Dom de Curar (22 de Novembro 2016)
Um dia Jesus disse:
"Podeis fazer tudo que faço e muito mais"
...se tiverdes fé!
“Curai os enfermos, ressuscitai os mortos,
limpai os leprosos, expeli os demónios; daí de graça o que de graça recebestes.”
(Mateus, X: 8).
“Daí de graça o que de graça recebestes”,
disse Jesus aos seus discípulos, e por esse preceito estabelece que não se deve
cobrar aquilo por que nada se pagou. Ora, o que eles haviam recebido de graça
era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demónios, ou seja, os maus
Espíritos. Esse dom lhe fora dado gratuitamente por Deus, para alívio dos que
sofrem e para ajudar a propagação da fé. Ele lhes diz que não o transformem em
objeto de comércio ou de especulação, nem em meio de vida."
E.S.E. Cap. XXVI, item 1 e 2
Do livro "PLENITUDE"
"Buda
ensinava que a
única função da
vida é a
luta pela vitória
sobre o sofrimento. Empenhar-se
em superá-lo deve ser a constante preocupação do homem.
Após tentá-lo mediante o ascetismo mais
austero e as disciplinas mais rígidas, o jovem Gautama afastou-se do monastério
com alguns candidatos desanimados e foi meditar calmamente, logrando a
Iluminação.
Estabeleceu a teoria
do 'caminho do meio' para
alcançar a paz.
Nem mais a austeridade cruel, nem as
dissipações comuns, mas o equilíbrio da meditação.
Voltou-se então para a libertação dos
homens e estabeleceu as quatro Nobres Verdades: o sofrimento, suas origens, a
cessação do sofrimento e os caminhos para a libertação do sofrimento.
Segundo
as suas reflexões,
o sofrimento se
apresenta sob três
formas diferentes: o sofrimento do sofrimento; o sofrimento da
impermanência e o sofrimento resultante dos condicionamentos.
O
sofrimento do sofrimento
é resultado das
aflições que ele
mesmo proporciona.
A
dor macera os sentimentos,
desencoraja as estruturas
psicológicas frágeis, infelicita,
leva a conclusões falsas e estimula os estados de exaltação emocional ou de
depressão conforme a estrutura íntima de cada vítima.
Apresenta-se sob dois aspectos: físico e
mental, na imensa área das patologias geradoras de doenças.
Nesse caso, o sofrimento é como uma doença
e resultado dela.
As
doenças, porém, são
inevitáveis na existência
humana, em razão
da constituição molecular do corpo, dos fenómenos biológicos a que está
sujeito nas suas incessantes transformações.
A abrangência da ação da matéria sobre o
espírito, particularmente nos estágios mais primitivos, enseja
sofrimentos constantes face às
doenças físicas contínuas e
às distonias mentais frequentes.
À semelhança do buril agindo sobre a pedra
bruta e lapidando-a, as doenças são mecanismos buriladores para a alma
despertar as suas potencialidades e brilhar além do vaso orgânico que a
encarcera.
Nessa área, a ciência médica alcançou um
elevado patamar do conhecimento, debelando antigas enfermidades
que dizimavam milhões
de existências e
alucinavam multidões.
A
lucidez do diagnóstico,
a habilidade cirúrgica,
a farmacopeia rica
e as diversas terapias
alternativas têm contribuído com um grande contingente
de socorro para atender os
enfermos. Embora os surtos periódicos de
antigos males e o surgimento de
outros que a
imprevidência gera, essa
conquista expressiva contribui
para que tal sofrimento seja
atenuado.
Na área das psicopatologias a visão humana
é hoje mais benigna do que no passado, considerando o
enfermo mental um ser humano, e como tal prossegue, ainda que momentaneamente
tenha perdido a identidade, o equilíbrio, com o direito de receber assistência,
oportunidade e amor.
Multiplicaram-se, lamentavelmente, porém,
os distúrbios existenciais, comportamentais, na área
psicológica, nascendo a chamada geração neurótica perdida no mare
magnum das vítimas
do sexo em
desalinho, das drogas
alucinantes, da violência e
agressividade urbanas, do cinismo desafiador.
