Turbulências Familiares (21 julho)

“Considerando, sobretudo, que a família é um laboratório vivo de experiências e aprendizado, uma verdadeira escola para educação dos espíritos, na sua ansiosa busca da felicidade, que ainda não é deste mundo, mas pode nele começar. Devemos considerar, outrossim, que a visão espírita de família, difere das filosofias não reencarnacionistas. O Espiritismo apresenta a família como o instituto abençoado em que as criaturas humanas se reencontram com um programa de provas e expiações, com vistas ao futuro. Por outro lado, a família, na concepção espírita, antes de ser a reunião de corpos é o reduto sagrado de espíritos imortais. A visão reencarnacionista traz um entendimento que motiva as criaturas ao esforço pelo próprio progresso moral, através da renúncia, da boa vontade, da ajuda mútua, do perdão, da tolerância e muito mais, se se alcançar um grau de consciência desperta. A grande batalha que se trava no imo do ser humano, ainda se debita ao egoísmo, que gera os grandes problemas e até tragédias de consequências imprevisíveis. A consciência desperta pela razão e pela lógica dos ensinamentos espíritas leva a criatura a aceitar certas conjunturas decorrentes do passado, apresentadas em forma de antipatia, ódio, ciúmes, entre familiares. Igualmente se explicam atrações sexuais doentias entre pais e filhos, entre irmãos, adultério e até os incestos podem ter raízes em encarnações anteriores. Da mesma forma se podem explicar a simpatia, a afinidade e o amor que brotam espontaneamente entre as criaturas. Daí, o presente trabalho visa trazer uma contribuição aos pais, educadores, evangelizadores e à sociedade, numa tentativa de encontrar soluções que minorem o sofrimento oriundo da ignorância do que seja família e sua missão na Terra. A família não é somente foco de lutas e problemas, mas também fonte geradora de felicidade quando há entre todos os seus componentes a iluminação de princípios espirituais superiores. “ (Introdução do livro “SOS Família de Divaldo P. Franco, ditado por Joana De Ângelis e diversos espíritos)

“Os laços do sangue não estabelecem necessariamente os vínculos entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque o Espírito já existia antes da formação do corpo. […] Os Espíritos que encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são, na maioria das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer que sejam completamente estranhos uns aos outros, divididos por antipatias igualmente anteriores, que se expressam na Terra por um mútuo antagonismo, a fim de lhes servir de provação. Os verdadeiros laços de família não são, pois, os da consanguinidade e sim os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Consequentemente, dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue […].” (E. S. E. Cap. XIV, item 8)

[…] Arraigada nas vidas passadas de todos aqueles que a compõem, a família terrestre é formada, assim, de agentes diversos, porquanto nela se reencontram, comummente, afetos e desafetos, amigos e inimigos, para os ajustes e reajustes indispensáveis ante as leis do destino. Apesar disso, importa reconhecer que o clã familiar evolve incessantemente para mais amplos conceitos de vivência coletiva, sob os ditames do aperfeiçoamento geral, conquanto se erija sempre em educandário valioso da alma. Temos, dessa forma, no instituto doméstico uma organização de origem divina, em cujo seio encontramos os instrumentos necessários ao nosso próprio aprimoramento para a edificação do mundo melhor.” (Vida e Sexo de Francisco C. Xavier/ Emanuel).

“A casualidade não se encontra nos laços da parentela. Princípios subtis da Lei funcionam nas ligações consanguíneas. Impelidos pelas causas do passado a reunir-nos no presente, é indispensável pagar com alegria os débitos que nos imanam a alguns corações, a fim de que venhamos a solver nossas dívidas para com a Humanidade. Inútil é a fuga dos credores que respiram connosco sob o mesmo teto, porque o tempo nos aguardará implacável, constrangendo-nos à liquidação de todos os compromissos. […] Sem dúvida, a equipe familiar no mundo nem sempre é um jardim de flores. Por vezes, é um espinheiro de preocupações e de angústias, reclamando-nos sacrifício. Contudo, embora necessitemos de firmeza nas atitudes para temperar a afetividade que nos é própria, jamais conseguiremos sanar as feridas do nosso ambiente particular com o chicote da violência ou com o emplastro do desleixo. […] Os parentes são obras de amor que o Pai Compassivo nos deu a realizar. Ajudemo-los, através da cooperação e do carinho, atendendo aos desígnios da verdadeira fraternidade. Somente adestrando paciência e compreensão, tolerância e bondade, na praia estreita do lar, é que nos habilitaremos a servir com vitória, no mar alto das grandes experiências. “ (excerto da Mensagem n° 156 do Livro Fonte Viva, denominada “Parentes” de Emanuel e psicografada por Francisco C. Xavier).

Saudações Fraternas 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Literatura Espírita

Ciúme (17 janeiro)