Bulying e outras formas de violência (11 de agosto)
A prática de bullying
começou a ser pesquisada há cerca de 10 anos na Europa, quando descobriram que
essa forma de violência estava por trás de muitas tentativas de suicídios de adolescentes.
Vivemos num mundo de
provas e expiações, onde a ética está abandonada por grande parte da população,
resultando em comportamentos cuja tónica é o egoísmo e o orgulho.
A necessidade de erradicar
estes comportamentos tiranos e desumanos da sociedade leva-nos a procurar no
espiritismo a ajuda que precisamos para entender o porquê da persistência
destas práticas.
Na wikipedia encontramos
este esclarecimento para o Bulying:
Bullying (AFI: [ˈbʊljɪŋ]) é um anglicismo
utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica intencionais e
repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos, causando dor e
angústia e sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.[1] O
bullying é um problema mundial, sendo que a agressão física ou moral repetitiva
deixa marcas para o resto da vida na pessoa atingida.
O agressor inferioriza e
se impõe sobre o outro, na tentativa de superá-lo em termos físicos e
psicológicos, e de satisfazer seu ego. Quase sempre, não tem o apoio de uma boa
educação, com conselhos e amparos apropriados, e é isso o que mais o encoraja a
fazer o que faz. Já a vítima é alguém com medo das possíveis consequências de
sua reação, e é por isso que não reage, se reprimindo a si mesma. ( https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bullying )
É importante ter presente
que hoje muito se fala de bullying, mas que na realidade ele sempre existiu e
que não é restrito às escolas…ele acontece nas redes sociais, no trabalho, nos círculos
sociais a que se pertence e muitas vezes no próprio lar.
No Cap. IX do Evangelho
Segundo o Espiritismo, “ Bem Aventurados Os Mansos e Pacíficos” no item 9 “ A
Cólera “, Allan Kardek traz-nos este
esclarecimento:
“O orgulho leva a vos crer
mais do que sois; a não poder sofrer uma comparação que possa vos rebaixar; a
vos considerar, ao contrário, de tal modo acima dos vossos irmãos, seja como
espírito, seja como posição social, seja mesmo como superioridade pessoal, que
o menor paralelo vos irrita e vos fere; e o que ocorre então? Entregai-vos à
cólera.
Procurais a origem desses acessos de demência passageira que vos
assemelham aos animais, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; procurais e
encontrareis, quase sempre, por base, o orgulho ferido. Não é orgulho ferido,
por uma contradição, que vos faz rejeitar as observações justas, que vos faz
repelir com cólera os mais sábios conselhos? As próprias impaciências que
causam as contrariedades, frequentemente pueris, prendem-se à importância que
se atribui à própria personalidade diante da qual se crê que tudo deve se
dobrar.
Em seu frenesi, o homem colérico ataca a tudo: a natureza bruta,
os objetos inanimados, que quebra, porque não lhe obedecem. Ah! Se nesses
momentos pudesse se ver com sangue-frio, teria medo de si, ou se acharia
ridículo! Que julgue por si a impressão que deve produzir sobre os outros.
Quando não fosse senão por respeito a si mesmo, deveria esforçar-se por vencer
uma tendência que faz dele objeto de piedade.
Se imaginasse que a cólera não resolve nada, altera sua saúde,
compromete-lhe a vida, veria que é sua primeira vítima; mas uma outra
consideração deveria, sobretudo, detê-lo: o pensamento de que torna infelizes
todos aqueles que o cercam; se tem coração, não terá remorso em fazer sofrer os
seres que mais ama? E que desgosto mortal se, num acesso desatinado, cometesse
um ato de que tivesse que se censurar por toda a sua vida!”
(E. S. E. Cap. IX item 9, HAHNEMANN,Paris, 1863)
Então fomos procurar uma
resposta para a violência no Livro dos espíritos, onde os Espíritos respondem a
Allan Kardek nas questões 754 e 755:
“Q. 754. A crueldade não derivará da carência de senso moral?
“Diz da falta de
desenvolvimento do senso moral; não digas da carência, porquanto o senso moral
existe, como princípio, em todos os homens. É esse senso moral que dos seres
cruéis fará mais tarde seres bons e humanos. Ele, pois, existe no selvagem, mas
como o princípio do perfume no gérmen da flor que ainda não Desabrochou”. (L.
E.)
Q. 755. Como pode dar-se que, no seio da mais adiantada
civilização, se encontrem seres às vezes cruéis quanto os selvagens?
“Do mesmo modo que numa árvore carregada de bons frutos se encontram
verdadeiros abortos. São, se quiseres, selvagens que da civilização só têm o
exterior, lobos extraviados em meio de cordeiros. Espíritos de ordem inferior e
muito atrasados podem encarnar entre homens adiantados, na esperança de também
se adiantarem, Mas, desde que a prova é por demais pesada, predomina a natureza
primitiva.”(L. E.)
Compreendendo as imperfeições
morais que conduzem a estes comportamentos é também fundamental
consciencializarmo-nos da responsabilidade que nos assiste enquanto pais das possíveis
vítimas ou agressores, enquanto professores, enquanto familiares, colegas de
trabalho, vizinhos, etc…
Uma vez mais surge a
importância da educação, do olhar atento sobre os nossos filhos e da ação eficaz
que os ajude a melhorar, a crescer, a viver melhor…com autoestima e
responsabilidade.
Saudações Fraternas
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