Procuro verdades...mas encontro tantas coisas...


Em todos os tempos houve quem se destacasse, uns porque eram... outros porque pareciam ser...

Vozes que bradavam mensagem e premonições, algumas tão certas e verdadeiras, outras (na sua maioria) desprovidas de fundamento. Quando revemos as previsões dadas em dezembro de 2019, para o que seria 2020, até nos arrepiamos... 

Mas como saber? Como distinguir aquele que me fala? 

Principalmente nos tempos que vivemos, que que num clique acedemos a tantas "verdades", teorias, pontos de vista, engodos, na forma de vídeo, áudio ou texto escrito.

Prudente será não procurarmos acreditar naquele que nos diz o que gostamos de escutar, o que vende maravilhas em palavras, ou espalha tormentas, porque nos cheira o medo. Procuremos usar a razão que nos foi concedida por Deus. Saibamos observar, analisar, para depois confiar. Sigamos o nosso coração e não o dos outros.


Pelos frutos

“Por seus frutos os conhecereis.” — JESUS (Mateus, 7.16)


   Nem pelo tamanho.

   Nem pela configuração.

   Nem pelas ramagens.

   Nem pela imponência da copa.

   Nem pelos rebentos verdes.

   Nem pelas pontas ressequidas.

   Nem pelo aspeto brilhante.

   Nem pela apresentação desagradável.

   Nem pela vetustez do tronco.

   Nem pela fragilidade das folhas.

   Nem pela casca rústica ou delicada.

   Nem pelas flores perfumadas ou inodoras.

   Nem pelo aroma atraente.

   Nem pelas emanações repulsivas.


 Árvore alguma será conhecida ou amada pelas aparências exteriores, mas sim pelos frutos, pela utilidade, pela produção.

   Assim também nosso espírito em plena jornada…

 Ninguém que se consagre realmente à verdade dará testemunho de nós pelo que parecemos, pela superficialidade de nossa vida, pela epiderme de nossas atitudes ou expressões individuais percebidas ou apreciadas de passagem, mas sim pela substância de nossa colaboração no progresso comum, pela importância de nosso concurso no bem geral.

   — “Pelos frutos os conhecereis” — disse o Mestre.

 — “Pelas nossas ações seremos conhecidos” — repetiremos nós.


Emmanuel

5. “Levantar-se-ão falsos Cristos e falsos profetas, que farão grandes prodígios e coisas de espantar, a ponto de seduzirem os próprios escolhidos.” Estas palavras dão o verdadeiro sentido do termo prodígio. Na aceção teológica, os prodígios e os milagres são fenômenos excecionais, fora das leis da Natureza. Sendo estas, exclusivamente, obra de Deus, pode ele, sem dúvida, derrogá-las, se lhe apraz; o simples bom-senso, porém, diz que não é possível haja ele dado a seres inferiores e perversos um poder igual ao seu, nem, ainda menos, o direito de desfazer o que ele tenha feito. Semelhante princípio não no pode Jesus ter consagrado. Se, portanto, de acordo com o sentido que se atribui a essas palavras, o Espírito do mal tem o poder de fazer prodígios tais que os próprios escolhidos se deixem enganar, o resultado seria que, podendo fazer o que Deus faz, os prodígios e os milagres não são privilégio exclusivo dos enviados de Deus e nada provam, pois que nada distingue os milagres dos santos dos milagres do demônio. Necessário, então, se torna procurar um sentido mais racional para aquelas palavras.

Para o vulgo ignorante, todo fenômeno cuja causa é desconhecida passa por sobrenatural, maravilhoso e miraculoso; uma vez encontrada a causa, reconhece-se que o fenômeno, por muito extraordinário que pareça, mais não é do que aplicação de uma lei da Natureza. Assim, o círculo dos fatos sobrenaturais se restringe à medida que o da Ciência se alarga. Em todos os tempos, homens houve que exploraram, em proveito de suas ambições, de seus interesses e do seu anseio de dominação, certos conhecimentos que possuíam, a fim de alcançarem o prestígio de um pseudopoder sobre-humano, ou de uma pretendida missão divina. São esses os falsos Cristos e falsos profetas. A difusão das luzes lhes aniquila o crédito, donde resulta que o número deles diminui à proporção que os homens se esclarecem. O fato de operar o que certas pessoas consideram prodígios não constitui, pois, sinal de uma missão divina, visto que pode resultar de conhecimento cuja aquisição está ao alcance de qualquer um, ou de faculdades orgânicas especiais, que o mais indigno não se acha inibido de possuir, tanto quanto o mais digno. O verdadeiro profeta se reconhece por mais sérios caracteres e exclusivamente morais. 

Capítulo XXI - Haverá falsos cristos e falsos profetas - Prodígios dos falsos profetas, item5

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