Aborto - será que que pode ser escolha? (17 de maio)
"Q.357. Que
consequências tem para o Espírito o aborto?
“É uma existência nulificada
e que ele terá de recomeçar.”
Q.358. Constitui crime a
provocação do aborto, em qualquer período da gestação?
“Há crime sempre que
transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime
sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que
impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo
que se estava formando.”
Q.359. Dado o caso que o
nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em
sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
“Preferível é se sacrifique o
ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.”("Aborto"
O Livro dos Espíritos, questões de 357 a 359)
"Em razão disto – prosseguiu ele –, o
aborto muito raramente se verifica obedecendo a causas de nossa esfera de ação.
Em regra geral, origina-se do recuo inesperado dos pais terrestres, diante das
sagradas obrigações assumidas ou aos excessos de leviandade e inconsciência
criminosa das mães, menos preparadas na responsabilidade e na compreensão para
este ministério divino. Entretanto, mesmo aí, encontrando vasos maternais menos
dignos, tudo fazemos, por nossa vez, para opor-lhes resistência aos projetos de
fuga ao dever, quando essa fuga representa mero capricho da irresponsabilidade,
sem qualquer base em programas edificantes.
Claro, porém, que a nossa
interferência no assunto, em se tratando de luta aberta contra nossos amigos
reencarnados, transitoriamente esquecidos da obrigação a cumprir, tem
igualmente os seus limites. Se os interessados, retrocedendo nas decisões
espirituais, perseveram sistematicamente contra nós, somos compelidos a
deixá-los entregues à própria sorte. Daí, a razão de existirem muitos casais
humanos, absolutamente sem a coroa dos filhos, visto que anularam as próprias
faculdades geradoras. Quando não procederam de semelhante modo no presente,
sequiosos de satisfação egoística, agiram assim, no passado, determinando
sérias anomalias na organização psíquica que lhes é peculiar. Neste último
caso, experimentam dolorosos períodos de solidão e sede afetiva, até que
refaçam, dignamente, o patrimônio de veneração que todos nós devemos às leis de
Deus." (Um instrutor espiritual fala
um pouco sobre o aborto no livro "Missionários da Luz" de André Luis)
"Reconhecendo-se que os crimes do
aborto provocada criminosamente surgem, em esmagadora maioria, nas classes mais
responsáveis da comunidade terrestre, como identificar o trabalho expiatório
que lhes diz respeito, se passam quase totalmente despercebidas da justiça
humana?
— Temos no Plano Terrestre
cada povo com o seu código penal apropriado à evolução em que se encontra; mas,
considerando o Universo em sua totalidade como Reino Divino, vamos encontrar o
Bem do Criador para todas as criaturas, como Lei básica, cujas transgressões
deliberadas são corrigidas no próprio infrator, com o objetivo natural de
conseguir-se, em cada círculo de trabalho no Campo Cósmico, o máximo de
equilíbrio o com respeito máximo aos direitos alheios, dentro da mínima pena.
Atendendo-se, no entanto, a
que a Justiça Perfeita se eleva, indefectível, sobre o Perfeito Amor, no hausto
de Deus “em nos que movemos e existimos”, toda reparação, perante a Lei básica
a que nos reportamos, se realiza em termos de vida eterna e não segundo a vida
fragmentária que conhecemos na encarnação humana, porqüanto, uma existência
pode estar repleta de acertos e desacertos, méritos e deméritos e a
Misericórdia do Senhor preceitua, não que o delinquente seja flagelado, com
extensão indiscriminada de dor expiatória, o que seria volúpia de castigar nos
tribunais do destino, invariavelmente regidos pela Eqüidade Soberana, mas sim
que o mal seja suprimido de suas vítimas, com a possível redução do sofrimento.
Desse modo, segundo o
princípio universal do Direito Cósmico a expressar-se, claro, no ensinamento de
Jesus que manda conferir “a cada um de acordo com as próprias obras”,
arquivamos em nós as raízes do mal que acalentamos para extirpá-las à custa do
esforço próprio, em companhia daqueles que se no afinem à faixa de culpa, com
os quais, perante a Justiça Eterna, os nossos débitos jazem associados.
Em face de semelhantes
fundamentos, certa romagem na carne, entremeada de créditos e dívidas, pode
terminar com aparências de regularidade irrepreensível para a alma que
desencarna, sob o apreço dos que lhe comungam a experiência, seguindo-se de
outra em que essa mesma criatura assuma a empreitada do resgate próprio,
suportando nos ombros as conseqüências das culpas contraídas diante de Deus e
de si mesma, a fim de reabilitar-se ante a Harmonia Divina, caminhando, assim,
transitoriamente, ao lado de Espíritos incursos em regeneração da mesma
espécie.
É dessa forma que a mulher e
o homem, acumpliciados nas ocorrências do aborto delituoso, mas principalmente
a mulher, cujo grau de responsabilidade nas faltas dessa natureza é muito
maior, à frente da vida que ela prometeu honrar com nobreza, na maternidade
sublime, desajustam as energias psicossomáticas, com mais penetrante
desequilíbrio do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a
sementeira de males que frutescerão, mais tarde, em regime de produção a tempo
certo.
