoso que mantinha o propósito de se regenerar. Através dos fios invisíveis do pensamento, convidou-­o a segui­-lo; e o velho ladrão, sinceramente transformado, não hesitou. Obedeceu ao doce constrangimento e votou-­se sem demora, com a espontaneidade da cooperação robusta e legítima, ao ministério do socorro e da salvação. Enterrou cadáveres insepultos, improvisou remédios adequados à situação, semeou o bom ânimo, aliviou os aflitos, renovou a coragem dos enfermos, libertou inúmeras criancinhas ameaçadas pelo mal, criou serviços de consolação e esperança e, com isso, conquistou sólidas amizades no Céu, adiantando­se de surpreendente maneira, no caminho do Paraíso.
Os presentes registraram a pequena história, entre a admiração e o desapontamento e, porque ninguém interferisse, o Senhor comentou, em seguida a longo intervalo:
— A virtude é sempre grande e venerável, mas não há de cristalizar-­se à maneira de jóia rara sem proveito. Se o amor cobre a multidão dos pecados, o serviço santificante que nele se inspira pode dar aos pecadores convertidos ao bem a companhia dos anjos, antes que os justos ociosos possam desfrutar o celeste convívio.
E reparando que os ouvintes se retraíram no grande silêncio, o Senhor encerrou o culto doméstico da Boa Nova, a fim de que o repouso trouxesse aos companheiros multiplicadas bênçãos de paz e meditação, sob o firmamento pontilhado de luz."

Jesus no Lar, Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Neio Lúcio 

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