Por quê ir à Casa Espírita? (6 de agosto)


“O Centro Espírita se entranha naturalmente na comunidade, é parte dela, um órgão ativo e operante da estrutura social. Por mais humilde e simples que seja, é uma fonte de consolações, um posto de orientação para os que se aturdem e se transviam, mãos amigas estendidas na bênção do passe, canal sempre aberto da caridade e do amor. Mas é também a trincheira serena e vigilante da Verdade, o tribunal que não condena, mas ajuda e absorve através do esclarecimento espiritual. Os que buscam a paz e a esperança encontram nele a compreensão que pacifica o espírito e a razão que justifica a fé nas provas da Verdade. Por tudo isso a sua posição na comunidade é a de um coração comum aberto a todos e de uma consciência lúcida a orientar a todos, na permanente doação dos ensinos e socorros gratuitos. (…)
O Espiritismo não é uma Doutrina de passividade contemplativa. Sua finalidade,  como os Espíritos Superiores disseram a Kardec, é revolucionar o mundo inteiro, modificando-o para melhor. A essência cristã do Espiritismo reflete as atitudes vigorosas do Cristo em luta com as estruturas asfixiantes do Mundo Antigo. O Espírita verdadeiro é um construtor do futuro. Cabe-lhe o dever inalienável de estudar a Doutrina, aprofundar-se no seu conhecimento, difundi-la com vigor e confiança para que a sua luz solar afugente as trevas de um passado contraditório de lamúrias, imprecações e louvores subservientes a Deus, como se Deus fosse um tirano injusto à espera dos nossos rapapés para nos conceder a sua proteção. A promessa evangélica do Consolador se cumpre na Doutrina Espírita de maneira positiva e não através de cantigas de ninar, de palavrório anestesiante. (…)
O consolo que o Espiritismo nos dá não é a proteção fictícia da fé cega, dos sacramentos vazios de sentido, do socorro espiritual egoísta, em forma de privilégio injustificáveis, do paternalismo dos sacerdotes profissionais, dos agrados interesseiros de médiuns venais. O Consolador não se manifesta através de prodígios sobrenaturais, mas na forma de esclarecimentos positivos, de revelação científica das leis naturais que até agora olvidamos ou encaramos como crianças choramingas pedindo colo. O Espiritismo nos consola como o fez o Cristo, provando aos seus discípulos que cada um de nós é um ser imortal, de natureza divina, que nasce para morrer, pois a morte é o fim do aprendizado
terreno, de maneira que morremos para ressuscitar em plano superior, a fim de prosseguirmos a nossa evolução em condições mais favoráveis. A Filosofia Existencial do nosso tempo sanciona essa verdade espírita, sustentando que o homem passa pela existência terrena como um viajante que atravessa uma região estranha, aprendendo a vencer por si mesmo as dificuldades, adquirindo experiências para depois avançar em nova direção. (…)
No Centro Espírita as almas frágeis dos rezadores lamurientos encontraram os elementos necessários à recuperação de suas forças, de sua virilidade espiritual, para ressuscitarem-se a si mesmas das cinzas do passado.”
Livro O Centro Espírita de José Herculano Pires

Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, deve lembrar os incrédulos que acima deles reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar as plantas e que levanta as ondas. Eu revelei a doutrina divina; e, como um segador, liguei em feixes o bem esparso pela humanidade, e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis!” (…) Estou demasiado tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender a mão em socorro aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai todas as coisas que vos são reveladas; não misturem o joio ao bom grão, as utopias com as verdades. Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana; e eis que, de além-túmulo, que acreditáveis vazios, vozes vos clamam: Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os vencedores da impiedade!”
 ESPÍRITO DE VERDADE, Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 5

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Literatura Espírita

Ciúme (17 janeiro)