Sinais de Mediunidade (29 de novembro)



"Os médiuns modernos, — pois os apóstolos também tinham mediunidade, — receberam igualmente de Deus um dom gratuito, que é o de serem intérpretes dos Espíritos, para instruírem os homens, para lhes ensinarem o caminho do bem e levá-los à fé, e não para lhes venderem palavras que não lhes pertencem, pois que não se originam nas suas idéias, nem nas suas pesquisas, nem em qualquer outra espécie de seu trabalho pessoal. Deus deseja que a luz atinja a todos, e não que o mais pobre seja deserdado e possa dizer: Não tenho fé, porque não pude pagar; não tive a consolação de receber o estímulo e o testemunho de afeição daqueles por quem choro, pois sou pobre. Eis porque a mediunidade não é um privilégio, e se encontra por toda parte. Fazê-la pagar, seria portanto desviá-la de sua finalidade providencial." E. S. E. Cap. XXVI, item 7

" Mediunidade e Testemunho"
" Ao invés de constituir-se privilégio de que desfrutam alguns indivíduos, a mediunidade é vigoroso instrumento de trabalho, que deve ser utilizado com probidade e elevação, a fim de que lobrigue o mister a que se destina.
Possuindo finalidades específicas, quais demonstrar a imortalidade do Espírito, contribuir terapeuticamente para a saúde espiritual, desvelar a realidade do mundo extrafísico, lenir exulcerações morais, consolar corações e iluminar mentes, a mediunidade representa valioso contributo da vida, auxiliando os transeuntes da jornada carnal, para que encontrem o rumo da felicidade.
Utilizada com equilíbrio, conforme as sadias diretrizes propostas pelo Espiritismo, faculta o desenvolvimento ético-moral do ser e da sociedade na qual ele se encontra, promovendo o progresso intelectual e filosófico com vistas à aquisição de um sentido libertador dos miasmas e atavismos ancestrais que permanecem dificultando a ascensão humana.
Por consequência, o exercício da mediunidade convida à reflexão e ao espírito de serviço em favor das demais pessoas.
Constituindo recurso auto-iluminativo, impõe disciplinas austeras e comportamentos severos em relação ao seu uso e à aplicação das suas energias.
É natural, portanto, que não deva ser utilizada com leviandade ou para divertimento dos frívolos
Certamente, quando mal direcionada, permanece facultando o comércio inferior com as Entidades perversas e mistificadoras, do mesmo teor moral daquele que a possui.
Aplicada condignamente, produz estados de êxtase superior, não impedindo, todavia, que o seu instrumento experimente aflição, expurgando os erros dantanho e os delitos que ficaram na retaguarda, pesando negativamente no seu processo de elevação.
Assim sendo, o martírio que acompanha alguns medianeiros abnegados, faz-se-lhes bênção de inapreciável significado, graças ao qual, se engrandecem e se iluminam.
Isenta de qualificação moral, a faculdade em si mesma se identifica com as faixas vibratórias nas quais sincroniza a mente do seu portador.
Colocada a serviço de Jesus, aureola-se de peregrina luz que espanca as sombras do primarismo e aponta o porto que deve ser alcançado.
Santo Antão, nos primórdios do Cristianismo, meditando no monte Pispir, em pleno deserto, era perseguido por Espíritos malévolos que tentavam desorientá-lo.
Hildegarda de Bingen, a extraordinária mística alemã, embora refugiada no monastério para manter-se em perfeita identificação com Jesus e Sua doutrina, não conseguiu eximir-se às ações doentias dos desencarnados em profunda perturbação.
Santo Antônio de Pádua, seráfico e sacrificado, era visitado pelos inimigos espirituais do Cristo que tentavam molestá-lo e atormentá-lo.
Ermance Dufaux, a abnegada médium de Joanna d’Arc e de São Luiz de França, que tanto cooperou com o eminente mestre Allan Kardec, sofreu apodos e foi tida como psicopata.
O ministério mediúnico é sempre acompanhado de testemunhos e de sacrifícios.
Não foram poucos aqueles que a impiedade e o fanatismo religioso levaram à fogueira, à infâmia, ao suplício impenitente, negando-lhes o direito a qualquer defesa.
O martírio, de uma ou de outra forma, sempre tem assinalado o labor de todo aquele que se entrega ao Mestre crucificado, Médium que também o foi de Deus.
Bendizes as dores que te alcançam e dilaceram as fibras da alma.
Não apenas aquelas que são impostas pela insensibilidade humana ou gratuita perseguição de outros.
Mas, aos estados íntimos que te amarguram e desorientam.
Alegra-te com a oportunidade de crescer interiormente, enquanto auxilias a quantos se te acercam.
O sarçal e os pedrouços do teu caminho após percorridos, abrir-se-ão em flores e atapetarão o solo por onde passarão outros pés, após os haveres transformado pela tua bondade e compaixão.
Não te recalcitres contra o aguilhão da dor, dificultando a própria liberdade.
Utiliza-te das tuas forças mediúnicas para gerar simpatia, recuperar vidas e resgatar danosos comportamentos, adquirindo alegria de viver por todo o bem que possas fazer, ou por facultar aos Benfeitores da Humanidade as realizações dignificantes por teu intermédio."
De Joanna de Ângelis, Psicografia de Divaldo Franco

"DAR DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBER"
E.S.E., Cap XXVI

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