Causas Atuais do Sofrimento Humano (20 de outubro)
“Às penas que o Espírito sofre na vida espiritual vêm
somar-se as da vida corpórea, que são consequentes às imperfeições do homem, às
suas paixões, ao mau uso das suas faculdades e à expiação de faltas presentes e
passadas. É na vida corpórea que o Espírito repara o mal praticado em
existências anteriores, pondo em prática resoluções tomadas na vida
espiritual.”
Livro “O céu e o Inferno” Cap. VII, Código penal da vida
futura, item 31.
“Deus
e as Provas
“Muita
gente se pergunta:
Que
mal fiz a Deus para merecer tanto castigo?
Será
que terei vindo ao mundo só para sofrer?
Perguntas
feitas com a voz do desespero, da depressão, da revolta, deixando clara a
ausência da indispensável compreensão do funcionamento das Leis Divinas sobre a
Terra.
Criamos
um Deus à nossa imagem e semelhança, fazendo-O vingativo, cruel, tirano.
Esquecemos
do Deus Pai, carinhoso, atencioso, apresentado por Jesus.
Não
nos recordamos do Deus Inteligência
Suprema, do Deus soberanamente
justo e bom, desvelado pela Doutrina dos Espíritos.
Ninguém
sofre na Terra em função de castigo divino.
O que
se convencionou chamar de castigo
divino é, de facto, a manifestação do amor de Deus para com
Seus filhos.
É
este amor que lhes concede oportunidades novas para reaprender, para refletir e
trabalhar por redimir-se.
Por
outro lado, nenhuma alma se acha no planeta à revelia das celestes
deliberações.
Então,
todos os que na Terra se encontram hoje, estão por motivos ponderáveis, e ainda
quando não consigam enxergar tais razões, estas não deixam de existir.
Importante,
então, será desenvolver a consciência de que tudo o que sofremos durante a vida
corporal tem um grave motivo perante as Leis de nosso Pai.
Cumpre-nos
o esforço para o amadurecimento do intelecto e do senso moral, de maneira que
passemos a refletir melhor sobre a ação de Deus em nosso campo de provações.
Provações
não são manifestações de um Deus cruel, provocativo, conforme o pensamento
imaturo pode ainda crer.
Provas
são experiências requeridas ou aceitas por nós, que têm por objetivo
proporcionar o crescimento espiritual.
E as
expiações, nada mais são do que acertos que fazemos com as Leis que
infringimos.
Se
retiro algo do lugar - gero a consequência de recolocar na sua localidade
original.
Se
estrago, firo, rompo alguma coisa, gero consequentemente a obrigação, que é
apenas minha, de consertar, curar e restaurar.
São
mecanismos das Leis Divinas que buscam nos impedir de recair no equívoco, de
trilhar caminhos que nos afastam de nossos maiores objetivos.
Nas
Leis de Deus vamos encontrar sempre mecanismos de educação, e nunca de
ódio, vingança e punição por si só.
Com
certeza nos espantaremos, ao descobrir que as alfinetadas da vida, as dores,
tragédias e incômodos, em sua grande maioria, são causadas por nós mesmos, aqui
nesta encarnação.
Sim,
de regra, as aflições com causa atual são em maior vulto.
Isto
nos mostra que podemos reduzir grande parte de nosso sofrimento, se tomarmos
atitudes enérgicas em relação à nossa postura perante o Mundo.
Deus
nos dá os meios de conseguirmos pois, além de não desejar nosso mal, quer nossa
felicidade, nossa maturidade espiritual.
* * *
Em O livro dos Espíritos,
Allan Kardec classifica as causas de nossas aflições em duas categorias.
Explicam,
ele e os Espíritos, que temos vicissitudes com causas atuais, isto é,
consequências naturais do caráter e do proceder dos que as suportam.
E
também as de causas anteriores, que são as dores que não encontram causa nesta
existência.
Elucidam
eles que, se as causas não estão na atual encarnação, estão no passado da alma,
em outras vidas.
Livro “Em nome de Deus” de Raul Teixeira pelo Espírito José Lopes Neto
“O bem e o mal são voluntários e facultativos; sendo
livre, o homem não é fatalmente impelido nem para um, nem para outro.”
Livro “O céu e o inferno” Cap. VII, Código penal da vida
futura, item 32.
II – Causas das Aflições
“As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa e, visto
que Deus é justo, essa causa há de ser justa.”
Livro “O evangelho segundo o espiritismo” Cap. V, item 3
“As vicissitudes da vida são de
duas espécies, ou, se quisermos, tem duas origens bem diversas, que importa
distinguir: umas têm sua causa na vida presente; fora desta vida.
Remontando à fonte dos males
terrenos, reconhece-se que muitos são as consequências naturais do caráter e da
conduta daqueles que os sofrem. Quantos homens caem por sua própria culpa!
Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!
Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem, de perseverança, por mau
comportamento ou por terem limitado os seus desejos! (…) A quem,
portanto, devem todas essas aflições, senão a si mesmos? O homem é, assim, num
grande número de casos o autor de seus próprios infortúnios. Mas, em vez de
reconhecê-lo, acha mais simples, e menos humilhante para a sua vaidade, acusar
a sorte, a Providência, a falta de oportunidade, sua má estrela, enquanto, na
verdade, sua má estrela é a sua própria incúria.
Os
males dessa espécie constituem, seguramente, um número considerável das
vicissitudes da vida. O homem os evitará, quando trabalhar para o seu
adiantamento moral e intelectual.”
Evangelho Segundo O Espiritismo, Cap. V, item 4
“Mas a experiência chega, algumas vezes,
um pouco tarde; e quando a vida já foi desperdiçada e perturbada, gastas as
forças, e o mal é irremediável, então o homem se surpreende a dizer: “Se no
começo da vida eu soubesse o que hoje sei, quantas faltas teria evitado; se tivesse de recomeçar,
eu me portaria de maneira inteiramente outra; mas já não há mais tempo!” Como o
trabalhador preguiçoso que diz: “Perdi o meu dia”, ele também diz: “Perdi a
minha vida”. Mas, assim como para o trabalhador o sol nasce no dia seguinte, e
começa uma nova jornada, em que pode recuperar o tempo perdido, para ele também
brilhará o sol de uma vida nova, após a noite do túmulo, e na qual poderá
aproveitar a experiência do passado e pôr em execução suas boas resoluções para
o futuro.”
Evangelho Segundo O Espiritismo,
Cap. V, item 5
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