Tesouro Maior (18 de agosto)

Analisando a mensagem "Tesouro Maio" do livro Caminho, Verdade e Vida, somos convidados a interessantes e importantes reflexões, que partilharemos. 

“Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração.” 

 Jesus. (LUCAS, capítulo 12, versículo 34.) 

No mundo, os templos da fé religiosa, desde que consagrados à Divindade do Pai, são departamentos da casa infinita de Deus, onde Jesus ministra os seus bens aos corações da Terra, independentemente da escola de crença a que se filiam. A essas subdivisões do eterno santuário comparecem os tutelados do Cristo, em seus diferentes graus de compreensão. 

A divulgação da fé religiosa é importante, porém a religião não salva, esclarece. Apenas a ação permanente, no campo da caridade, nos conduz a Deus.

Cada qual, instintivamente, revela ao Senhor onde coloca seu tesouro. Muitas vezes, por isso mesmo, nos recintos diversos de sua casa, Jesus recebe, sem resposta, as súplicas de inúmeros crentes de mentalidade infantil, contraditórias ou contraproducentes. O egoísta fala de seu tesouro, exaltando as posses precárias; o avarento refere-se a mesquinhas preocupações; o gozador demonstra apetites insaciáveis; o fanático repete pedidos loucos. Cada qual apresenta seu capricho ferido como sendo a dor maior. 

Espíritos menos evoluídos colocam os seus tesouros na Terra…

•Beleza física,
•Poder temporário,
•Fama,

Riqueza,…

Oramos, fazemos inúmeros pedidos a Deus, sem noção de que nem sabemos pedir, o que pedimos está na ordem da nossa grandeza moral, se somos pouco evoluídos e muito apegados à matéria os nossos pedidos são mesquinhos, fúteis e materialistas, bem distantes ainda dos ensinamentos de Jesus (amor e caridade).


 “Não acumuleis para vós tesouros na Terra.”
       ESE, capXXV-item6


Os nossos tesouros são aquilo que para nós tem valor, a que dedicamos os nossos esforços e atenção.


“Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” 

 Jesus (Lucas, 12:34.) 

A nossa atenção, sentimento e interesse se prendem naquilo que constitui a nossa maior preocupação.

Daí, a necessidade de nos ocuparmos na vida com atividades nobres -  Prática da caridade.


•Contudo, não será normal preocuparmo-nos com as coisas básicas da vida?

•Deus conhece as nossas necessidades, e as atende conforme for preciso; mas o homem nem sempre se contenta com o que tem, ele também quer o supérfluo.

•Muitas vezes, consideramos necessário o que na realidade é supérfluo. Causa das nossas aflições, tornamo-nos infelizes por nossas próprias escolhas.

Cristo ouve-lhes as solicitações e espera a oportunidade de dar-lhes a conhecer o tesouro imperecível.

Jesus sabe que necessitamos de tempo para realizar o nosso processo evolutivo, e Ele espera por cada um de nós, “nem uma só ovelha se perderá do rebanho de meu Pai”.

“Não acumuleis tesouros na Terra, que são perecíveis, acumulai-os no céu, porque são eternos.”

 …os tesouros do céu, que são as virtudes, a prática da caridade, os conhecimentos adquiridos, a prática do bem, ou seja, a vivência diária dos Seus ensinamentos, a verdadeira bagagem que nos acompanha após cada passagem pela Terra.

Ou seja, não dediques aos bens materiais mais importância que aos bens espirituais, e sabei sacrificar os primeiros em beneficio dos segundos.

O apego aos bens terrenos é um grande obstáculo à nossa evolução. 

 Ouve em silêncio, porque a erva tenra pede tempo destinado ao processo evolutivo, e espera, confiante, porquanto não prescinde da colaboração dos discípulos resolutos e sinceros para a extensão do divino apostolado. No momento adequado, surgem esses, ao seu influxo sublime, e a paisagem dos templos se modifica. 

De reencarnação em reencarnação vamos modificando os nossos tesouros o que mostra a nossa evolução, substituindo os bens da terra pelos bens do céu.  A fé teórica dá lugar à fé posta em ação, na prática do bem e a caridade.

Não são apenas crentes que comparecem para a rogativa, são trabalhadores decididos que chegam para o trabalho. Cheios de coragem, dispostos a morrer para que outros alcancem a vida, exemplificam a renúncia e o desinteresse, revelam a Vontade do Pai em si próprios e, com isso, ampliam no mundo a compreensão do tesouro maior, sintetizado na conquista da luz eterna e do amor universal, que já lhes enriquece o espírito engrandecido.

Supérfluo e necessário

"Uns queriam emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz mais bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio, outros, ouvir.
Uns queriam uns sapatos novos; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.”

 O apóstolo Paulo diz em sua epístola aos Filipenses: "Aprendi a contentar-me com o que tenho".


Agora, o que é surpreendente é que quando Paulo escreveu aos Filipenses, estava preso em Roma.

      Chico Xavier (mensagem extraída do livro: "Momentos com Chico Xavier", de Adelino da Silveira)

Esta e outras mensagens éticas e morais convidam-no não apenas à leitura, mas a uma autoreflexão acerca dos nossos tesouros. O que valorizamos, priorizamos, por que corremos, nos frustramos,...

Refletir que por vezes, consideramos necessária à nossa felicidade, futilidades e caprichos e que por ausência dos mesmos nos permitimos ser infelizes. É necessário compreender que a resposta para às nossas queixas e faltas está em nós e apenas mudará quando nos disposermos a pensar e sentir de forma diferente.

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