O que é morrer à luz do Espiritismo (2 de novembro)
“O medo da morte, que se encontra ínsito no ser, consciente ou
inconscientemente, como mecanismo de preservação da existência física, à medida
que se lhe ocorre o amadurecimento psicológico cede lugar à confiança na vida”
Livro “O despertar do Espírito” de Joanna de Angeles e Divaldo P.
Franco
“O homem, seja qual for a escala de sua posição social, desde selvagem
tem o sentimento inato do futuro; diz-lhe a intuição que a morte não é a última
fase da existência e que aqueles cuja perda lamentamos não estão
irremissivelmente perdidos”
Livro “O Céu e o Inferno” de Allan Kardec, O medo da Morte Cap. II item
1
“A crença da imortalidade é intuitiva e muito mais generalizada do que
a do nada. Entretanto, a maior parte dos que nela creem apresentam-se-nos possuídos
de grande amor às coisas terrenas e temerosos da morte! Porquê?”
Livro “O Céu e o Inferno” de Allan Kardec, O medo da Morte Cap. II item
1
“E se a lógica nos conduz à individualidade da alma, também nos aponta
esta outra consequência: a sorte de cada alma deve depender das suas qualidades
pessoais, pois seria irracional admitir que a alma atrasada do selvagem, como a
do homem perverso, estivesse no nível da do sábio, do homem de bem. Segundo os
princípios de justiça, as almas devem ter a responsabilidade dos seus atos, mas
para haver essa responsabilidade, preciso é que elas sejam livres na escolha do
bem e do mal; sem o livre-arbítrio há fatalidade, e com a fatalidade não
coexistiria a responsabilidade.”
O Livro o Céu e o Inferno de Allan Kardec
“A ideia clara e precisa que se faça da vida futura dá uma fé inabalável
no porvir, e essa fé tem consequências enormes sobre a moralização dos homens,
porque muda completamente o ponto de vista pelo qual eles encaram a
vida terrena.”
O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. II. Item 5
“Para libertar-se do temor da morte é mister poder encará-la sob o seu verdadeiro
ponto de vista, isto é, ter penetrado pelo pensamento no mundo espiritual,
fazendo dele uma ideia tão exata quanto possível, o que denota da parte do Espírito
encarnado um tal ou qual desenvolvimento e aptidão para desprender-se da
matéria.”
Livro “O Céu e o Inferno” de Allan Kardec, O medo da Morte Cap. II item
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“Por que os espíritas não temem a morte”
“A Doutrina Espírita transforma completamente a perspetiva do futuro.
A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade.
O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o
resultado da observação.
Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua
realidade prática; não foram os homens que o descobriram pelo esforço de uma
conceção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm
descrever a sua situação; aí os vemos em todos os graus da escala espiritual,
em todas as fases da felicidade e da desgraça, assistindo, enfim, a todas as
peripécias da vida de além-túmulo.
Eis aí por que os espíritas encaram a morte calmamente e se revestem de
serenidade nos seus últimos momentos sobre a Terra.
Já não é só a esperança, mas a certeza que os conforta; sabem que a
vida futura é a continuação da vida terrena em melhores condições e aguardam-na
com a mesma confiança com que aguardariam o despontar do Sol após uma noite de
tempestade. Os motivos dessa confiança decorrem, outrossim, dos fatos
testemunhados e da concordância desses fatos com a lógica, com a justiça e
bondade de Deus, correspondendo às íntimas aspirações da Humanidade.
Para os espíritas, a alma não é uma abstração; ela tem um corpo etéreo
que a define ao pensamento, o que muito é para fixar as ideias sobre a sua
individualidade, aptidões e perceções.
A lembrança dos que nos são caros repousa sobre alguma coisa de real.
Não se nos apresentam mais como chamas fugitivas que nada falam ao
pensamento, porém sob uma forma concreta que antes no-los mostra como seres
viventes.
Além disso, em vez de perdidos nas profundezas do Espaço, estão ao
redor de nós; o mundo corporal e o mundo espiritual identificam-se em perpétuas
relações, assistindo-se mutuamente.
Não mais permissível sendo a dúvida sobre o futuro, desaparece o
temor da morte; encara-se a sua aproximação a sangue-frio, como quem aguarda a
libertação pela porta da vida e não do nada.”
Livro “O Céu e o Inferno” Cap. II, item 10, de
Alan Kardec
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