A Prece: Conexão com a Fonte Divina (13 de agosto)
Q. nº 658. A
prece é agradável a Deus?
— A
prece é sempre agradável a Deus quando ditada pelo coração, porque a
intenção é tudo para ele. A prece do coração é preferível à que podes ler,
por mais bela que seja, se a leres mais com os lábios do que com
o pensamento. A prece é agradável a Deus quando é proferida com fé,
com fervor e sinceridade. Não creias, pois, que Deus seja tocado pelo
homem vão, orgulhoso e egoísta, a menos que a sua prece represente um ato
de sincero arrependimento e de verdadeira humildade.”
Livro dos Espíritos
SANTO AGOSTINHO
Paris, 1861
“Vinde,
todos vós que desejais crer: acorrem os Espíritos celestes, e vêm anunciar-vos
grandes coisas! Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para vos distribuir
os seus benefícios. Homens incrédulos! Se soubésseis como a fé beneficia o
coração, e leva a alma ao arrependimento e à prece! A prece. Ah, como são
tocantes as palavras que se desprendem dos lábios na hora da prece! Porque a
prece é o orvalho divino, que suaviza o excessivo calor das paixões. Filha
predileta da fé, leva-nos ao caminho que conduz a Deus. No recolhimento e na
solidão, encontrai-vos com Deus; e para vós o mistério se desfaz, porque Ele se
revela. Apóstolos do pensamento, a verdadeira vida se abre para vós! Vossa alma
se liberta da matéria e se lança pelos mundos infinitos e etéreos, que a pobre
Humanidade desconhece.
Marchai,
marchai, pelos caminhos da prece, e ouvireis a voz dos Anjos! Que harmonia! Não
são mais os ruídos confusos e as vozes gritantes da Terra: são as liras dos
arcanjos, as vozes doces e meigas dos serafins, mais leves que as brisas da
manhã, quando brincam nas ramagens dos vossos arvoredos. Com que alegria então
marchais! Vossa linguagem terrena não poderá exprimir jamais essas venturas,
que vos impregna por todos os poros, tão, vivas e refrescantes é a fonte em que
bebemos através da prece! Doces vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e
aspira, quando se lança, pela prece, a essas esferas desconhecidas e habitadas!
São divinas todas as aspirações, quando livres dos desejos carnais. Vós também,
como o Cristo, orai, carregando a vossa cruz para o Gólgota, para o Calvário.
Levai-a, e sentireis as doces emoções que lhe passavam pela alma, embora
carregasse o madeiro infamante. Sim, porque ele ia morrer, mas para viver a
vida celestial, na morada do Pai!”
E. S. E. cap.
XXVII, item 23
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