Como Entender a "Perda" daqueles que amamos? (24 de março)

Quando alguém que nos é querido desencarna, sofremos. O desgosto mais severo que sentimos durante algum tempo, culturalmente é classificamos como "luto", faz parte do processo de adaptação à ausência (física) daquela pessoa. É muito importante entender que este processo é natural e necessário, porém ele deve estar circunscrito no tempo. Tempo que tudo apazigua... e passar por essa fase sem maiores danos também é possível, tudo depende do nosso grau de entendimento sobre a vida, aceitação, fé...
O Espiritismo, como consolador prometido ajuda-nos a entender o porquê, a aceitar essa "perda", mas será que realmente perdemos os que amamos?

"A possibilidade de entrar em comunicação é uma bem doce consolação, que nos proporciona o meio de nos entretermos com os parentes e amigos que deixaram a Terra antes de nós. Pela evocação, eles se aproximam de nós, permanecem do nosso lado, nos ouvem e nos respondem. Não existe mais, por assim dizer, separação entre nós e eles, que nos ajudam com os seus conselhos, nos dão testemunhos da sua afeição e do contentamento que experimentam por nos lembrarmos deles. É para nós uma satisfação sabê-los felizes e aprender através deles os detalhes da sua nova existência, adquirindo a certeza de um dia, por nossa vez, nos juntarmos a eles."(Livro Dos Espíritos, qt.935)

"Estando o Espírito mais feliz do que na Terra, lamentar que tenha deixado esta vida é lamentar que ele seja feliz."
"A doutrina espírita, pelas provas patentes que nos dá quanto à vida futura, à presença ao nosso redor dos seres aos quais amamos, à continuidade da sua afeição e da sua solicitude, pelas relações que nos permite entreter com eles, nos oferece uma suprema consolação, numa das causas mais legitimas de dor. Com o Espiritismo, não há mais abandono. O mais isolado dos homens tem sempre amigos ao seu redor, com os quais pode comunicar-se." (Livro dos Espíritos, qt.936)

"Regozijai-vos em vez de chorar, quando apraz a Deus retirar um de seus filhos deste vale de misérias. Não é egoísmo desejar que ele fique, para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe entre os que não tem fé, e que vêem na morte a separação eterna. Mas vós, espíritas, sabeis que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal. Mães, vós sabeis que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto: seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus. Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações de vosso coração, chamando esses entes queridos. E se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós mesmas a consolação poderosa que faz secarem as lágrimas, e essas aspirações sedutoras, que vos mostram o futuro prometido pelo soberano Senhor." (E.S.E. Cap. V item 21)

Haverá maior consolação do que saber que a morte não existe e que aqueles que amamos, encarnados ou não estarão ligados a nós por laços de afeto para sempre...?
Saudações Fraternas

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