Psicografia, ligação Amorosa ao Plano Espiritual - Ultima psicografia de Chico Xavier

 "De todas as formas de comunicação, a escrita manual é a mais simples, a mais cômoda e sobretudo a mais completa."

 MÉDIUNS ESCREVENTES OU PSICÓGRAFOS

Livro Dos Médiuns, Cap. 15, n° 178

O acerto de Kardec, na importância que atribui à psicografia direta, está sobejamente provado pela sua própria obra e por toda a imensa bibliografia mediúnica lançada no mundo. No Brasil, basta atentarmos para a obra exemplar de Francisco Cândido Xavier.

 (...)Esta explicação de Kardec sobre o mecanismo da mediunidade ou do ato mediúnico afasta a idéia falsa, que geralmente se faz, de que o Espírito comunicante se incorpora no médium. Não há realmente incorporação, mas apenas sintonia ou indução mental. A afirmação de que o Espírito comunicante domina a Alma do médium parece contraditada pela afirmação seguinte de que a alma não é passiva. Basta lembrar que o domínio se refere apenas ao estabelecimento da relação fluídica, pois se o médium não quiser não transmite a mensagem, para compreender-se que não há contradição. O ato mediúnico é resultante de colaboração.

(...)Nunca prestamos a devida atenção aos nossos processos mentais, Kardec nos oferece neste livro como repete no período acima, uma regra de ouro nesse sentido. A psicologia materialista vai hoje se aproximando desse princípio, graças às pesquisas no campo da telepatia. Embora ainda não considere o pensamento dos Espíritos, já admite que recebemos constantemente pensamentos alheios. A observação permite-nos dividir perfeitamente o pensamento que produzimos aos poucos em nossa mente dos que nos são sugeridos.

(...)A reflexão mental, como a própria etimologia da palavra, é uma busca de sintonia. Nossas mentes não vivem isoladas, mas num processo de comunhão espiritual que o Espiritismo revelou e pesquisou. Quando pensamos seriamente num problema atraímos a colaboração de outras mentes, encarnadas ou desencarnadas. Mas o orgulho humano dificilmente permite que certas pessoas aceitem essa verdade, que tudo fazem para negar e rejeitar.

(...) O mistério da inspiração é assim explicado como um processo de semidesprendimento da alma. Nesse estado, o artista amplia a sua visão das coisas, adquire percepções extra-sensoriais e entra em comunicação com os amigos espirituais que o ajudam.

(...) Note-se a explicação sucinta e clara do problema, tão discutido hoje no campo parapsicológico, da precognição ou percepção do futuro. Trata-se de uma visão espiritual do encadeamento dos acontecimentos (ou dos fatos, a partir do presente), que apesar disso não se processa fatalmente, pois a cadeia de fatos decorre sempre, no plano humano, das decisões do livre-arbítrio. (N. do T.)

O Livro Dos Mediuns, Cap. 15 - Notas do Tradutor

"Mediunidade Gratuita"

            "Os médiuns modernos, — pois os apóstolos também tinham mediunidade, — receberam igualmente de Deus um dom gratuito, que é o de serem intérpretes dos Espíritos, para instruírem os homens, para lhes ensinarem o caminho do bem e levá-los à fé, e não para lhes venderem palavras que não lhes pertencem, pois que não se originam nas suas idéias, nem nas suas pesquisas, nem em qualquer outra espécie de seu trabalho pessoal. Deus deseja que a luz atinja a todos, e não que o mais pobre seja deserdado e possa dizer: Não tenho fé, porque não pude pagar; não tive a consolação de receber o estímulo e o testemunho de afeição daqueles por quem choro, pois sou pobre. Eis porque a mediunidade não é um privilégio, e se encontra por toda parte. Fazê-la pagar, seria portanto desviá-la de sua finalidade providencial."

Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXVI, Item 7

         " Eu vos disse recentemente, meus queridos filhos, que a caridade sem a fé não seria suficiente para manter entre os homens uma ordem social de fazê-los felizes. Devia ter dito que a caridade é impossível sem a fé. Podereis encontrar, é verdade, impulsos generosos entre as pessoas sem religião. Mas essa caridade austera, que só pode ser exercida pela abnegação, pelo sacrifício constante de todo o interesse egoísta, nada a não ser a fé poderá inspirá-la, porque nada além dela nos faz carregar com coragem e perseverança a cruz desta vida.

            Sim, meus filhos, é inútil querer o homem, ávido de prazeres, iludir-se quanto ao seu destino terreno, pretendendo que lhe seja permitido ocupar-se apenas da sua felicidade. Certo que Deus nos criou para sermos felizes na eternidade, mas a vida terrena deve servir unicamente para o nosso aperfeiçoamento moral, o qual se conquista mais facilmente com a ajuda do corpo e do mundo material. Sem contar as vicissitudes comuns da vida, a diversidade de vossos gostos, de vossas tendências, de vossas necessidades, são também um meio de vos aperfeiçoardes, exercitando-vos na caridade. Porque somente a custa de concessões e de sacrifícios mútuos, é que podeis manter a harmonia entre elementos tão diversos.

            Tendes razão, entretanto, ao afirmar que a felicidade está reservada ao homem neste mundo, se a procurardes antes na prática do bem do que nos prazeres materiais. A história da cristandade nos fala dos mártires que caminhavam com alegria para o suplício. Hoje, na vossa sociedade, para ser cristão já não se precisa enfrentar a fogueira do mártir, nem o sacrifício da vida, mas única e simplesmente o sacrifício do egoísmo, do orgulho e da vaidade. Triunfareis, se a caridade vos inspirar e fordes sustentados pela fé."

Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap xI, item 13

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