Buscai e Achareis (15 de novembro)
"Na infância da Humanidade, o homem
só aplica a sua inteligência na procura de alimentos, dos meios de se preservar
das intempéries e de se defender dos inimigos. Mas Deus lhe deu, a mais do que
ao animal, o desejo constante de melhorar, ou seja, essa aspiração do melhor,
que o impele à pesquisa dos meios de melhorar a sua situação, levando-o às
descobertas, às invenções, ao aperfeiçoamento da ciência, pois é a ciência que
lhe proporciona o que lhe falta. Graças às suas pesquisas, sua inteligência se
desenvolve, sua moral se depura. Às necessidades do corpo sucedem as
necessidades do espírito: após o alimento material, ele necessita do alimento
espiritual. É assim que o homem passa da selvageria à civilização.(...) vai
assim passando gradualmente da barbárie à civilização material, e desta à
civilização moral. " E.S.E. Cap.
XXV, item 2
O tesouro maior
“Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso
coração.”
– Jesus. (Lucas, 12:34.
No
mundo, os templos da fé religiosa, desde que consagrados à Divindade do Pai,
são departamentos da casa infinita de Deus, onde Jesus ministra os seus bens aos
corações da Terra, independentemente da escola de crença a que se filiam.
A essas
subdivisões do eterno santuário comparecem os tutelados do Cristo, em seus
diferentes graus de compreensão. Cada qual, instintivamente, revela ao Senhor
onde coloca seu tesouro.
Muitas
vezes, por isso mesmo, nos recintos diversos de sua casa, Jesus recebe, sem
resposta, as súplicas de inúmeros crentes de mentalidade infantil, contraditórias
ou contraproducentes.
O
egoísta fala de seu tesouro, exaltando as posses precárias; o avarento refere-se
a mesquinhas preocupações; o gozador demonstra apetites insaciáveis; o fanático
repete pedidos loucos.
Cada
qual apresenta seu capricho ferido como sendo a dor maior.
Cristo
ouve-lhes as solicitações e espera a oportunidade de dar-lhes a conhecer o
tesouro imperecível.
Ouve em
silêncio, porque a erva tenra pede tempo destinado ao processo evolutivo, e
espera, confiante, porquanto não prescinde da colaboração dos discípulos
resolutos e sinceros para a extensão do divino apostolado.
No momento
adequado, surgem esses, ao seu influxo sublime, e a paisagem dos templos se
modifica.
Não são
apenas crentes que comparecem para a rogativa, são trabalhadores decididos que
chegam para o trabalho.
Cheios
de coragem, dispostos a morrer para que outros alcancem a vida, exemplificam a
renúncia e o desinteresse, revelam a Vontade do Pai em si próprios e, com isso,
ampliam no mundo a compreensão do tesouro maior, sintetizado na conquista da luz eterna
e do amor universal, que já lhes enriquece o espírito engrandecido." Do
Livro " Caminho, Verdade e Vida", Cap. 64, de Francisco C. Xavier e Emmanuel
"Pedi
à luz que deve clarear o vosso caminho, e ela vos será dada; pedi a força de
resistir ao mal, e a tereis; pedi a assistência dos Bons Espíritos, e eles
virão ajudar-vos, e como o anjo de Tobias, vos servirão de guias; pedi bons
conselhos, e jamais vos serão recusados; batei à nossa porta, e ela vos será
aberta; mas pedi sinceramente, com fé, fervor e confiança; apresentai-vos com
humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias
forças, e as próprias quedas que sofrerdes constituirão a punição do vosso
orgulho.
É esse
o sentindo dessas palavras do Cristo: Buscai e achareis, batei e
abrir-se-vos-á.". E.S.E. Cap.
XXV, item 5
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