Os avanços tecnológicos não bloquearam os
corredores do desespero; a cultura hedonista,
fria em relação
aos valores morais,
e as guerras
contínuas fomentaram o medo, a insatisfação, o desespero, as fugas
emocionais.
A juventude insegura tornou-se-lhe a
grande vítima a um passo da depressão, da loucura, do suicídio.
Ao
lado das diversificadas patologias
desesperadoras do momento
os fenômenos psicológicos de desequilíbrio alastram-se incontroláveis.
A
mole humana passou
a sofrer o
efeito desses sofrimentos
que se generalizaram. A doença,
todavia, é resultado do desequilíbrio energético do corpo em razão da
fragilidade emocional do espírito que o aciona.
Os vírus, as bactérias e os demais
micro-organismos devastadores não
são os responsáveis
pela presença da
doença, porquanto eles se nutrem das células quando se instalam nas
áreas em que a energia se debilita.
Causam
fraqueza física e
mental, favorecendo o
surgimento da doença,
por falta da restauração
da energia mantenedora
da saúde.
Os
medicamentos matam os invasores, mas não restituem o equilíbrio
como se deseja, se a fonte conservadora não irradia a força que sustenta o
corpo.
Momentaneamente, com a morte dos
micróbios, a pessoa parece
recuperada, ressurgindo, porém, a situação, em outro quadro patológico mais
tarde.
A
conduta moral e
mental dos homens,
quando cultiva as
emoções da irritabilidade, do
ódio, do ciúme, do rancor, das dissipações, impregna o organismo, o sistema
nervoso, com vibrações deletérias que bloqueiam áreas por onde se espraia a
energia saudável, abrindo
campo para a
instalação das enfermidades,
graças à proliferação dos agentes
viróticos degenerativos que ali se instalam.
Quase sempre as terapias tradicionais
removem os sintomas sem alcançarem as causas profundas das enfermidades.
A
cura sempre provém
da força da
própria vida, quando
canalizada corretamente."
Joanna de Angelis,
psicografia de Divaldo P. Franco
"Podeis
fazer tudo que faço e muito mais"
" Jesus"
E ainda para continuarmos a reflexão:
A mudança
Desde que nascemos,
A vida é uma
mudança,
Mas nós o que
queremos
É que ela seja
uma constança.
Se tal fosse possível,
Seria uma
enorme monotonia;
Não há nada
mais irresistível
Do que a
novidade de cada dia.
Em cada novo amanhecer
Deus rasga as
trevas da escuridão
E em cada novo
anoitecer
Dá descanso ao
teu coração...
A mudança não é dolorosa,
Mas
resistir-lhe é...
A mudança é
como uma rosa
A quem cortas o
seu pé!
No lugar do pé cortado
Brotará um novo
espinho
E daquilo que
estava acabado
Nasceu um novo
caminho.
Essa recém surgida estrada,
Que passaste a
vislumbrar,
É a porta
escancarada
Que terás de
atravessar.
É a porta do progresso
Que a todos
traz evolução;
Deus quer o teu
ingresso
Nos mundos de
regeneração...
Este mundo onde vivemos
É de provas e
expiações.
Tudo o que nós
sabemos
Não passam de
ilusões!
Se eu pudesse aconselhar
Uma mudança à
humanidade,
Pedia-lhe para
meditar
Nos que vivem
em orfandade.
Se eu pudesse ofertar
Um presente à
Terra inteira,
Dar-lhe-ia
vontade de amar
E de ser
honesta e verdadeira!
Se eu pudesse mudar
O mundo onde
habito,
Começaria por o
tornar
Um local mais
bonito:
Desapareceria o egoísmo
E a seguir o
preconceito;
Proclamava o
altruísmo
Como o ato mais
perfeito!
Desapareceria a arrogância
E a seguir a discriminação;
Proclamava a
ignorância
Como o desastre
de uma nação.
Desapareceria a vaidade
E a seguir a
avareza;
Proclamava a
humildade
Como a maior
grandeza...
Se isto fosse feito
Com amor no
coração,
Ficava tudo
satisfeito,
Por viver como
irmão...
Vítor Santos,
11-11-2016
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