Isso ocorre não somente
porque o remorso se lhes entranhe no ser, à feição de víbora magnética, mas
também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero
e, por vezes, de revolta e vingança dos Espíritos que a Lei lhes reservara para
filhos do próprio sangue, na obra de restauração do destino.
No homem, o resultado dessas
ações aparece, quase sempre, em existência imediata àquela na qual se envolveu
em compromissos desse jaez, na forma de moléstias testiculares, disendocrinias
diversas, distúrbios mentais, com evidente obsessão por parte de forças
invisíveis emanadas de entidades retardatárias que ainda encontram dificuldade
para exculpar-lhes a deserção.
Nas mulheres, as derivações
surgem extremamente mais graves. O aborto provocado, sem necessidade
terapêutica, revela-se matematicamente seguido por choques traumáticos no corpo
espiritual, tantas vezes quantas se repetir o delito de lesa-maternidade,
mergulhando as mulheres que o perpetram em angústias indefiníveis, além da
morte, de vez que, por mais extensas se lhes façam as gratificações e os
obséquios dos Espíritos Amigos e Benfeitores que lhes recordam as qualidades
elogiáveis, mais se sentem diminuídas moralmente em si mesmas, com o centro
genésico desordenado e infeliz, assim como alguém indebitamente admitido num
festim brilhante, carregando uma chaga que a todo instante se denuncia.
Dessarte, ressurgem na vida
física, externando gradativamente, na tessitura celular de que se revestem, a
disfunção que podemos nomear como sendo a miopraxia do centro genésico
atonizado, padecendo, logo que reconduzidas ao curso da maternidade terrestre,
as toxemias da gestação. Dilapidado o equilíbrio do centro referido, as células
ciliadas, mucíparas e inter-calares não dispõem da força precisa na mucosa
tubária para a condução do óvulo na trajetória endossalpingeana, nem para
alimentá-lo no impulso da migração por deficiência hormonal do ovário,
determinando não apenas os fenômenos da prenhez ectópica ou localização heterotópica
do ovo, mas também certas síndromes hemorrágicos de suma importância,
decorrentes da nidação do ovo fora do endométrio ortotópico, ainda mesmo quando
já esteja acomodado na concha uterina, trazendo habitualmente os embaraços da
placentação baixa ou a placenta prévia hemorragipara que constituem, na
parturição, verdadeiro suplício para as mulheres portadoras do órgão germinal
em desajuste.(...)
Temos ainda a considerar que a mulher
sintonizada com os deveres da maternidade na primeira ou, às vezes, até na
segunda gestação, quando descamba para o aborto criminoso, na geração dos
filhos posteriores, inocula automaticamente no centro genésico e no centro
esplênico do corpo espiritual as causas sutis de desequilíbrio recôndito, a se
lhe evidenciarem na existência próxima pela vasta acumulação do antígeno que
lhe imporá as divergências sangüíneas com que asfixia, gradativamente, através
da hemólise, o rebento de amor que alberga carinhosamente no próprio seio, a
partir da segunda ou terceira gestação, porque as enfermidades do corpo humano,
como reflexos das depressões profundas da alma, ocorrem dentro de justos
períodos etários.Além dos sintomas que abordamos em sintética digressão na
etiopatogenia das moléstias do órgão genital da mulher, surpreenderemos largo
capítulo a ponderar no campo nervoso, à face da hiperexcitação do centro
cerebral, com inquietantes modificações da personalidade, a ralarem, muitas
vezes, no martirológio da obsessão, devendo-se ainda salientar o caráter
doloroso dos efeitos espirituais do aborto criminoso, para os ginecologistas e
obstetras delinqüentes.(Livro "Evolução em Dois Mundos" de Chico Xavier)
"Porque o espírito mais que qualquer
outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. O espírita deve
pensar que sua vida inteira tem de ser um ato de amor e de abnegação, e que por
mais que faça para contrariar as decisões do Senhor, sua justiça seguirá o seu curso.
Ele pode, pois, sem medo, fazer todos os esforços para aliviar o amargor da expiação,
porque somente Deus pode cortá-la ou prolongá-la, segundo o que julgar a respeito.(...)
Oh!, considerai-vos sempre como o instrumento escolhido para fazê-la cessar. Resumamos
assim: estais todos na Terra para expiar; mas todos, sem exceção, deveis fazer todos
os esforços para aliviar a expiação de vossos irmãos, segundo a lei de amor e caridade.(E.
S. E. Cap. V, item 27)
"Leve na sua memória para o resto
de sua vida, as coisas boas que surgiram no meio das dificuldades. Elas serão
uma prova de sua capacidade em vencer as provas e lhe darão confiança na
presença divina, que nos auxilia em qualquer situação, em qualquer tempo,
diante de qualquer obstáculo."
"Chico Xavier"
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