Suicídio que terrível engano (e de março)


O suicídio define um comportamento com a ideia fixa para a antecipação da própria morte. É um processo em que a dor e sofrimento psicológicos intensos, consequências de acontecimentos que tornam a vida dolorosa e/ou insuportável, onde parece deixar de existir quaisquer soluções que permitam sair ou ultrapassar a condenação da sua auto-análise, deixando como única resolução a morte física do próprio indivíduo. Este processo desenvolve-se, regra geral, lentamente num sentido negativo até restar apenas a escolha entre viver ou morrer.

"O desgosto pela vida que se apodera de alguns indivíduos vem do efeito da ociosidade, da falta de fé e geralmente da saciedade. Para aqueles que exercem as suas faculdades com um fim útil e segundo as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida escoa-se mais rapidamente; suportam as suas vicissitudes com tanto mais paciência e resignação quanto mais agem tendo em vista a felicidade mais sólida e mais durável que os espera."(L.E. Q.943.)

"A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio. Com efeito, a maior parte dos casos de loucura são provocados pelas vicissitudes que o homem não tem forças de suportar. Se, portanto, graças à maneira por que o Espiritismo o faz encarar as coisas mundanas, ele recebe com indiferença, e até mesmo com alegria, os revezes e as decepções que em outras circunstâncias o levariam ao desespero, é evidente que essa força, que o eleva acima dos acontecimentos, preserva a sua razão dos abalos que o poderiam perturbar."(E.S.E.cap. V item 14).

“Aquele que tira a própria vida para fugir à vergonha de uma ação má, prova que se prende mais à estima dos homens que à de Deus.”(Allan Kardec).

"Aprende, de uma vez para sempre, que és imortal e que não será pelos desvios temerários do suicídio que a criatura humana encontrará o porto da verdadeira felicidade..."
(Camilo Castelo Branco in MEMÓRIAS DE UM SUICIDA - psicografia de Yvone A . Pereira, p. 568)

“As consequências do suicídio são muito diversas: não há penas fixadas e, em todos os casos, são sempre relativas às causas que as provocaram. Mas uma consequência à qual o suicida não pode fugir é o desapontamento. De resto, a sorte não é a mesma para todos: depende das circunstâncias. Alguns expiam a sua falta imediatamente, outros em uma nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.” (LE, questão 957)

Compreendamos então que por maior que seja a nossa dor, o suicídio não a resolve, apenas a agrava. Continuamos a viver a nossa dor em outra dimensão, por isso, o suicídio se apresenta como um terrível engano. 
Que Deus nos dê força para diante das dificuldades da vida resistir a tal engano e, para aqueles irmãos que nele já sucumbiram, que se eleve a Deus o nosso pensamento e a nossa prece no sentido de que possam ser auxiliados vendo com clareza o verdadeiro sentido da vida e a importância do cumprimento das Leis de Deus.

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