Quês e porquês de um Espírita: Pluralidade dos Mundos Habitados-2°parte (4 de setembro)



"Pluralidade das Existências e dos Mundos Habitados PELO DR. GELPKE Devemos à gentileza de um dos nossos correspondentes de Bordeaux a interessante passagem que se segue, extraída de uma obra intitulada: Exposição da grandeza da criação universal, pelo Dr. Gelpke, publicada em Leipzig em 1817. “...Se, pois, a construção de todos os mundos que brilham acima de nós pudesse ser submetida ao nosso exame, de que admiração não seríamos tomados, vendo a diversidade desses globos, cada um dos quais organizado de modo diverso do seu mais próximo vizinho na ordem da criação! E, como já disse, sendo incalculável o número dos mundos, sua construção também deve ser infinitamente diferente.
“Além disso, como de cada mundo depende a organização dos seres que o habitam, estes devem, tanto interna como externamente, diferir essencialmente em cada globo. Agora, se considerarmos a multiplicidade e a imensa variedade das criaturas em nossa Terra, onde nem mesmo uma folha se assemelha a outra, e se admitirmos uma tão grande variedade de criaturas em cada mundo, quão prodigiosa nos parecerá a multidão no incomensurável reino de Deus!
“Qual não será, pois, um dia, a plenitude de nossa felicidade, quando, sob invólucros sempre mais perfeitos, penetrarmos sucessivamente mais à frente os mistérios da criação e encontrarmos mundos sem-fim, povoando um espaço sem-fim!
Então, quanto Deus não nos parecerá ainda mais adorável, ele que tirou tudo isso do nada, ele cuja bondade sem limites criou tudo isto apenas para a satisfação dos seres vivos e cuja sabedoria ordenou isto tudo de maneira tão admirável!
“Mas nossa residência e nossa conformação atuais podem proporcionar-nos tal felicidade? Para isto não necessitamos de outra morada, que nos coloque mais cedo no domínio da criação, e de um envoltório muito mais sutil e mais perfeito, que não entrave o nosso Espírito em seus progressos para a perfeição, e por meio do qual ele poderá ver, sem auxílio, no todo universal, muito além do que o podemos daqui com os nossos melhores instrumentos?
“Mas por que o Criador não nos daria, após vários degraus de existência, um envoltório que, semelhante ao relâmpago, pudesse elevar-se de mundos a mundos, permitindo-nos, assim, olhar tudo de mais perto e, ao mesmo tempo, abarcar melhor o conjunto pelo pensamento? Quem ousaria duvidá-lo, quando vemos a brilhante borboleta nascer da lagarta, e á arvore deslumbrante de flores provir de um caroço!
Se Deus assim desenvolve pouco a pouco a lagarta e no-la mostra esplendidamente transformada, se também desenvolve o germe por graus, quanto não nos fará progredir a nós homens, reis da Terra, e avançar na Criação!” Pluralidade dos mundos habitados, pluralidade das existências, perispírito, progresso contínuo e infinito da alma, tudo está aí." REVISTA ESPÍRITA DE NOVEMBRO DE 1863
"Faríamos uma idéia muito falsa da população de uma grande cidade, se a julgássemos pelos moradores dos bairros mais pobres e sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados; numa galé, vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos
habitantes são pálidos, fracos e doentes. Pois bem: consideremos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal, porque ela é tudo isso a um só tempo, e compreenderemos porque as suas aflições sobrepujam os prazeres. Porque não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de correção os que não praticam crimes, e nem os hospitais, nem as casas de correção, são lugares de delícias.
Ora, da mesma maneira que , numa cidade, toda a população não se encontra nos hospitais ou nas prisões, assim a humanidade inteira não se encontra na Terra. E como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando cumprimos a pena, o homem sai da Terra para mundos mais felizes, quando se acha curado de suas enfermidades morais."E. S. E. Cap. III, item 7

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