Educação da Mediunidade (4 de Julho)
De tantos temas que trazemos como convite à reflexão e ao conhecimento, este por certo suscita muita curiosidade...Mediunidade...
Porém, não queremos que seja vista como artigo de curiosidade, mas característica inerente ao ser humano, que necessita ser conhecida, educada, respeitada como todas as outras.
Precisamos de educar os nossos hábitos..., hábitos alimentares, de exercício físico, de salutar convívio social...necessitamos também educar quando se mostre necessário a mediunidade, sem constrangimentos nem vergonha.
Este processo é interno e tem inicio no autoconhecimento.
"Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva."(Livro dos Médiuns, Cap. 14, item 159 – OS MÉDIUNS)
"A mediunidade é faculdade inerente
a todos os seres humanos, que um dia se apresentará ostensiva mais do que
ocorre no presente momento histórico.
À medida que se aprimoram os sentidos
sensoriais, favorecendo com mais amplo cabedal de apreensão do mundo objetivo,
amplia-se a embrionária percepção extrafísica, ensejando o surgimento natural
da mediunidade.
Não poucas vezes, é detectada por
características especiais que podem ser confundidas com síndromes de algumas
psicopatologias que, no passado, eram utilizadas para combater a sua
existência.
Não obstante, graças aos notáveis esforços e
estudos de Allan Kardec, bem como de uma plêiade de investigadores dos
fenómenos paranormais, a mediunidade vem podendo ser observada e perfeitamente
aceita com respeito, face aos abençoados contributos que faculta ao pensamento
e ao comportamento moral, social e espiritual das criaturas.
Sutis ou vigorosos, alguns desses sintomas
permanecem em determinadas ocasiões gerando mal-estar e dissabor, inquietação e
transtorno depressivo, enquanto que, em outros momentos, surgem em forma de
exaltação da personalidade, sensações desagradáveis no organismo, ou antipatias
injustificáveis, animosidades mal disfarçadas, decorrência da assistência
espiritual de que se é objeto.
Muitas enfermidades de diagnose difícil,
pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da mediunidade
de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de convidar o
Espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou doentios mantidos
em existências passadas. Por exemplo, na área física: dores no corpo, sem causa
orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas do sono -
insonia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese -; taquicardias, sem motivo
justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória, constituindo
todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de mediunidade em
surgimento e com sintonia desequilibrada. No comportamento psicológico, ainda
apresentam-se: ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais, inquietação
íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de presenças
imateriais - sombras e vultos, vozes e toques - que surgem inesperadamente,
tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando distúrbios
mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de ondas mentais e vibrações
que sincronizam com o perispírito do enfermo, procedentes de Entidades
sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento dos
conflitos em que ambos - encarnado e desencarnado - se viram envolvidos.
Esses sintomas, geralmente pertencentes ao
capítulo das obsessões simples, revelam presença de faculdade mediúnica em
desdobramento, requerendo os cuidados pertinentes à sua educação e prática.
Nem todos os indivíduos, no entanto, que se
apresentam com sintomas de tal porte, necessitam de exercer a faculdade de que
são portadores. Após a conveniente terapia que é ensejada pelo estudo do
Espiritismo e pela transformação moral do paciente, que se fazem indispensáveis
ao equilíbrio pessoal, recuperam a harmonia física, emocional e psíquica,
prosseguindo, no entanto, com outra visão da vida e diferente comportamento,
para que não lhe aconteça nada pior, conforme elucidava Jesus após o
atendimento e a recuperação daqueles que O buscavam e tinham o quadro de
sofrimentos revertido.
Grande número, porém, de portadores de
mediunidade, tem compromisso com a tarefa específica, que lhe exige
conhecimento, exercício, abnegação, sentimento de amor e caridade, a fim de
atrair os Espíritos Nobres, que se encarregarão de auxiliar a cada um na
desincumbência do mister iluminativo.
Trabalhadores da última hora, novos
profetas, transformando-se nos modernos obreiros do Senhor, estão comprometidos
com o programa espiritual da modificação pessoal, assim como da sociedade, com
vistas à Era do Espírito imortal que já se encontra com os seus alicerces
fincados na consciência terrestre.
Quando, porém, os distúrbios permanecerem
durante o tratamento espiritual, convém que seja levada em conta a psicoterapia
consciente, através de especialistas próprios, com o fim de auxiliar o
paciente-médium a realizar o autodescobrimento, liberando-se de conflitos e
complexos perturbadores, que são decorrentes das experiências infelizes de
ontem como de hoje.
O esforço pelo aprimoramento interior aliado
à prática do bem, abre os espaços mentais à renovação psíquica, que se
enriquece de valores otimistas e positivos que se encontram no bojo do Espiritismo,
favorecendo a criatura humana com alegria de viver e de servir, ao tempo que a
mesma adquire segurança pessoal e confiança irrestrita em Deus, avançando sem
qualquer impedimento no rumo da própria harmonia.
Naturalmente, enquanto se está encarnado, o
processo de crescimento espiritual ocorre por meio dos fatores que constituem a
argamassa celular, sempre passível de enfermidades, de desconsertos, de
problemas que fazem parte da psicosfera terrestre, face à condição evolutiva de
cada qual.
A mediunidade, porém, exercida nobremente se
torna uma bandeira cristã e humanitária, conduzindo mentes e corações ao porto
de segurança e de paz.
A mediunidade, portanto, não é um transtorno
do organismo. O seu desconhecimento, a falta de atendimento aos seus
impositivos, geram distúrbios que podem ser evitados ou, quando se apresentam,
receberem a conveniente orientação para que sejam corrigidos.
Tratando-se de uma faculdade que permite o
intercâmbio entre os dois mundos - o físico e o espiritual - proporciona a
captação de energias cujo teor vibratório corresponde à qualidade moral
daqueles que as emitem, assim como daqueles outros que as captam e as transformam
em mensagens significativas.
Nesse capítulo, não poucas enfermidades se
originam desse intercâmbio, quando procedem as vibrações de Entidades doentias
ou perversas, que perturbam o sistema nervoso dos médiuns incipientes,
produzindo distúrbios no sistema glandular e até mesmo afetando o imunológico,
facultando campo para a instalação de bactérias e vírus destrutivos.
A correta educação das forças mediúnicas
proporciona equilíbrio emocional e fisiológico, ensejando saúde integral ao seu
portador.
É óbvio que não impedirá a manifestação dos
fenómenos decorrentes da Lei de Causa e Efeito, de que necessita o Espírito no
seu processo evolutivo, mas facultará a tranquila condução dos mesmos sem danos
para a existência, que prosseguirá em clima de harmonia e saudável, embora os
acontecimentos impostos pela necessidade da evolução pessoal.
Cuidadosamente atendida, a mediunidade
proporciona bem-estar físico e emocional, contribuindo para maior captação de
energias revigorantes, que alçam a mente a regiões felizes e nobres, de onde se
podem haurir conhecimentos e sentimentos inabituais, que aformoseiam o Espírito
e o enriquecem de beleza e de paz.
Superados, portanto, os sintomas de
apresentação da mediunidade, surgem as responsabilidades diante dos novos
deveres que irão constituir o clima psíquico ditoso do indivíduo que,
compreendendo a magnitude da ocorrência, crescerá interiormente no rumo do Bem
e de Deus. " (Livro "Temas da Vida e da Morte" item 11.: Sintomas
da Mediunidade; Psicografia de Divaldo Franco
e Manoel Philomeno de Miranda (espírito))
Comentários
Enviar um comentário