A Pineal, a Mediunidade e as suas implicações terapêuticas (19 de janeiro)

"A GLÂNDULA PINEAL"

" A glândula pineal tem a forma de um cone de pinha (pinea) e no adulto mede 8 mm de comprimento por 4 mm de largura e pesa 0,1 a 0,2 gramas. Apesar de sua anatomia tão discreta está sempre envolta por um misticismo. Citada em várias doutrinas, desde 3.000 anos a. C. Na Yoga, no esoterismo, na numerologia ela aparece com alguns pontos em comum do conhecimento humano.

No ocidente foi descrita pela primeira vez por Herophilus de Alexandria, por volta do ano 330 a. C., e foi reconhecida como uma glândula por Galeno, em Roma, que introduziu o termo "Konareon" para a pineal, pela estrutura em forma de um cone de árvore de pinha, "Pineal" é derivado do latim pinealis, que significa cone de pinha. A glândula Pineal também é conhecida como epífise, mas este termo é muito parecido com Hipófise, que é outra glândula do sistema endócrino, podendo dar margem a confusões, prefiro chamá-la de pineal, por ser mais aceito no campo científico, e também evitando equívocos.

Versalius, no século XVI, descreveu elaboradamente a topografia e a consistência da glândula.

Descartes, no século XVII, atribuiu a pineal como sendo o ponto de união da alma ou espírito ao corpo biológico.

O Espiritismo no século XIX a coloca como importante região na mediunidade e na deflagração da puberdade.

Contemporaneamente, a pineal ressurge como objeto de estudo da Medicina e da Biologia, através de uma revisão da literatura mundial feita por Kitay e Altschule em 1954. Outro marco nos estudos da pineal ocorreu em 1959, quando Lerner isolou o hormônio da glândula pineal, a que chamou de melatonina.
Sendo a produção de melatonina exclusivamente noturna, a duração de sua concentração no extracelular depende da duração do período de escuro do ciclo dia-noite.
A concentração plasmática de melatonina também varia de acordo com as diversas estações do ano, que determinam noites com diferentes durações conforme a estação vigente.

A pineal é um temporizador do meio interno, estando envolvida na regulação de diversas funções fundamentais para a sobrevivência do indivíduo; regulação endócrina da reprodução, modulador do comportamento sexual, ciclo sono-vigília, regulação do sistema imunológico, regulação do metabolismo intermediário.

Relatos ligam a pineal a distúrbios psiquiátricos como SAD (Seasonal Affective Disorder), analgesia e stress, distúrbios dos sono, epilepsia e outras manifestações clínicas, caracterizando a importância do estudo da glândula pineal e do seu principal hormônio, a melatonina.(Introdução do Livro "A Glandúla Pineal" (V - Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita) de Alcione Moreno).

Em "Missionários da Luz", cap. I e II, André Luiz, estudando um médium psicógrafo com o instrutor Alexandre, observa a epífise do médium a emitir intensa luminosidade azulada, ao que o instrutor esclarece:
"No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a pineal desempenha o papel mais importante."
Então André Luiz observa:
"Reconheci que a glândula pineal do médium expelia luminosidade cada vez mais intensa... a glândula minúscula transformara-se em núcleo radiante e ao redor seus raios formavam um lótus de pétalas sublimes. Examinei atentamente os demais encarnados e observei que em todos a pineal apresentava notas de luminosidade, mas em nenhum brilhava como no médium em serviço. Alexandre esclarece: é na pineal que reside o sentido novo dos homens, entretanto, na grande maioria, a potência divina dorme embrionária.(...)
(...)Não se trata de um órgão morto segundo as velhas suposições, é a glândula da vida mental. Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras, e em seguida continua a funcionar como o mais avançado laboratório de elementos da criatura terrestre.

Aos 14 anos aproximadamente, a glândula reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus maravilhosos mundos de sensações e impressões da esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade, examinando o inventário de suas paixões vividas em outras épocas, que reaparecem sob fortes impulsos. Ela preside aos fenómenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo. Desata de certo modo os laços divinos da Natureza, os quais ligam as existências umas às outras, na sequência de lutas pelo aprimoramento da alma e deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida.(...)
(...)Segregando delicadas energias psíquicas, ela conserva todo o sistema endócrino. Ligada à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital, comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. As redes nervosas constituem-lhe fios telegráficos para ordens imediatas a todos os departamentos celulares e sob sua direção efetuam-se os suprimentos de energia a todos os órgãos."(Livro "Missionários da Luz" de André Luiz, psicografia de Francisco C. Xavier)

"Nossas comunicações com os espíritos encarnados se realizam unicamente pela irradiação do nosso pensamento." (O Livro dos Médiuns, cap. XIX.)

"I – O homem é uma alma encarnada. Antes de sua encarnação, ela existia junto aos modelos primordiais, às ideias do verdadeiro, do bem e do belo. Separou-se delas ao encarnar-se, e lembrando seu passado, sente-se mais ou menos atormentada pelo desejo de a elas voltar.
Não se pode enunciar mais claramente a distinção e a independência dos dois princípios, o inteligente e o material. Além disso, temos aí a doutrina da preexistência da alma; da vaga intuição que ela conserva, da existência de outro mundo, ao qual aspira; de sua sobrevivência à morte do corpo; de sua saída do mundo espiritual, para encarnar-se; e da sua volta a esse mundo, após a morte. É, enfim, o germe da doutrina dos anjos decaídos.
II – A alma se perturba e confunde, quando se serve do corpo para considerar algum objeto; sente vertigens, como se estivesse ébria, porque se liga a coisas que são, por sua natureza, sujeitas a transformações. Em vez disso, quando contempla sua própria essência, ela se volta para o que é puro, eterno, imortal, e sendo da mesma natureza, permanece nessa contemplação tanto quanto possível. Cessam então as suas perturbações, e esse estado da alma é o que chamamos de sabedoria.
Assim, o homem que considera as coisas de baixo, terra a terra, do ponto de vista material, vive iludido. Para apreciá-las com justeza, é necessário vê-las do alto, ou seja, do ponto de vista espiritual. O verdadeiro sábio deve, portanto, de algum modo, isolar a alma do corpo, para ver com os olhos do espírito. É isso o que ensina o Espiritismo (Cap. II, nº5)
(E.S.E. , Resumo da Doutrina de Sócrates e Platão)

"A Pineal, a Mediunidade e as suas implicações terapêuticas", será o tema desenvolvido na AEE na próxima terça-feira.
Muito há para estudar, e, compreender com maior justeza o que existe dentro e fora de nó!

"Espíritas amais-vos, eis o primeiro ensinamento, instrui-vos, eis o segundo"
Allan Kardec

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