Depressão e Ansiedade (9 de novembro)


Escutemos nossa alma que tanta vez clama carente de lucidez, envolta em dores e magoas que a própria inferioridade moral alimenta, pois carrega em si os vícios do orgulho, egoísmo e vaidade. Não há como sarar feridas, curar almas doentes sem que a disposição interior se alter. É por isso, urgente fazer as pazes com a vida, connosco próprios, encontrar um novo sentido, criar novos objetivos concretizáveis e elevar os olhos, no mundo existe tanta coisa além de nós e da nossa dor...

Sejamos gratos, pois mais do que deprimidos, nós andamos distraídos.

Será este o tema abordado no próximo dia 9 de novembro, 21h, na AEE.

Podemos encontrar na Doutrina Espirita, para este e outros aspetos que nos inquietam,  esclarecimento seguro e o convite sempre presente à nossa renovação.

"Conflito"

“Acho  então  esta  lei  em  mim:  quando  quero  fazer  o bem, o mal está comigo.”

Paulo (Romanos, 7:21) 

 

"Os discípulos sinceros do Evangelho, à maneira de Paulo de Tarso, encontram grande conflito na própria natureza.

Quase sempre são defrontados por enormes dificuldades nos testemunhos.

No instante justo, quando lhes cabe revelar a presença do Divino Companheiro no coração, eis que uma palavra, uma atitude ligeira os traem, diante da própria consciência, indicando-lhes a continuidade das antigas fraquezas.

A maioria experimenta sensações de vergonha e dor.

Alguns atribuem as quedas à influenciação de espíritos maléficos e, geralmente, procuram o inimigo no plano exterior, quando  deveriam sanar  em si mesmos a causa indesejável de sintonia com o mal.

É indubitável que ainda nos achamos em região muito distante daquela em que possamos viver isentos de vibrações adversas, todavia, é necessário verificar a observação de Paulo, em nós próprios.

Enquanto o homem se mantém no gelo da indiferença ou na inquietação da teimosia, não é chamado à análise pura; entretanto, tão logo desperta para a renovação, converte-se o campo íntimo em zona de batalha.

Contra a aspiração bruxuleante do bem, no dia que passa, levanta-se a pesada bagagem de sombras acumuladas em nossas almas desde os séculos transcorridos. Indispensável, portanto, grande serenidade e resistência de nossa parte, a fim de que o progresso alcançado não se perca.

O Senhor concede-nos a claridade de Hoje para esquecermos as trevas de Ontem, preparando-nos para o Amanhã, no rumo da luz imperecível."

                                                        Livro Pão Nosso de Chico Xavier e Emmanuel, mensagem n° 136

 

VIII – A Melancolia

FRANÇOIS DE GENÉVE

Bordeaux

         "Sabeis por que uma vaga tristeza se apodera por vezes de vossos corações, e vos faz sentir a vida tão amarga? É o vosso Espírito que aspira à felicidade e à liberdade, mas, ligado ao corpo que lhe serve de prisão, se cansa em vãos esforços para escapar. E, vendo que esses esforços são inúteis, cai no desânimo, fazendo o corpo sofrer sua influência, com a languidez, o abatimento e uma espécie de apatia, que de vós se apoderam, tornando-vos infelizes.

                Acreditai no que vos digo e resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. Essas aspirações de uma vida melhor são inatas no Espírito de todos os homens, mas não a busqueis neste mundo. Agora, que Deus vos envia os seus Espíritos, para vos instruírem sobre a felicidade que vos está reservada, esperai pacientemente o anjo da libertação, que vos ajudará a romper os laços que mantém cativo o vosso Espírito. Pensai que tendes a cumprir, durante vossa prova na Terra, uma missão de que já não podeis duvidar, seja pelo devotamento à família, seja no cumprimento dos diversos deveres que Deus vos confiou.

                E se, no curso dessa prova, no cumprimento de vossa tarefa, virdes tombarem sobre vós os cuidados, as inquietações e os pesares, sede fortes e corajosos para os suportar. Enfrentai-os decisivamente, pois são de curta duração e devem conduzir-vos junto aos amigos que chorais, que se alegrarão com a vossa chegada e vos estenderão os braços, para vos conduzirem a um lugar onde não têm acesso às amarguras terrenas."

Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, item 25


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